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Serviços de Saúde alertam cidadãos para prevenção de enterovírus que está a tornar-se mais activo em Macau


Os dados de monitorização do Serviços de Saúde estão a revelar que o enterovírus está a tornar-se mais activo em Macau, pelo que apelam aos cidadãos que prestem atenção à prevenção Desde o início de Maio que já foram declarados 473 casos de enterovírus, ou seja, o dobro de casos diagnosticados no mês de Abril que foi de 216 casos, e um ligeiro aumento comparado com o mesmo período homologo, que foi 442 casos. Até ao momento não foi registado nenhum caso grave nem mortal. O Laboratório da Saúde Pública dos Serviços de Saúde efectuou o isolamento do vírus junto das amostras infectadas, tendo os resultados revelados que, entre as 305 amostras colheitas, 35 foram positivo ao teste de entreovírus, correspondente a uma taxa de positivo de 11.5%, entre as amostras, 22 com entreovírus de Coxsackie A, 9 com entreovírus, 3 com entreovírus Coxsackie A16 e e 1 com enterovirus EV 71. No que concerne a infecções colectivas de enterovírus infecção desde Janeiro do corrente ano até ao presente, foram notificados de 18 casos de infecção colectiva de enterovírus, uma ligeiro aumento comparado com o ano anterior que foi de 14 casos. De Maio até agora, foram registados 8 casos de infecção colectiva. No corrente ano, o resultado de isolamento do vírus de infecção dos casos colectivos de gripe mostrou que 6 casos foram de entreovírus de Coxsackie A, 1 do entreovírus, e 4 casos tiveram resultado negativo e 7 casos estão ainda a aguardar os testes laboratoriais. Para além disso, os Serviços de Saúde foram notificados, quarta-feira, 18 de Maio, para a detecção de dois casos de infecção colectiva por enterovírus em duas creches. O primeiro caso foi diagnosticado em quatro (4) crianças, três (3) do sexo masculino e um (1) do sexo feminino, com 2 anos de idade, estes doentes são alunos da Turma H da Creche do Lago da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, situado na Estrada Coronel Nicolau de Mesquita da Taipa; o segundo caso foi diagnosticado em três (3) crianças, dois (2) do sexo masculino e um (1) do sexo feminino, com idade compreendida entre 1 e 2 anos, estes doentes são alunos da turma A da Creche da Associação Geral das Mulheres de Macau situado na Rua do Campo. Os primeiros sintomas manifestaram-se nos passados dias 13 e 14 de Maio, apresentaram sintomas de Mão, Pés e Boca, tendo os pais das crianças recorrido a instituições médicas para tratamento. O estado clínico dos alunos infectados é considerado ligeiro e não houve registo de qualquer caso com sintomas anormais do sistema nervoso ou outras complicações graves. Os Serviços de Saúde já procederam à recolha de amostras para análise laboratorial e foram reforçadas as indicações à creche para que haja a implementação de medidas que possam controlar o foco da infecção, tais como limpeza e desinfecção geral. A infecção por enterovírus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovirus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro,a nível mundial, mas é no verão que tem maior incidência. Este vírus é tambem a fonte de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como doenças das mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Em princípio, a doença de mãos, pés e boca afecta as crianças com idade inferior a 5 anos. O período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os fezes dos infectados, pelas gotículas de saliva ou pelo contacto com materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins-de-infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, porque o enterovírus possuiu um elevado grau de contágio. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente contêm estes vírus. Os Serviços de Saúde estão a prestar atenção ao desenvolvimento da epidemia deste enterovírus e salientam que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar por si mesmo. Contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços de saúde têm apelado aos pais, alunos, bem como ao pessoal das escolas, creches e lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas: Medidas pessoais: ● Lavar as mãos: Antes de contactar os olhos, o nariz e a boca com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou outros objectos sujos; ● Cortesia: Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas; ● Diminuir os contactos: Evitar os lugares públicos densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados; ● Aumentar a resistência: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar para aumentar a imunidade; ● Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecimentode sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, recorrer imediatamente a consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves. Medidas a aplicar pelos estabelecimentos de ensino ou lares : ● Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como, as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro etc.; ● Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas ou ao trabalho; ● Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças ou os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.



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