Recentemente notícias publicadas nos Países Baixos (Holanda) revelam que alguns lotes de agulhas utilizadas nas seringas TERUMO, produzidas na unidade fabril de Bélgica de um fabricante de equipamentos e materiais médicos do Japão, se encontram com defeito de fabrico. De acordo com as informaçoes disponíveis a seringa está envolvida numa cola – epoxi – que pode ser introduzida na corrente sanguínea das pessoas que recebam injecções com estas agulhas. Os Serviços de Saúde após terem tomado conhecimento desta situação procedeu à verificação dos lotes de agulhas existentes e após contactos com os fornecedores foi confirmado que os Serviços de Saúde nunca utilizaram as agulhas da marca TERUMO produzidas na Bélgica. Assim os cidadãos de Macau não necessitam de estar preocupados, pois a sua segurança está garantida. Na sequência desta situação os Serviços de Saúde confirmaram junto do fabricante que as agulhas TERUMO, actualmente utilizadas, são produzidas nas unidades fabris do Japão e Filipinas, e não na Bélgica. Aliás os métodos de fabrico utilizados no Japão e nas Filipinas são distintos dos utilizados na Bélgica e por esse motivo não há ocorrem infiltrações como da Bélgica. No entanto de modo a verificar os actuais lotes os engenheiros de equipamentos e materiais médicos dos Serviços de Saúde procederam a uma avaliação aleatória, através de um microscópio de alta potência, e não detectaram defeitos de cola - epóxi – nas agulhas. Assim, com base nas informações existentes, e após avaliação das agulhas de seringa TERUMO utilizadas na RAEM, os Serviços de Saúde afirmam que não existe nenhum problema de segurança. Contudo os Serviços de Saúde continuarão a manter uma estreita comunicação com os fornecedores de modo a ter atenção aos resultados das pesquisas que estão a ser efectuadas por diversas e conceituadas instituições de vários países de modo a garantir, a qualidade das agulhas e adoptar medidas caso estas sejam necessárias. As informações disponiveis revelam também que somente a Autoridade de Saúde dos Países Baixos, por razões meramente preventivas, é que suspendeu o uso das agulhas de seringa fabricadas por esta fábrica devido ao facto das mesmas serem utilizadas no Programa de vacinação, não havendo registo de outras entidades fiscalizadoras que tivessem adoptado as mesmas medidas. Constituição de uma seringa descartável A agulha de uma seringa descartável é composta por duas partes: uma agulha metálica e um tubo plástico que são interligados por cola. A cola geralmente usada para interligar as duas partes é uma cola de resina epóxi. Caso a produção da cola seja de qualidade a mesma não deve penetrar no tubo de plástico da seringa, caso contrário, a cola seja deficiente, há possibilidade de a mesma entrar em contacto com a solução injectável e ser introduzida, no momento da injecção, no corpo humano. A cola de resina epóxi além de ser utilizada na indústria com fins de de colagem e de revestimento é ainda frequentemente utilizada na latas de chumbo das bebidas azedas. De acordo com o estudo animais evidencia-se que a cola de resina epóxi dispõe de “bisfenol A” que pode influenciar o sistema nervoso e ainda interferir com o comportamento da hormonas sexuais, aumentando o risco de padecer cancro mamário e cancro da póstata. Assim, neste contexto, a segurança da cola de resina epóxi encontra-se sob vigilância. Entidades como Organização Mundial da Saúde ainda consideram seguro, e o “bisfenol A” é, ainda, utilizado de forma ampla nos sacos de embalagem de alimentos e actualmente apenas recomenda-se a não utilização nos biberões dos bebés.