O Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve, ao final da tarde de hoje (30 de Agosto), encontros com o pessoal dos hospitais, do Instituto de Acção Social e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, durante os quais trocou impressões sobre as experiências vividas pelo pessoal da linha da frente e de apoio logístico que participaram nos trabalhos do rescaldo do tufão.
Chui sai On aproveitou para agradecer o espírito de sacrifício do pessoal que se manteve firme e foi incansável nos trabalhos de socorro e salvamento, aquando da passagem do tufão Hato, no passado dia 23 de Agosto. Reiterou, em nome do governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e em seu próprio, os agradecimentos ao pessoal, especialmente, o apoio e compreensão dos seus familiares.
Ouviu as opiniões do pessoal da linha da frente dos vários serviços públicos e garantiu compreender a questão inerente ao pessoal e equipamento de apoio logístico, prometendo que o governo irá considerar e ponderar tudo, depois desta experiência. Perante a possibilidade de calamidades naturais, no futuro, Chui Sai On revelou que o governo já começou a auscultar opiniões e sugestões e que irão rever a estrutura a vários níveis, nomeadamente o mecanismo prevenção, alerta, combate, socorro e salvamento, divulgação e informações meteorológicas, infra-estruturas e reposição de equipamentos, por forma a aperfeiçoar a resposta a este género de catástrofe.
Durante os encontros estiveram acompanhar o Chefe do Executivo a secretária para Administração e Justiça, Sónia Chan, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a chefe do Gabinete da Secretária para Administração e Justiça, Iao Man Leng, o chefe de Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Ip Peng Kin, presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, presidente do Instituto de Acção Social, Vong Yin Mui, e ainda a chefe de Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam.
Chui Sai On começou por um encontro na sala de reuniões do Alojamento dos Trabalhadores de Emergência de Saúde Pública dos Serviços de Saúde, que contou com a presença de cerca de 220 pessoas, incluindo o pessoal da área da saúde da linha frente do Centro Hospitalar Conde de São Januário, os trabalhadores do IAS e do Centro de Prevenção e Controlo da Doença sob a tutela da secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, e ainda a secretária-geral da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, Ung Pui Kun, o director do Hospital Kiang Wu, Ma Hok Cheung, e mais de 20 representantes dos médicos e enfermeiros da linha frente. O Chefe do Executivo fez questão de manifestar os mais sinceros agradecimentos, lembrando que durante os 18 anos que serviu o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), ocorreram dois grandes incidentes, onde o espírito altruísta e de servir a população, por parte dos trabalhadores da função pública, foi bem latente, nomeadamente durante a SARS, no ano de 2003, e agora durante os trabalhos de socorro e rescaldo deste tufão. Salientou os esforços e dedicação dos trabalhadores da Função Pública e de apoio logístico dos serviços competentes que tudo fizeram para socorrer as vítimas e ajudar os feridos, apoiar os grupos desfavorecidos, recuperar a ordem pública e a normalidade das ruas, para que a vida da população possa retomar a normalidade. O Chefe do Executivo manifestou a sua gratidão perante toda a dedicação.
Durante o encontro, o pessoal médico fez questão de referir que vários colegas ignoraram o fim dos seus turnos, prolongando, por iniciativa própria o horário de trabalho, para apoiar no apoio ao socorro e salvamento. Entretanto, o pessoal da linha de frente do Hospital Conde S. Januário e Hospital Kiang Wu foi da opinião que o governo deveria garantir o abastecimento de água e reforçar as reservas, para que fossem garantidas todas as condições necessárias à vida dos doentes. Foram unânimes sobre a importância do pessoal do apoio logístico e salientaram a ajuda da população ao pessoal que procedeu aos trabalhos de eliminação de mosquitos.
Por sua vez, o pessoal do IAS chamou atenção para a necessidade de melhorar e optimizar as instalações do centro de acolhimento, as quais já se encontram obsoletas, esperando um maior investimento, por parte do governo, a fim de corresponder às carências das vítimas. Partilhou ainda as experiências vividas durante o apoio psicológico às vítimas do tufão, e deseja que seja possível tornar mais célere o apoio.
Entretanto, o secretário para Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, revelou que com a passagem do tufão foi possível verificar a dedicação de toda a equipa médica mantendo-se firmes e determinados nos seus postos de trabalho, o empenho do pessoal do IAS nos cuidados à camada desfavorecida, aos idosos solitários e doentes crónicos, demonstrando a solidariedade do pessoal médico de todos os serviços.
De seguida o Chefe do Executivo deslocou-se ao edifício do IACM, onde se encontrou com 70 funcionários. Na ocasião, a Sónia Chan aproveitou para agradecer a dedicação de todo o pessoal, salientando a responsabilidade assumida pelo IACM nas tarefas de limpeza das vias públicas. Acredita ainda que todo o pessoal do IACM e restantes serviços públicos vão continuar empenhados em concluir os trabalhos de rescaldo para que a cidade volte à normalidade.
Por sua vez, o pessoal deste organismo partilhou as diferentes experiências durante a execução das tarefas de limpeza, nomeadamente desobstruir as vias públicas e dos sistemas de drenagem de águas. Mencionaram ainda as experiências partilhadas com as várias equipas de voluntários, que manifestavam dor e tristeza pela calamidade que acabava de assolar o território. Foi referido ainda que os colegas com mais anos de serviço afirmaram nunca ter testemunhado uma catástrofe tão avassaladora em Macau, no entanto, sentiram-se comovidos pelo auxílio prestado pela população, prova do sentimento de união e de partilha do sofrimento alheio. Sublinharam a boa colaboração com a Polícia de Segurança Pública, contribuindo para trabalho futuro. Contudo, lembraram a necessidade de mais equipamentos pesados, de formação e de equipas de rendição. Concluíram reiterando o desejo de terem, no futuro, o pessoal e o equipamento necessário.
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