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Serviços continuam trabalhos de rescaldo do tufão

Gabinete do Porta-voz do Governo realizou uma conferência de imprensa com representantes de vários serviços públicos para apresentaram o ponto de situação sobre os trabalhos de rescaldo do tufão e medidas de apoio aos comerciantes afectados.

O Gabinete do Porta-voz do Governo realizou, hoje (29 de Agosto), mais uma conferência de imprensa com representantes de vários serviços públicos, onde apresentaram o ponto de situação sobre os trabalhos de rescaldo do tufão e medidas de apoio aos comerciantes afectados.

O Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) decidiu aumentar de 30 mil para 50 mil patacas o montante no âmbito das medidas de abonos às pequenas e médias empresas afectadas pelo tufão “Hato”, depois de se inteirar e analisar profundamente as dificuldades com que se deparam os comerciantes. Relativamente ao sector da educação, das 77 escolas do ensino básico, apenas seis instituições de ensino terão de adiar o início das aulas, este ano lectivo. Entretanto, devido à danificação de alguns autocarros das frotas das companhias de transportes públicos e à situação em que se encontram as rodovias, prevê-se que o trânsito no início das aulas poderá ser bastante complicado. Assim apela-se aos encarregados de educação e alunos para estarem atentos às informações sobre os transportes e também o cuidado em sair de casa mais cedo.

Na ocasião, o porta-voz do Governo e director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, revelou que, nos últimos dias, bastantes órgãos de comunicação social do Exterior entraram em Macau para fazerem reportagens sobre a situação do território depois do tufão e dos trabalhos de socorro e salvamento, garantindo que os trabalhos de cobertura noticiosa não foram afectados. Referiu a possibilidade de algumas pessoas terem visto a sua entrada em Macau recusada por questões de segurança interna, não tendo nada a ver com a profissão que exercem.

Por sua vez, o director dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip, revelou que depois de se ficarem a conhecer profundamente as dificuldades das empresas, o governo decidiu aumentar de 30 mil para 50 mil patacas o limite do montante no âmbito das medidas de abonos às pequenas e médias empresas afectadas pelo tufão “Hato”, a fim de aliviar a pressão financeira dos empresários afectados.

Sublinhou que a Direcção dos Serviços de Economia (DSE), em colaboração com vários serviços públicos, está a envidar todos os esforços para atribuir, o mais breve possível, os abonos. Revelou que, até às 13h00 de hoje, o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização recebeu mais de 3500 pedidos de apoio, dos quais foram aprovados 334, representando um montante de 10,02 milhões de patacas.

Esclareceu que, sob a medida “Prestação de Serviços in loco”, os cheques de abono serão entregues em mão aos comerciantes, com os primeiros abonos a terem sido entregues aos comerciantes, ontem à noite, e que as referidas empresas beneficiárias que já receberam os primeiros abonos pagos por cheque, os funcionários da DSE vão atribuir, o mais rápido possível, a diferença do montante de abono recebido, ou seja, 20 mil patacas e sem que seja necessário apresentar o pedido de apoio uma vez mais.

Durante a conferência de imprensa, a subdirectora substituta da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Leong Vai Kei indicou que, após a passagem de tufão, aquela entidade enviou pessoal às escolas para se inteirar in loco das suas condições, detectando que foram muitas as escolas afectadas pelo tufão. A DSEJ ajudou a coordenar a recuperação de abastecimento de água e electricidade nas instituições de ensino e organizou equipas de voluntários para ajudar a limpeza nas mesmas. Revelou que das 77 escolas de Macau, apenas seis terão de adiar o início das aulas, respectivamente quatro na zona norte, uma no centro e uma em Coloane.

Acrescentou que, relativamente às escolas em que as aulas arrancarão mais tarde, caso se verifiquem necessidades especiais por parte dos encarregados de educação, as escolas abrirão parte das instalações para receber alunos. Revelou que a DSEJ teve conhecimento de que familiares de quatro alunos morreram durante o tufão, e já disponibilizou pessoal de aconselhamento para prestar apoio, no entanto salientou que o pessoal de aconselhamento integrado nas escolas também poderá dar apoio psicológico aos alunos se necessário.

Entretanto, o chefe de Divisão de Transportes da Direcção de Serviços dos Assuntos de Tráfego (DSAT), Chang Cheong Hin, revelou que aqueles serviços têm mantido comunicação estreita com a Brigada de Trânsito da PSP, a fim de aliviar a pressão de movimento de pessoas, especialmente no dia do ínicio das aulas. Revelou que cerca de 20 a 30 por cento dos autocarros foram atingidos e danificados pelas inundações, durante a passagem do tufão, mas com a mobilização de outros veículos, actualmente estão a funcionar 707 autocarros, número que é um pouco menor que os 715 que funcionam no dia-a-dia. Assegurou que a DSAT vai coordenar com as empresas de autocarros para acelerar a reparação das viaturas danificadas e os procedimentos para a entrada em funcionamento de novos autorcarros. Entretanto, até ao momento, o serviço no Terminal das Portas do Cerco mantém-se suspenso, e as 24 carreiras que passam por este Terminal serão desviadas para dez pontos nas imediações, com as empresas de autocarros a destacar pessoal para ajudar os passageiros.

Ao falar na ocasião, o vice-presidente do Instituto de Acção Social, Hon Wai revelou que o Instituto tem prestado, com outros serviços públicos e entidades sociais, apoios às vítimas do tufão, incluindo aconselhamento psicológico e apoio financeiro. E indicou que cinco creches foram obrigadas a suspender o funcionamento devido às obras de reparação e limpeza, estando prevista a sua reabertura no início de Setembro, e 102 instalações de entidades que prestam serviços sociais foram também danificadas durante o tufão, mas o IAS prestou de imediato o devido apoio.

Em relação à limpeza de lixo e obstáculos, o administrador do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Leong Kun Fong, explicou que, neste momento, os trabalhos concentram-se principalmente no tratamento e transporte de materiais de grande dimensão abandonados nas vias públicas, prevendo-se serem necessários mais dois ou três dias para se conseguir dar vazão. Apelou à colaboração dos cidadãos para deitarem o lixo nos contentores e caixotes de lixo próprios ou nos 40 locais criados recentemente para recolha de lixo.

Revelou ainda que as árvores nos jardins e nos arruamentos foram destruídas severamente devido ao tufão, havendo a necessidade de remover mais de quatro mil árvores, e que mais de 20 árvores antigas foram destruídas. Adiantou que, até ao momento, conseguiu-se tratar de cerca de 70 a 80 por cento das árvores afectadas e foram transportados 150 mil toneladas de ramos de árvores. Prevê que o trabalho de transporte de ramos de árvores poderá ser acelerado amanhã, depois de se terminar o tratamento das árvores nos arruamentos.

O representante da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau, Chu Wai Man, presente também na conferência de imprensa, referiu que o serviço público de abastecimento de água já voltou à normalidade, e, até às 15h00 de hoje, existiu ainda cinco edifícios com problemas no abastecimento de água devido a danos da própria bomba de água. Acredita que destes cinco, dois vão conseguir recuperar, ainda hoje, o abastecimento de água.

Relativamente ao fornecimento de electricidade, o representante da Companhia de Electricidade de Macau S.A., Billy Chan, indicou que a rede de abastecimento de electricidade está a funcionar dentro da normalidade, contudo, algumas residências ainda não recuperaram o fornecimento de electricidade devido a avarias nos próprios equipamentos eléctricos. Sublinhou a organização de equipas de voluntários, pela CEM, que se deslocaram às zonas, com o objectivo de acompanhar o andamento das reparações e apoiar no que fosse necessário e para conhecer a situação real dos clientes que ainda não recuperaram os serviços de electricidade.

O Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença dos Serviços de Saúde, Lam Chong, disse que depois da passagem do tufão, as autoridades tomaram, de imediato, várias medidas para diminuir a ocorrência de doenças infecciosas, não havendo registo um aumento dos casos de febre dengue ou gripe. No entanto, registou-se um aumento ligeiro de casos de gastroenterite e, conforme análise preliminar, este poderá estar relacionado com a situação de armazenamento de alimentos e higiene sanitária, contudo explicou que para se saber a causa exacta deve-se aguardar a análise e investigação do Centro de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

Por último, o chefe substituto da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações Públicas dos Serviços de Polícia Unitários, Wong Chio Man, afirmou que, durante a passagem do tufão “Parkhar” o Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) recebeu um total de 166 incidentes, e registou oito casos de pessoas com ferimentos ligeiros. Relativamente ao trabalho de buscas em parques de estacionamento, a informação mais recente é de que já terminaram os trabalhos de drenagens e buscas nos parques de estacionamento do Edifício Cheng I e do Mercado de São Lourenço, onde não foram encontradas pessoas. No que diz respeito à circulação de trânsito, referiu que as acções de limpeza de detritos e obstáculos das ruas continuam e que as vias principais da cidade e das Ilhas estão a recuperar, gradualmente.

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