O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, afirmou, hoje (7 de Dezembro), que a economia de Macau está numa fase de ajustamento, situação prevista pelo III Governo, que, através da criação do regime da reserva financeira, pretende garantir o orçamento financeiro das despesas públicas inerentes aos assuntos da vida da população, caso a economia local enfrente algum problema. À partida para Pequim, onde vai participar na cerimónia da abertura da Exposição Comemorativa do 15.º Aniversário do Estabelecimento da RAEM, o Chefe do Executivo disse à comunicação social estar muito satisfeito com o apoio do Governo Central e que Macau tem a oportunidade de mostrar aos compatriotas o desenvolvimento local nos últimos 15 anos, bem como promover o território. Relativamente à direcção do governo para o desenvolvimento económico de Macau, o mesmo responsável indicou que, após o regresso de Macau à China, o governo tem-se esforçado por desenvolver a economia e melhorar as condições de vida da população. Sublinhou que a economia de Macau tem mantido, desde 2003, um crescimento rápido e as estatísticas reflectem que o sector de jogo e respectivas indústrias têm contribuído para a economia global. Face ao período de crescimento rápido da economia, situação internacional, políticas e medidas da China, o governo antecipou que a economia de Macau ia entrar numa fase de ajustamento, por isso, procedeu à alteração dos valores das receitas mensais do jogo previstas para o próximo ano, ou seja, a previsão das receitas mensais do jogo diminui de 30 mil milhões, no corrente ano, para 27,5 mil milhões em 2015. Contudo, o governo continuará atento à situação, a fim de proceder à disposição financeira e medidas de resposta, acrescentou Chui Sai On. O Chefe do Executivo reiterou que o governo se rege pelo princípio de se preparar para a crise numa altura de economia favorável, nesse sentido o III Governo da RAEM criou o regime da reserva financeira, e, por isso, as reservas cambiais, básica e extraordinária, são suficientes para garantir as despesas públicas em matéria da vida da população, caso a economia registe algum problema. Garantiu que o IV governo continuará a construir mecanismos, de longo prazo, destinados a apoiar a população, portanto será necessário uma reserva financeira suficiente para responder à situação económica, no futuro. Por outro lado, o mesmo responsável indicou que as políticas e medidas do Governo Central que apoiam Macau, tal como o 12º Plano Quinquenal, CEPA e respectivos suplementos, política de visto individual e serviço comercial de Renminbi, passam a ser partes importantes da economia local, servindo também para ajudar a resolver o peso que o sector do jogo tem na economia local. Prometeu que o governo irá esforçar-se por impulsionar a diversificação económica e o desenvolvimento regional, e embora o sector do jogo ocupe uma boa parte da economia, a proporção dos elementos não jogo registou um crescimento, por isso, o governo acredita que a promoção gradual do desenvolvimento dos restantes sectores irá produzir efeitos. Relativamente ao 15o aniversário do estabelecimento da RAEM e tomada de posse do IV governo, o Chefe do Executivo manifestou o desejo dos dirigentes nacionais presidirem à referida cerimónia e que se tiver informação sobre esta matéria, divulgá-la-á o mais rápido possível. Quanto à missão oficial deste ano, Chui Sai On revelou que a mesma será adiada para depois do dia 20 de Dezembro, sendo uma oportunidade para apresentar, aos responsáveis do país, as retrospectivas e perspectivas dos trabalhos do Governo da RAEM. Quanto ao prolongamento do horário de funcionamento nos três postos fronteiriços das Portas do Cerco, da Ponte Flor de Lótus e da zona industrial transfronteiriça Zhuhai-Macau, a partir do dia 18 de Dezembro, o mesmo responsável garantiu que os trabalhos dos serviços competentes estarão disponíveis antes desse dia, e acredita que esta medida irá elevar a eficiência alfandegária. Relativamente à questão sobre a passagem de testemunho das actuais para as próximas equipas dos secretários, o Chefe do Executivo revelou que, até ao momento, não recebeu qualquer informação sobre as disposições para o pessoal dos gabinetes das Secretarias, apresentadas pelos actuais ou indigitados secretários. Contudo, acredita que os secretários do próximo governo ponderarão a constituição da sua equipa, de acordo com as necessidades de trabalho e os regulamentos jurídicos, e confia que os actuais e indigitados titulares dos principais cargos podem concluir, através da comunicação e coordenação, os trabalhos da passagem de testemunho.