Para auscultar amplamente as opiniões dos diversos sectores sociais quanto à revisão e ao aperfeiçoamento do mecanismo de resposta a maiores calamidades, bem como da capacidade de gestão do Governo neste sentido, o Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, acompanhado de dirigentes de vários serviços e entidades públicos sob sua tutela, reuniu-se, durante dois dias consecutivos a partir de 31 de Agosto, com mais de 40 organizações que envolveram, entre outras, câmaras comerciais, associações dos operários, associações comerciais de diferentes zonas, organismos de pequenas e médias empresas, nas áreas da economia, finanças, seguros, convenções e exposições, publicidade, restauração, venda a retalho, etc. Nos encontros, os representantes participantes apresentaram ideias e sugestões valiosas em relação às matérias como a construção urbana no que respeite às infra-estruturas, instalações de protecção civil, etc., o mecanismo de prevenção e de alerta de calamidades, o mecanismo de divulgação de informações, entre outros aspectos.
Após a passagem da tempestade tropical de “23.8”, os trabalhos de prevenção de sinistrados e de redução dos seus impactos em Macau tornaram a merecer uma elevada importância por parte da comunidade local. Durante os dois encontros realizados nesses dois dias, os participantes intervieram com entusiasmo, pronunciando-se opiniões sobre a construção urbana na parte respeitante às infra-estruturas, sistema de prevenção de inundações, de protecção civil, etc. Houve ainda ideias que apontavam a necessidade de construir, quanto mais cedo possível, as infra-estruturas de combate a inundações, tendo sido sugerido que fosse criado, em conjunto com as regiões vizinhas, um sistema de aviso e de prevenção de calamidades, através do mecanismo de cooperação regional. O que mais preocupou os participantes foi o mecanismo de previsões meteorológicas, indicando os mesmos a importância de realização adequada deste trabalho porque permitia elevar a consciência dos cidadãos para tomada de precauções prévias. No tocante à prevenção de catástrofes e redução dos seus impactos, há quem propus a reserva de terrenos para a instalação do centro de refúgio e do centro para matérias de socorro e salvamento aquando da definição de projectos de planeamento urbanístico. Face ao grande impacto causado pelo tufão ocorrido em 23 de Agosto às infra-estruturas da água e da energia eléctrica, os presentes nas reuniões consideraram que esta catástrofe afectou gravemente a confiança dos investidores estrangeiros, constituindo também um golpe para as pequenas e médias empresas e consumidores locais. Portanto, sugeriram-se que o Governo adoptasse medidas diversas para que os investidores estrangeiros retomassem a sua confiança em Macau, assim como para incentivar o consumo local e ajudar as micro, pequenas e médias empresas afectadas a recuperar o dinamismo económico dos bairros comunitários. Os participantes mostraram ainda uma grande atenção aos planos de apoio e aos abonos concedidos pelo Governo às PMEs na sequência da passagem do tufão, enaltecendo estas medidas de apoio da Administração. Porém, existindo diferentes opiniões, umas consideraram que o Governo devia adoptar uma atitude flexível na apreciação dos pedidos, enquanto outras acharam que a mesma devia ser feita com rigor atendendo à necessidade de utilização com prudência do dinheiro público. Além disso, os presentes expressaram ainda opiniões sobre os problemas relacionados com a divulgação de informações no âmbito da prevenção das calamidades e das acções de socorro, a garantia dos direitos e interesses laborais no período da passagem do tufão, entre outros.
Fazendo balanços dos encontros, o Secretário Leong Vai Tac agradeceu sinceramente as diversas opiniões formuladas pelos representantes presentes, dizendo que o Governo da RAEM irá rever e aperfeiçoar o mecanismo de resposta a grandes calamidades, procurando ter uma melhor coordenação, no sentido de elevar a capacidade da cidade no que diz respeito à prevenção e redução dos impactos das calamidades e às acções de salvamento. Em relação aos trabalhos de recuperação pós-catástrofe, seguindo os princípios de servir o público e de proporcionar facilidades em prol dos cidadãos e do sector empresarial, os serviços públicos empenhar-se-ão em dar apoio às micro, pequenas e médias empresas afectadas, para que estas possam regressar, o mais cedo possível, à normalidade das actividades comerciais e reactivar a economia dos bairros comunitários.
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