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Dr. Shin Young-soo, Director regional da Região do Pacifico-ocidental da OMS, visitou Macau e apresentou relatório preliminar da inspecção efectuada no âmbito da prevenção e controlo das doenças transmissíveis

Os profissionais de saúde dos Serviços de Saúde, do Hospital Kiang Wu e do Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia participaram no encontro

O Director Regional da Região do Pacifico-Ocidental da Organização Mundial da Saúde, Dr. Shin Young-soo, avaliou com distinção a decisão do Governo da RAEM em tomar como prioritária a protecção da vida e da saúde dos residentes do Macau e manifestou todo o apoio aos trabalhos de prevenção e controlo das doenças transmissíveis, incluindo a capacidade de isolamento dos doentes, que estão a ser desenvolvidos no território. De visita a Macau, Dr. Shin Young-soo, teve a possibilidade conhecer o Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane e esteve reunido, terça-feira, 5 de Abril, com os dirigentes dos Serviços de Saúde, do Hospital Kiang Wu e do Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia, onde afirmou que Macau é a região com o mais alto rendimento per capita na região do pacifico-ocidental sendo , também a região onde existe uma maior intervenção na saúde pública. Contudo o director Regional da Região do Pacifico-Ocidental da OMS alertou que Macau “ à medida que a população flutuante aumente irá, também enfrentar inevitáveis desafios na prevenção e controlo das doenças transmissíveis. Dr. Shin Young-soo elogiou o esforço dado por Macau a esta matéria, salientando que Macau é um membro regional importante da Região do Pacifico-ocidental, e a Secretária-Geral da OMS, Dra. Margaret Chan também presta atenção no trabalho de prevenção e controlo das doenças transmissíveis em Macau. Utilizando os exemplos da Síndrome respiratória do médio oriente ocorrido recentemente na Coreia do Sul, os caso de vírus Ébola ocorridos em África, os caso de vírus de Zika ocorridos na América Latina e os casos de H7N9 e H5N1, o responsável da OMS frisou que há que estar atento à importância económica que um surto pode causar. Dr. Shin Young-soo recordou que a a epidemia da Síndrome respiratória do médio oriente que eclodiu na Coreia do Sul originou perdas económicas na ordem dos 20 biliões de dólares americanos (USD 20.000.000.000,00) frisando que sendo a Coreia do Sul um país relativamente desenvolvido e os cidadãos usufruírem de bons seguro e de sistemas de saúde, não foi possível evitar o surto da epidemia. “ Estas experiências e lições merecem servir de referência e de alerta. Devemos apreender com os erros” frisou Shin Young-soo. As declarações foram proferidas na reunião que serviu para apresentar o relatório preliminar da inspecção que foi realizada em Macau por uma equipa de peritos da OMS. Chefiados pela directora da área de segurança de saúde e de incidentes emergentes da Região Pacifico ocidental da OMS, Dra Li Ailan a equipa de peritos visitaram Macau no período compreendido entre 23 e 25 de Março, e eram compostos além da directora da área de segurança de saúde da OMS por um especialista na área de infecção e doenças infecto contagiosas proveniente da sede da OMS-Inglaterra, um arquitecto especialista em construções hospitalares proveniente da OMS-Australia e um oficial na área do desenvolvimento do sistema de saúde da Região do Pacifico-ocidental da OMS. Esta equipa de perito elaborou um relatório preliminar após ter consultado e visitado todo o sistema relativo à prevenção e controlo das doenças transmissíveis; à infecção, prevenção e controlo hospitalar dos Serviços de Saúde; as instalações de prevenção e de controlo das doenças transmissíveis de Macau, bem como tendo recolhido informações e analisado os trabalhos de prevenção, planos de contingência, incluindo a infecção, prevenção e controlo hospitalar e o projecto de construção do edifício de doenças transmissíveis. De acordo a apresentação do relatório preliminar efectuada pela Dra Li Ailan foi demonstrado de forma” clara, transparente e sincera o esforço do Governo da RAEM quer nas acções essenciais referente à preparação das infraestruturas, quer nos planos de contigência preventivos quanto à tendência epidemiológica e a tendência da pandemia das doenças transmissíveis e estes reúnem as exigências técnicas da Organização Mundial da Saúde”. Foi ainda referido que a actual capacitação quanto à infecção, prevenção e controlo do Centro Hospitalar Conde de São Januário reúnem, também as exigências técnicas da OMS. Neste âmbito também estão incluídas na avaliação a criação da Comissão de Higiene e Controlo de Infecção Hospitalar, o plano de ensino e de formação dos recursos humanos, as instalações operatórias, a inspecção ao sistema de incidentes de segurança, assim como o fornecimento suficiente de equipamento de protecção individual (PPE), assim como as diversas orientações e medidas, a organização, incluindo o sistema de gestão de resíduos hospitalares Relativamente à construção do novo edifício de doenças transmissíveis a equipa de peritos afirmou que a concepção da ligação directa entre o edifício de doenças transmissíveis e o Centro Hospitalar Conde de São Januário permite que durante o processo de transporte de doentes não exista contacto com o exterior situação que também cumpre as recomendações técnicas da OMS. No que concerne aos sistemas de ventilação, fluxo do ar, o isolamento entre o fornecimento de limpeza e os resíduos contaminados, a concepção das enfermarias de isolamento do edifícios a avaliação efectuada revela que todos os aspectos cumprem as recomendações técnicas da OMS. Relativamente aos trabalhos de prevenção e controlo de doenças na RAEM a equipa de peritos recomendou ao Governo, que em conformidade com o Regulamento de Saúde Internacional (2005), deve continuar a intensificar e manter o esforço e o compromisso dado nos incidentes de saúde pública em doenças transmissíveis em especial na preparação e contingência quanto à tendência epidemiológica e à pandemia, reforçando o sistema de saúde e efectuando um investimento contínuo nos recursos humanos, devendo periodicamente efectuar avaliações de risco, devendo aumentar a comunicação de risco, reforçando na reacção quanto à contingência e na preparação das epidemia hospitalar, assim como participar nas acções importantes de nível regional e internacional. A equipa de peritos também recomendou ao Governo da RAEM que em conformidade com as novas orientações e programas de infecção, prevenção e controlo deve aplicar continuadamente as medidas de segurança hospitalar, aperfeiçoando ainda mais a vigilância quanto à respectiva infecção e à resistência aos medicamentos antimicrobianos. Já relativamente ao edifício de doenças transmissíveis, a equipa de peritos recomenda que sejam mantidas e executadas as actuais características do actual projecto salientando que após a conclusão do edifício este deve ser imediatamente utilizado e deve haver uma rigorosa manutenção assegurando que o edifício possa funcionar e ser gerido eficazmente e que os profissionais que lá irão trabalhar tenham a devida formação. A directora da área de segurança de saúde e de incidentes emergentes da Região Pacifico ocidental da OMS, Dra Li Ailan salientou, também que o trabalho de prevenção e controlo das doenças transmissíveis é um processo de aprendizagem contínuo devendo haver disponibilidade para que haja um investimento contínuo nos recursos, colaborando com diversos serviços e sectores da saúde além de dever existir um reforço a comunicação com o público nas questões relacionadas com o risco. O Director Regional da Região do Pacifico-Ocidental da Organização Mundial da Saúde, Dr. Shin Young-soo fez questão de salientar, ainda a propósito do Edifício das Doenças Transmissiveis, que o arquitecto especialista, que fez parte do grupo de peritos manifestou que a construção e a concepção do futuro edificio reúnem a metodologia aplicada a nível internacional. Relativamente à distância do edifício das doenças transmissíveis e os edifícios periféricos as opiniões dos peritos indicam que o ar emitido por um equipamento de filtragem de alta eficácia é segura, e que nas actuais orientações da Organização Mundial da Saúde não há nada estipulado sobre esta matéria. Uma vez que o equipamento de filtragem de alta eficácia e as despesas de funcionamento são altíssimas, estes equipamentos em diversos países só existem em algumas enfermarias, assim são os países em consonância com as suas situações que determinam as exigências quanto à distância. O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion manifestou um especial agradecimento dirigido à Organização Mundial da Saúde pelo grande apoio prestado no trabalho de prevenção e controlo das doenças transmissíveis em Macau, nomeadamente no apoio e orientação dada ao combate, com sucesso, às ameaças resultante de diversas doenças transmissíveis em Macau. O Dr. Lei Chin Ion salientou que Macau desde sempre tem cumprido as orientações e recomendações da Organização Mundial da Saúde, aperfeiçoando continuadamente os diversos trabalhos de prevenção e controlo das doenças transmissíveis. O Director dos Serviços de Saúde salientou, também que a OMS tem dado grande apoio a Macau nas estratégias para o combate a doenças crónicas e não transmissíveis, incluindo a cidade saudável, a prevenção e tratamento das doenças crónicas, esperando que no futuro possa obter, ainda, mais apoio noutras áreas da saúde, proporcionando ao público melhores cuidados de saúde, atempados e adequados. Na reunião estiveram presentes além do director regional da Região do Pacifico ocidental da OMS, Dr. Shin Young-soo, a directora da área de segurança de saúde e de incidentes emergentes da Região Pacifio ocidental da OMS, Dra Li Ailan, o director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, os Sudirectores, Dr. Kuok Cheong U, Dr. Cheang Seng Ip, a vice-presidente e secretária geral da Associação de Beneficiência Kiang Wu, Dra. Ung Pui Kun, o Director do Hospital Kiang Wu, Dr. Ma Hok Cheung, o Director do Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia, Dr. Wang Yu Lai eo presidente do Conselho de supervisores da Associação de Cirurgia de Macau, Dr. Lei Man Sang.

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