No dia 1 de Junho de 2015, pelas 10h00, teve lugar no Centro de Actividades Turísticas a 2.a sessão de trabalho de 2015 da Comissão de Prevenção e Controlo das Doenças Crónicas. A reunião foi presidida pelo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Dr. Alexis Tam, com a presença do Chefe do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Dr. Lai Ieng Kit, Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, Subdirectores dos Serviços de Saúde, Dr. Kuok Cheong U e Dr. Cheang Seng Ip, bem como o assessor do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Dr. Tai Wa Hou. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Dr. Alexis Tam, iniciou o discurso agradecendo à Comissão os esforços exercidos nos últimos tempos, tendo também encorajado os membros da Comissão a continuar a emitir opiniões, de forma activa sobre os trabalhos de prevenção e controlo das doenças crónicas. O Secretário acrescentou que as doenças crónicas podem afectar a saúde e a qualidade de vida da população, bem como podem provocar enormes danos económicos na sociedade. A urbanidade mudou o estilo de vida, aumentaram os hábitos não saudáveis e houve uma aceleração do envelhecimento da população o que levou a que as doenças crónicas não transmissíveis sejam, actualmente, um grande problema no âmbito de saúde pública. Sempre apostando na concretização e implementação da política de “Tratamento eficaz em que se privilegia a prevenção”, é a firme posição do Governo da Região Administrativa Especial de Macau em defender a saúde da sua população, com vontade de a ouvir no sentido de aumentar a consciência de todos sobre a importância de uma vida saudável, bem como apostar no aumento do investimento em recursos em conjunto com a educação na comunidade, de modo a proteger a saúde do ambiente de vida da população. A par disso, o Secretário reiterou que o controlo do tabagismo é uma medida de relevo para a prevenção e controlo das doenças crónicas. O Governo da RAEM vai empenhar-se com firmeza na concretização dos trabalhos de proibição total do tabagismo e não será alterada a posição de proibição total do tabagismo nos casinos, coincidindo com a posição da Comissão. Esta ideia adquiriu o apoio de todos os membros da Comissão. O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion referiu que, a prevalência das doenças crónicas é uma ameaça para a saúde humana e um obstáculo para o desenvolvimento da economia de uma sociedade, sendo que este é considerado um dos maiores desafios para a saúde pública no Século XXI. Em resposta às ameaças das doenças crónicas, foi feito um esforço por todos os membros da Comissão que estabeleceram como ponto de partida intervir procecemente nos factores de risco das doenças crónicas, principalmente oncologia, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, doenças crónicas de tracto respiratório. Este ano, serão promovidos o “Projecto Piloto de Despistagem do Cancro Colorectal” e o “Curso de Auto-Gestão das Doenças Crónicas”, que visam estabelecer uma estratégia preventiva de três níveis, ordenadamente, “descoberta precoce, diagnóstico precoce e tratamento precoce”, de modo a reduzir a morbidade e mortalidade. A par disso, a fim de garantir a saúde dos cidadãos, a implementação e execução eficaz do “Regime de Prevenção e Controlo do Tabagismo” consagrado na Lei promovida pelos Serviços de Saúde também contribuiu significativamente para a prevenção e controlo das doenças crónicas. O Director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, por sua vez, salientou que, além do trabalho de prevenção e controlo efectuado através das operações conjuntas de cooperação interdepartamental, ainda é necessária a participação activa da comunidade, o esforço dos indivíduos e das famílias na criação de hábitos saudáveis de vida, no sentido de impedir a disseminação das doenças crónicas. Apesar de em Macau o trabalho de prevenção e controlo das doenças crónicas ter tido um bom desenvolvimento, ainda há muito trabalho árduo para fazer. Portanto, os membros do Conselho têm de continuar a trabalhar muito para alcançar os nove objectivos globais do “Plano de Acção para a Prevenção e Controlo das Doenças Crónicas não Transmissíveis” definido pela Organização Mundial de Saúde. No decorrer da sessão, a Secretária-Geral da Comissão de Prevenção e Controlo das Doenças Crónicas, Dr. Chan Tan Mui apresentou o ponto de situação do desenvolvimento do Projecto Piloto de Despistagem do Cancro Colorectal e do Curso de Auto-Gestão das Doenças Crónicas, bem como o Projecto de Promoção de Monitorização Autónoma - Auto-Gestão da Saúde Comunitária. A Chefe do Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dra. Kuok Un I, apresentou a situação actual das doenças renais e respectivos serviços de assistência médica disponíveis em Macau. Na reunião, os membros emitiram diversas opiniões e abordaram de modo abrangente os planos de actividades a serem desenvolvidos, manifestando o seu apoio e reconhecimento dos recursos que o Governo da RAEM investem nos projectos de prevenção e controlo das doenças crónicas, concordando com que a despistagem do cancro colorectal que constitui uma medida com eficácia reconhecida internacionalmente para reduzir a incidência e a mortalidade do cancro colorectal, devendo ser implementada o mais rápido possível. As doenças renais também fazem parte das principais doenças crónicas Apesar da baixa mortalidade, os portadores da doença renal precisam de ser submetidos à hemodiálise e à assistência médica a longo prazo, o que é uma carga pesada para a família e para a sociedade, devendo a mesma ser prevenida na fase precoce. Visto que o custo da assistência médica se torna cada vez mais alto, e tendo em vista a racionalização dos recursos públicos, os membros concordaram com que para além de promover o plano de prevenção precoce e tratamento precoce, deve-se continuar a intensificar os trabalhos de divulgação de informações educativas e publicitárias em relação à prevenção das doenças crónicas junto de pessoas de diferentes camadas sociais e idades, bem como ajudar os cidadãos saudáveis e os portadores da doença crónica a estabelecerem hábitos de vida saudáveis, devendo proporcionar-lhes orientações e critérios de referência concretos, ensinar e encorajar os cidadãos para auto-monitorização e avaliação dos indicadores de saúde individuais frequentemente utilizados, por forma a reforçar a sua capacidade de auto-gestão da saúde. Para além disso, o Governo da RAEM continua a efectuar esforços para aplicar metodologias que facilitem o acesso da população o mais rápido possível aos serviços preventivos e terapêuticos adequados.
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