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Água canalizada nos edifícios de habitação pública recém construídos cumpre os critérios da OMS

Água canalizada nos edifícios de habitação pública recém construídos cumpre os critérios da OMS

A qualidade da água nos edifícios de habitação pública mereceu recentemente a atenção da sociedade, o governo da RAEM tem manifestado a importância do assunto e iniciou uma série de trabalhos de acompanhamento. Por conseguinte, foram realizadas análises à qualidade da água no sistema de abastecimento que faz parte do interior dos edifícios de habitação pública, construídos recentemente. O Gabinete do Porta-voz do Governo realizou, hoje (dia 29 de Julho), em conjunto com outros serviços públicos, uma conferência de imprensa, onde apresentou os resultados das análises. Até ao momento, o teor de chumbo nas amostras disponibilizadas, encontra-se em conformidade com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo elaborou um plano de contingência, caso surja qualquer ameaça que comprometa a qualidade da água. A conferência, que teve lugar esta tarde pelas 15H00, na sala polivalente da sede do governo, foi presidida pelo porta-voz, Victor Chan, e contou com os representantes dos diferentes serviços. Nomeadamente, o presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Vong Iao Lek, o director dos Serviços de Saúde (SS), Lei Chin Ion, a directora dos Serviços dos Assuntos Marítimos e de Águas (DSAM), Wong Soi Man, o presidente do Instituto de Habitação (IH), Ieong Kam Wa e o coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), Chau Vai Man. Victor Chan disse que o governo da RAEM e o Chefe do Executivo têm sempre seguido de perto a segurança no que concerne ao consumo da água potável por parte da população. Na sequência do incidente ligado à qualidade da água nas regiões adjacentes, o governo iniciou uma série de trabalhos de prevenção e de acompanhamento, tendo vários serviços de imediato activado a coordenação interdepartamental e o mecanismo de comunicação. Deste modo, as autoridades tomaram a iniciativa, recolheram amostras do sistema de abastecimento de água dos edifícios recém-construídos de habitação pública e convocaram uma reunião para elaborar o ponto de situação relativo ao chumbo contido nas águas de abastecimento. O porta-voz acrescentou também que o Chefe do Executivo, ontem (dia 28), esteve presente numa reunião, onde verificou os relatórios sobre os trabalhos desenvolvidos em cada serviço. Chui Sai On deu instruções a todos os envolvidos no sentido de coordenarem tarefas de forma a garantir que a saúde da população seja uma prioridade e espera que os serviços competentes se empenhem na elaboração de um plano de contingência, caso surjam problemas relacionados com o consumo de água. Assegurou ainda que o acompanhamento das tarefas será ininterrupto, por conseguinte a garantia da segurança e do abastecimento de água em perfeitas condições de consumo será uma constante. O presidente do Instituto de Habitação, Ieong Kam Wa, afirmou que a partir do dia 17 do corrente mês, os membros interdepartamentais recolheram amostras tanto nos átrios dos edifícios e como também nas fracções desabitadas, num total de 50 edifícios de habitações públicas, construídos desde 2007. As amostras de água foram recolhidas na rede comum de abastecimento de água e posteriormente enviadas para o Laboratório do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais onde se efectuou as devidas análises, relativas ao nível de chumbo contido na água. Ficou decidido pelos serviços departamentais que, em relação aos 12 edifícios antigos de habitações sociais, as análises da água seriam realizadas numa próxima fase. O mesmo responsável frisou ainda que para garantir a segurança da água, foi exigido às empresas de gestão dos prédios a obrigatoriedade de efectuarem a limpeza dos reservatórios e equipamentos de abastecimento de água, no mínimo, uma vez por semestre. Na apresentação dos resultados da análise, o presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Vong Iao Lek, sublinhou que as amostras foram recolhidas em 18 edifícios de habitação social e 32 edifícios de habitação pública, sendo que 49 dessas amostras foram recolhidas nos átrios desses edifícios. Todavia, a quantidade de chumbo contida na água enquadra os padrões de segurança da Organização Mundial de Saúde. Ou seja, a quantidade de chumbo está abaixo de 10ug/L. Nos resultados analisados, a quantidade mais elevada de chumbo registou apenas 3.5ug/L. Relativamente às análises efectuadas nas fracções desabitadas, tendo já sido concluído 70 por cento do trabalho de análise laboratorial, todas os resultados apresentavam valores adequados para consumo. Estima-se que ainda esta semana os exames às restantes amostras sejam concluídos. A directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, Wong Soi Man salientou a importância de um aperfeiçoado mecanismo de cooperação entre Macau e o interior da China, que monitoriza a segurança referente à qualidade da água bruta abastecida em Macau. A Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau também procede diariamente a um exame referente a qualidade de água saída da estação da companhia e entrega regularmente um relatório aos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água e ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. O Laboratório do IACM efectua diariamente um exame à saída da água da estação dos SAAM e da rede pública de distribuição. Relembrou ainda que o teor de metal pesado na água canalizada em Macau tem cumprido sempre os padrões indicados pela Organização Mundial de Saúde. Recordou ainda que existe em Macau um «Plano de contingência de segurança para o abastecimento de água em Macau», que pretende dar resposta rápida aos incidentes inesperados ligados à segurança do abastecimento de água e poderá ser activado imediatamente, caso seja necessário. Esse plano inclui a criação de um grupo interdepartamental e a instalação, quase imediata, de um ponto de abastecimento de água provisório que disponibilize água potável e de qualidade aos residentes afectados. Acresentou ainda que no ano passado, o governo elaborou instruções e sensibilizou os proprietários e condomínios sobre a melhor forma de manter com qualidade o sistema de água corrente nos edifícios, para se unirem esforços para a conservação do sistema de água corrente e garantia de uma água potável de qualidade. Revelou que as referidas instruções estão a ser aplicadas, a título experimental, nas habitações públicas, e fazem parte dos requisitos do concurso para os serviços de administração de condomínios na habitação pública. Entretanto, as autoridades vão também criar uma lista das companhias para que os proprietários possam escolher aquelas que prestam serviços na área da gestão, reparação e manutenção do sistema de abastecimento de água. O coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), Chau Vai Man salientou que tem um mecanismo de avaliação para os materiais de construção da habitação pública, incluindo o cumprimento dos requisitos, referidos nos cadernos de concursos e os critérios dos materiais definidos pelo desenhador. O governo contrata também empresas profissionais para examinar os materiais no local da construção. Reiterou que os materiais de soldadura utilizados nas canalizações dos edifícios de habitação pública não contêm chumbo, e todas os materiais de construção cumprem as normas internacionais, os canos são de cobre enquanto a materia de soldadura é principalmente prata, cobre, e solda sem chumbo. O director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion revelou que o processo de recolha de amostras de água segue as instruções da OMS. Adiantou ainda que no caso de algum incidente, relacionado com a segurança da água canalizada, as autoridades vão fazer um primeiro exame para averiguar os teores de chumbo no sangue juntos dos residentes afectados, e caso se depare com pessoas cuja quantidade de chumbo seja superior ao critério definido como aceitável, será acompanhado pelo hospital. Apontou a disponibilidade dos Serviços de Saúde, tanto de médicos, como de recursos humanos e de equipamentos suficientes para tratamento de casos ligados ao consumo excessivo de chumbo. Revelou que os Serviços de Saúde vão reforçar a sensiblização junto da população para reduzir o contacto com o chumbo na vida quotidiana. Revelou ainda que o dano do chumbo existente na água potável para os seres humanos depende, para além do valor dessa quantidade, também é importante averiguar da existência de outra fonte de contaminação. Se não há outra maneira de contaminação por chumbo, a sáude do ser humano não é afectada com pequenas quantidades de chumbo. Ou seja, uma quantidade abaixo de 10ug/L na água portável não afecta a sáude do ser humano, e o nível de chumbo no sangue poderá atingir um nível normal dentro de uns meses, caso não haja outra maneira de acesso do organismo ao chumbo.

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