O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, afirmou que sob a orientação do secretariado para a cooperação da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) está empenhado em organizar a primeira etapa do plano de visitas de trabalho prático a países de língua portuguesa, no sentido de promover, de forma pragmática, a cooperação entre a Região do Grande Delta com os países lusófonos. Lionel Leong, à frente da delegação oficial da RAEM, esteve, esta manhã (11 de Dezembro), presente na Cimeira de Líderes da Cooperação da Região do Grande-Delta do Rio das Pérolas 2015 que decorreu na província de Fukien. Ao discursar na ocasião, o secretário afirmou que, após de mais de 10 anos de preparação, o mecanismo de cooperação do Grande Delta do Rio das Pérolas tem sido aperfeiçoado constantemente, tendo as províncias e regiões aproveitado esta plataforma para estreitar as relações e aprofundar a colaboração. Adiantou que, além disso, no âmbito do desenvolvimento regional coordenado, foram implementados vários projectos inovadores, cujos resultados de complementaridade e sucesso são, cada vez mais, evidentes. Acrescentou que, na conjuntura da reforma e desenvolvimento do país, as províncias e regiões estão empenhadas em dar o devido contributo. Lionel Leong referiu ainda que o 13º plano quinquenal do Governo Central propõe claramente o aprofundamento da cooperação regional do Grande Delta do Rio das Pérolas, sendo este, definitivamente, um reconhecimento ao esforço de todos, durante vários anos, e uma exigência clara para servir o desenvolvimento do país e reforçar a complementaridade e êxito conjunto, no futuro. Assim, o Governo da RAEM propõe às partes envolvidas que continuem a dedicar-se à cooperação, integrando este trabalho nas linhas gerais do 13º plano quinquenal, para que a cooperação seja um objectivo de trabalho evidente. O mesmo responsável salientou que olhando para o futuro, Macau vai desempenhar, indubitavelmente, o seu papel singular e necessário, promovendo de forma crucial trabalhos em três áreas numa nova fase de colaboração na região do Grande Delta, designadamente: Primeiro, reforçar a cooperação turística entre as províncias e regiões, pois todas possuem recursos turísticos fortes, sendo uma componente importante para Macau desenvolver o turismo regional. Explicando que Macau vai incentivar, ainda mais, o sector e, juntamente, com as outras províncias e regiões promover o plano «uma viagem, vários destinos», e participar em acções promocionais em mercados internacionais, no sentido de criar uma marca turística de excelência do Grande Delta. Além disso, Macau está empenhado em criar um centro mundial de formação turística, esperando-se que a formação profissional providenciada por Macau possa contribuir também para a formação de quadros qualificados das províncias e regiões do Grande Delta. Segundo, desempenhar de forma exequível o papel de Macau como plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Adiantou que, para além da criação em Pequim, Portugal e Brasil, de secretariados para a prestação de serviços nesta área, também está dedicado à organização da primeira etapa do plano de visitas de trabalho prático a países de língua portuguesa, prevendo-se que, no início do próximo ano, o pessoal de Macau e dos gabinetes de trabalho diário das províncias e regiões deslocar-se-ão ao Brasil para se inteirar do desenvolvimento da economia verde naquele país, exploração e protecção da zona fluvial da Amazónia e ainda conhecer a cooperação entre as zonas fluviais transfronteiriças, tudo para promover, com pragmatismo, a cooperação na área da protecção ambiental entre o Grande Delta e os países lusófonos. Terceiro, participação conjunta na execução da política nacional «Uma faixa, Uma Rota». Esclarecendo que o ponto de entrada de Macau será a criação de «Um Centro, Uma Plataforma» e, juntamente, com as províncias e regiões do Grande Delta e assim servir a estratégia de reforma e desenvolvimento do país. Sublinhou que Macau aproveitará, ao máximo, as características únicas, como por exemplo a cultura singular da coexistência das especificidades oriental e ocidental, as redes de ligação entre os chineses ultramarinos e familiares, para, através dos contactos entre as pessoas e das trocas comerciais, servir a implementação da política «Uma Faixa, Uma Rota». Entretanto, lembrou que o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, no âmbito da cooperação Guangdong-Macau e numa fase acelerada de construção, irá corresponder à estratégia da China interior na colocação dos seus produtos de medicina chinesa no mercado internacional e com as províncias e regiões, certamente, surgirão maiores potencialidades que irão apoiar a política «Uma Faixa, Uma Rota». Durante a estada em Fukien, a delegação teve um encontro com o vice-presidente da Região Autónoma da província de Guangxi Zhuang, Zhang Xiaoqin, que ao discursar fez uma breve apresentação ao desenvolvimento daquela Região e respectivas oportunidades de desenvolvimento. Mencionou que, de acordo com o documento sobre o consenso de cooperação entre Guangxi e Macau, assinado no ano passado, os serviços competentes estão em contacto estreito, estabelecendo mecanismos regulares de cooperação. Frisou que Macau possui potencialidades no turismo de negócios, esperando que as empresas destes dois territórios colaborem na exploração dos mercados da Associação das Nações do Sueste Asiático (ASEAN), para que se usufrua das novas oportunidades no âmbito do CEPA. Durante o encontro, Lionel Leong fez uma apresentação sobre a situação económica actual de Macau. Lembrou que ambas as partes têm-se empenhado na concretização dos compromissos assumidos aquando da assinatura do documento acima referido, bem como têm mantido a comunicação necessária para aperfeiçoar o mecanismo de cooperação, no sentido de se conseguir um desenvolvimento multi-vertentes, aproveitando ao máximo as vantagens de cada uma das partes. Referiu que Guangxi possui condições geográficas e industriais favoráveis, pelo que se espera poder fortalecer a cooperação bilateral, no futuro, particularmente na área de reuniões, exposições e negócios, protecção ambiental e medicina tradicional chinesa, entre outras áreas, permitindo às empresas locais maior espaço de desenvolvimento. A delegação da RAEM que regressa, ainda hoje, a Macau, integra ainda o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento, Cheong Chou Weng, assessor do Gabinete do Chefe do Executivo, Kou Jin Hong, assessores do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Vong Sin Man e U U Sang, assessora do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Leung Veng Han, subdirector da Direcção dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip.
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