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Serviços de Saúde acompanham de perto reacções adversas à vacina contra cancro do colo do útero ocorridas no Japão


No seguimento das notícias publicadas que referem que um grupo de mulheres, no Japão, pretende processar o Governo, requerendo indemnização por terem sofrido reacções adversas tais como dores persistentes e paralisia depois de submetidas à vacinação contra cancro do colo do útero, os Serviços de Saúde da RAEM estão a acompanhar de perto o desenrolar desta situação, esclarecendo no entanto que em Macau não houve registo de nenhum caso semelhante. Apesar de no Japão existirem dúvidas sobre a relação entre a vacina e as reacções adversas, até ao momento ainda não existe qualquer prova científica que comprove os para efeitos secundários da vacina. Em conformidade com o despacho do Chefe do Executivo, os Serviços de Saúde integraram a vacina de papilomavírus humano (vulgarmente designada por vacina contra o cancro do colo do útero) no Programa de Vacinação da Região Administrativa Especial de Macau. Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre a idade mais adequada para a vacinação, pessoal de saúde tem sido designado às escolas primárias anualmente para proceder à vacinação colectiva das alunas do 6º ano do ensino primário (com idades compreendidas entre os 11 e os 13 anos). Ao mesmo tempo, recomendações da Organização Mundial de Saúde, indicam que de forma a diminuir no mais curto espaço de tempo possível a incidência de cancro do colo do útero, o Governo deverão alargar o benefício a mais adolescentes quando a capacidade o permitir. Assim, os Serviços de Saúde irão alargar a vacinação gratuita para os residentes do sexo feminino que completem 18 anos de idade na data de entrada em vigor do despacho supracitado, ou seja, a todas as residentes que nasceram a partir de 1 de Setembro de 1995. A fim de facilitar as alunas e os pais, no ano lectivo de 2014-2015 e no ano 2015-2016 os Serviços de Saúde procederam de forma faseada à vacinação colectiva das alunas em todas as escolas primárias e secundárias. No próximo mês de Junho, será concluída a vacinação complementar das alunas em todas as escolas secundárias. As residentes de Macau que não consigam participar na vacinação colectiva realizada em escolas podem submeter-se à vacinação no Centro de Saúde da área da residência. Desde a implementação do programa de vacinação contra cancro do colo do útero pelos Serviços de Saúde 15.191 pessoas participaram neste programa, das quais 7.237 completaram o processo clínico de três (3) vacinações. Na totalidade foram administrados 36.662 doses de vacina o que é um bom resultado. Os Serviços de Saúde têm acompanhado de perto todo o processo de vacinação e até à não recebeu nenhuma notificação de reacções adversas graves tais com dor geral, paralisia, convulsões, sendo que os efeitos secundários registados têm sido comuns às vacinas, principalmente o vermelhidão e dor no local da injecção, erupções cutâneas ligeiras localizadas e transitórias que, em geral, desaparecem ao fim de 1 a 2 dias. Além disso, existem muito poucos casos de desmaios por causa da injecção, sendo desmaios que podem ocorrer por vezes nos adolescentes do sexo feminino após a vacinação. Aliás os desmaios registados são reações emocionais após a injecção que não estão relacionados com a vacina e que não afectam a saúde se foram de imediato assistidos pelo pessoal de saúde. Muitos países europeus e americanos integram a vacina contra o cancro do colo do útero no programa de vacinação e a respectiva vacinação tem sido executada ao longo dos anos, não tendo sido verificados efeitos secundários ou riscos obviamente graves. De acordo com os dados de vigilância divulgados pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos E.U.A., entre as pessoas vacinadas contra o cancro do colo do útero, uma parte não sofre efeitos secundários. Enquanto as pessoas que apresentam efeitos secundários os mesmos são ligeiros, incluindo febre, fadiga, dor muscular ou dor e vermelhidão no local da injecção, entre outros, que desaparecem ao fim de 1 a 2 dias. Estes efeitos secundários não são mais graves do que os que ocorrem com outras vacinas. A situação em Macau é semelhante. Actualmente, com excepção do Japão, nenhum outro governo regional ou nacional adoptou medidas para suspender a promoção da vacinação contra o cancro do colo do útero e outras medidas semelhantes. A Organização Mundial de Saúde e o Comitê Consultivo de Práticas de Imunização do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos E.U.A., depois de analisadas as informações mais recentes, incluindo as do Japão, afirmaram que as provas científicas evidenciam que a vacina contra cancro do colo do útero é segura. A Organização Mundial de Saúde também apoia explicitamente e recomenda as regiões competentes que devem fornecer vacina contra cancro do colo do útero gratuitamente às mulheres no sentido de reduzir a morbilidade e a mortalidade do cancro do colo do útero. Os Serviços de Saúde salientam que nem todas as reacções adversas ocorridas após a vacinação foram por causa dos efeitos colatorais da vacina, muitas doenças ou sintomas suspeitos de serem causadas pela vacina também ocorrem nas populações não vacinadas. Para determinar cientificamente se as reacções adversas são causadas por uma vacina, o método fundamental é verificar se a taxa de incidência dessas doenças ou sintomas manifestados em pessoas vacinadas é mais elevada do que em outros grupos. Como a quantidade de pessoas vacinadas é geralmente grande, inevitavelmente, neste grupo aparecerão doenças ou sintomas que também manifestam nas pessoas em geral. Algumas pessoas, incluindo alguns dos chamados especialistas tendem atribuir a causa das doenças inexplicáveis a vacinas, o público em geral e os trabalhadores da comunicação social devem proceder a uma análise racional, não devendo facilmente acreditar e divulgar informações não comprovadas. Os Serviços de Saúde aconselham os pais que, em caso de verificação de reacções anormais nos filhos depois de estes serem submetidos à vacinação, devem recorrer de imediato aos profissionais de saúde que, por sua vez, se suspeitarem que as reacções manifestadas pelas crianças são anormais, devem comunicar os casos aos Serviços de Saúde o mais rápido possível. Os Serviços de Saúde solicitam aos profissionais de saúde para devem proceder com atenção à exclusão das contra-indicações antes da vacinação e devem utilizar mecanismos de monitorização e acompanhamento de eventos adversos de vacinação, para reduzir a incidência de acidentes relacionados com a vacinação. Desde a criação do mecanismo de notificação de casos adversos pós-vacinação no ano de 2000 pelos Serviços de Saúde, os trabalhadores de saúde têm que relatar os casos adversos após vacinação que sejam verificados. Estes casos notificados são registados, pesquisados e analizados pormenorizadamente para determinar se estão relacionados com as vacinas administradas ou foram causados por outras doenças ou motivos. Os Serviços de Saúde não receberam qualquer notificação de casos adversos graves relacionados com a vacinação contra cancro do colo do útero. Os Serviços de Saúde salientam que as vacinas actualmente usadas pelo governo são seguras e eficazes, e a vacinação traz mais benefícios do que riscos. Se não for vacinado, a probabilidade dos danos graves eventualmente produzidos após a infecção é muito maior do que a probabilidade dos eventuais riscos da vacinação. Os Serviços de Saúde irão manter contactos com a Organização Mundial de Saúde e as autoridades de saúde dos paises relevantes para acompanharem de perto e obter informações do acontecimento.



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