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Macau debate «Estratégia, Riscos e as Escolhas de Macau – Observações e Reflexões sobre o tema "Construindo Rota da Seda Marítima no Século XXI"».

Conferência «Estratégia, Riscos e as Escolhas de Macau – Observações e Reflexões sobre o tema "Construindo Rota da Seda Marítima no Século XXI"», no Centro de Ciência de Macau, conta com os 200 membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo.

Realizou-se, esta tarde (24 de Junho), a Conferência «Estratégia, Riscos e as Escolhas de Macau – Observações e Reflexões sobre o tema "Construindo a Rota da Seda Marítima no Século XXI "», no Centro de Ciência de Macau, que contará com a presença do vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), Edmund Ho, do secretário-geral da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Gao Xiang, e cerca de 230 membros da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo. A Conferência, presidida pelo chefe substituto do Gabinete do Chefe do Executivo, Kou Chin Hung, e o Porta-voz do Governo da Região Administrativa Especial de Maca (RAEM), Victor Chan, teve como orador o vice-director do Instituto de Investigação sobre as Fronteiras da China da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Li Guoqiang. Na ocasião, Li Guoqiang apresentou aos participantes na Conferência a estratégia nacional «Uma Faixa, uma Rota», dando a conhecer a ideia, direcção e o impacto em Macau. Acrescentou que esta estratégia nacional tem por base uma análise minuciosa do Governo Central sobre as tendências internacionais e regionais, a salvaguarda do comércio livre no mundo e a economia aberta e ainda a promoção da cooperação regional em busca do desenvolvimento mútuo, resultando daqui a definição «Construindo a Rota da Seda Marítima no Século XXI». A mesma personalidade lembrou que, no passado dia 28 de Março, a Comissão para a Reforma e Desenvolvimento Nacional, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério do Comércio apresentaram a «Visão e Acções para promover a construção conjunta da Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima no Século XXI», adiantando que este documento inclui disposições para que Macau integre a estratégia nacional «Uma Faixa, uma Rota». Sublinhou que daqui resulta o reforço da cooperação com Hong Kong, Macau e Taiwan e a transformação de Guangdong, Hong Kong e Macau numa grande baía económica. Reiterou a maximização do papel dos compatriotas ultramarinos e das vantagens singulares das Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e de Macau, com o objectivo de participarem de forma activa e ajudarem na concretização da estratégia «Uma Faixa, uma Rota». Por isso considera que, em primeiro lugar, Macau precisa de definir bem a sua posição e reforçar o papel predominante. E lembrou que, no processo do desenvolvimento da antiga rota da seda marítima, Macau desempenhou um papel importante. Acrescentou que desde os tempos antigos Macau foi sempre o centro principal na rota da seda marítima, sendo uma ponte natural que liga a China interior aos mercados externos. Lembrou que, de acordo com as orientações do Governo Central, Macau deve desenvolver-se como um centro mundial de turismo e lazer e plataforma de serviços de cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Sublinhou ainda a importância de se acelerar o ajustamento da estrutura económica local e promover a diversificação adequada da economia, como estratégia do território manter a prosperidade e estabilidade, que ligada à «Rota da Seda Marítima no Século XXI» trará indubitavelmente novas e importantes oportunidades para o desenvolvimento de Macau. Referiu ainda que Macau deve desenvolver as suas vantagens para concretizar a diversificação, nomeadamente, como ponte devido aos factores históricos, culturais e linguísticos e ainda às relações pessoais. Salientou também que na história das trocas comerciais da China, Macau tem desempenhado um papel importante nas relações entre o país e os países lusófonos. Além disso, Macau reúne outros benefícios, designadamente, nos recursos turísticos, na sequência das especificidades culturais, marcas do encontro entre o Oriente e o Ocidente, ao longo de 400 anos. De igual modo considera que foram alcançados progressos na transformação da cidade como centro mundial de turismo e lazer, e que o território está a caminho de se tornar um destino turístico importante. Lembrou que na RAEM concentram-se muitos chineses ultramarinos, os quais representam um factor especial na promoção da estratégia da Rota da Seda Marítima. Revelou que, actualmente, encontram-se em Macau compatriotas ultramarinos de 60 países e territórios que mantêm relações com o mundo. Lembrou que o território mantém uma ligação muito estreita com a China interior, já que a cidade se encontra geograficamente ligada ao continente, com uma rede de transportes conveniente e acessível, intercâmbio frequente entre pessoas e trocas comerciais. Na construção da Rota da Seda Marítima, com a cooperação cada vez mais estreita entre Guangdong e Macau, o desenvolvimento da Ilha de Henpqing e a concretização de uma passagem mais facilitada nas fronteiras entre Macau e Zhuhai, irão edificar um novo modelo da cooperação entre a China interior e Macau. Isto deve-se às vantagens geográficas que Macau reúne. Li Guoqiang acrescentou que o secretário-geral do Partido Comunista da China, Xi Jinping, manifestou claramente, em Dezembro de 2014, o início dos trabalhos relativos à gestão das águas marítimas sob a jurisdição da RAEM. Segundo o mesmo, esta decisão importante vai resolver uma questão que traz algumas dificuldades a Macau há muito tempo, oferencendo uma garantia jurídica à RAEM para gerir as águas nas suas imediações e promover o desenvolvimento sócio-económico a longo prazo, contribuindo assim para a diversificação adequada da economia da RAEM e trazendo inúmeras vantagens para Macau e Guangdong. O mesmo considerou que o início dos trabalhos de gestão das águas marítimas sob a jurisdição da RAEM, no quadro estratégico da Rota da Seda Marítima, representa uma grande oportunidade para desenvolver a cidade e permitir ultrapassar possíveis limitações e restrições. Acrescentou que é importante para Macau desenvolver a economia marítima para possibilitar a construção de um porto de águas profundas e assim criar um porto franco ligado ao mundo impulsionando o desenvolvimento de uma cidade portuária e a possibilidade de se desenvolverem indústrias ligadas a esta área, tais como, sector logístico, indústria transformadora e de produção de equipamento. Por último, possibilita que Macau progrida mais como centro marítimo mundial de turismo e lazer, unindo não só as indústrias marítimas de lazer como também desenvolvendo os sectores de transportes aéreos, de hotelaria e de comércio.

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