Informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde confirmam o surgimento de um (1) novo caso de infecção da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov no Líbano.
O caso foi detectado num homem libanês, profissional de saúde, de 39 anos de idade, que reside e exerce funções na Arábia Saudita, que no dia 11 de Junho, regressou ao Líbano de viagem. No dia 15 de Junho manifestaram-se os primeiros sintomas e no dia 16 de Junho foi confirmada a reacção positiva do vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov, de acordo com resultado das análises laboratoriais, sendo o estado clínico considerado estável.
Até ao dia 29 de Junho, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 2.037 casos de infecção pelo Coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, dos quais resultaram 710 mortes.
Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuwait, o Iémen, o Líbano e Irão. Foram também reportados casos nos Estados Unidos da América, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Grécia, Holanda, Algéria, Áustria, Turquia, Egipto, Tunísia, Malásia, Filipinas, China, Tailândia, Coreia do Sul e Bahrein, estando todos esses casos directa e indirecta relacionados com os países do Médio Oriente.
No período inicial da infecção pelo Coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado em animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde, daí que é recomendada a tomada de medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas aquando da prestação de cuidados de saúde a doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, a tomada de medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, aquando da prestação de cuidados de saúde a casos prováveis ou definitivamente confirmados, e a tomada de medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, aquando do procedimento de uma operação que possa produzir o aerossol.
Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, em especial quanto a indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem:
- Ter em atenção a higiene pessoal e alimentar;
- Usar máscara em locais com aglomerados de pessoas;
- Evitar a deslocação a hospitais ou contacto com doentes locais;
- Evitar contacto com animais, nomeadamente, camelos e evitar a deslocação a campo destinado à criação de animais;
- Evitar consumir bebidas (como por exemplo, leite fresco de camelo) e comida que não tenha sido submetida ao adequado tratamento;
- Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-o pormenorizadamente da história de viagem.
Para mais detalhes sobre os Coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês: http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português: http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.