O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (21 de Agosto), que a actividade delituosa geral registou, no primeiro semestre deste ano, uma descida ligeira de 0,9 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano passado, e, no âmbito dos crimes de violência grave, não se registaram casos de «homicídio» e de «rapto», e a percentagem de casos de «ofensas corporais graves foi muita baixa, sublinhando o ambiente seguro e estável em geral de Macau. Ao fazer o balanço da criminalidade e dos trabalhos da primeira metade do ano 2015, Wong Sio Chak salientou que a polícia continuará a prestar muita atenção à segurança de Macau e, considerando a situação e a tendência da criminalidade, implementará acções eficazes de prevenção e de combate ao crime, a fim de manter um ambiente estável e seguro em Macau. Wong Sio Chak revelou que, no primeiro semestre do ano, a polícia instaurou um total de 7025 inquéritos criminais, o que traduz uma descida ligeira de cerca de 0,9 por cento (menos 65 casos) relativamente ao mesmo período do ano de 2014. Contudo, na primeira metade deste ano registaram-se 410 casos de «criminalidade violenta», uma subida de três por cento, comparativamente ao período homólogo, devido à subida dos crimes de «cárcere privado». Reiterou os zero casos de «homicídio» e de «rapto» e a baixa percentagem de «ofensas corporais graves», no âmbito dos crimes de violência grave. O mesmo responsável referiu que os crimes relacionados com o jogo, tal como «usura» e «cárcere privado», apresentam um acréscimo notável, com o primeiro a registar um total de 153 casos, representando uma subida de 39,1 por cento (mais 43 casos), comparativamente ao período homólogo do ano passado, e o crime de «cárcere privado» a totalizar 170 casos, representando uma subida significativa de 112,5 por cento (mais 90 casos). Disse acreditar que a subida do número de casos está relacionada com a aplicação da lei de forma activa pela polícia. Na sua opinião, não existem indícios que mostrem que o período de ajustamento das receitas do jogo traga consequências negativas para a segurança de Macau. Não obstante, a polícia irá empenhar-se na prevenção para evitar que os crimes aconteçam, continuando a concentrar um nível elevado das atenções e a fiscalizar estreitamente as respectivas situações. O secretário destacou que, relativamente ao período homólogo do ano passado, a «criminalidade da burla por telefone» registou um decréscimo de 144 casos para 127 casos. Entretanto, as ocorrências, em que os criminosos se fazem passar por trabalhadores das autoridades governamentais da China interior ou de bancos, concentraram-se nos meses de Abril e Maio do corrente ano, levando a polícia a reforçar os trabalhos de divulgação e a incrementar a comunicação atempada, troca de informações e de operações conjuntas com as autoridades policiais do país e das regiões vizinhas, a fim de obter bons resultados, sendo de registar, desde Junho, uma descida acentuada deste tipo de crime. Wong Sio Chak revelou que os «crimes contra a vida em sociedade» registaram 460 casos, na primeira metade do ano, significando uma descida de 6,1 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano transacto, sendo de destacar o «uso de documento de identificação alheio» e a «passagem de moeda falsa» que apresentam um decréscimo notável de 39,3 por cento e de 55,4 por cento, respectivamente. Porém, os crimes de «fogo posto» registaram uma subida de seis casos. Quanto aos «crimes contra o território», o mesmo responsável revelou que foram registados 583 casos, significando uma subida de 37,5 por cento comparativamente ao período homólogo, para o que contribuiu a subida do «crime de desobediência» e do de «falsas declarações», respectivamente 44,6 por cento e 33,7 por cento. O secretário disse que foi registado um total de 733 casos de «crimes não classificados noutros grupos», representando uma descida de 14,4 por cento. Explicou que se sinalizam aqui, principalmente, casos de «aliciamento», «auxílio», «acolhimento» e «emprego de imigrantes ilegais», os quais somaram, na primeira metade do ano, 257 casos, ou seja uma subida de 8,9 por cento, relativamente ao período homólogo. O «tráfico de droga» e «consumo de droga» registaram uma descida, respectivamente, de 33,9 por cento e 50 por cento. No âmbito da «Delinquência Juvenil», Wong Sio Chak indicou que foram registados 32 casos, isto é, mais dois casos que no período homólogo em 2014, com o envolvimento de 56 menores naqueles delitos, representando um aumento de 12 menores. O mesmo responsável afirmou que as autoridades de segurança reforçaram as acções de combate aos imigrantes ilegais e ao excesso de permanência, esclarecendo que, na primeira metade deste ano, houve uma descida significativa do número de imigrantes ilegais e em excesso de permanência, envolvendo um total de 16.702 pessoas, designadamente: entrada ilegal de pessoas provenientes do Interior da China, 873 pessoas; excesso de permanência de titulares de Visto Individual, 2127 pessoas; excesso de permanência de titulares de outros documentos do Interior da China, 12.240 pessoas; e excesso de permanência de estrangeiros, 1462 pessoas. Por último, o secretário referiu ainda que, de Janeiro a Junho deste ano, no âmbito das operações conjuntas do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) de fiscalização e de combate às infracções relacionadas com taxistas, foram registadas 3037 autuações, (no mesmo período do ano transacto ocorreram 539 autuações, e no ano de 2014, 1666), dos quais 730 casos consistiram em cobrança de preço elevado por serviços de táxi (o que correspondente a 24 por cento) e 919 casos traduziram-se em recusa de tomada de passageiros (correspondente a 30 por cento).