De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2016, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,5 meses, representando um decréscimo de 18,8% e 23,1% em relação ao trimestre anterior (3,08 meses) e ao período homólogo do ano passado (3,25 meses), respectivamente. A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 4,15, 3,28, 2,20 e 1,67 meses. No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China é o mercado com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 32,3, enquanto o Japão apresenta a pior performance na sequência da fraca carteira de encomendas. No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 11,2%, traduzindo um ligeiro aumento de 1,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior (10,1%) e uma descida de 9,2 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (20,4%). Destas empresas inquiridas, nenhuma previa um forte aumento e 11,2% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 10,2%, correspondendo a uma subida de 3,9 pontos percentuais e uma descida de 2,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (6,3%) e ao mesmo período do ano passado (12,4%), respectivamente. Entre estas, 5,5% apontaram para um ligeiro decréscimo e 4,7% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante desceram de 83,6% no trimestre anterior, para 78,7% neste trimestre, representando um decréscimo de 4,9 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente das empresas em relação às exportações no futuro. No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores baixou, respectivamente, 1,7% e 5,1% face ao trimestre anterior e período homólogo do ano passado. Por outro lado, 56,9% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número superior a 51,5% verificado no trimestre anterior mas inferior a 67,6% registado no mesmo período do ano passado. Tudo isso implica uma subida na procura de trabalhadores na indústria transformadora; enquanto 65,4% das empresas inquiridas do sector de “Vestuário e Confecções” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector. Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 30,5% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 8,2% apontaram para “Insuficiente Volume de Encomendas”, 1,5% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e 0,5% para “Salários Elevados”. Além disso, durante o exercício das actividades exportadoras no 2.º trimestre de 2016, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e “Preços Elevados das Matérias-Primas” foram de 48,9% e 48,1%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram de 37,4%, 18,8% e 10,5%. Para os próximos três meses, 35% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Insuficiência de Trabalhadores”, seguindo-se de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (25,3%), “Salários Elevados” (18,2%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas” (17,2%).