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Oradores da Conferência Internacional da «Faixa e Rota» consideram que Macau deve aproveitar oportunidades para encontrar desenvolvimento

Oradores da Conferência Internacional da «Faixa e Rota» consideram que Macau deve aproveitar oportunidades para encontrar desenvolvimento

A Conferência Internacional da «Faixa e Rota» e o Desenvolvimento de Macau realizou-se, hoje (8 de Junho), onde vários convidados de honra, nomeadamente antigos altos funcionários da China interior, Portugal, Tailândia e Brasil, personalidades representativas do sector comercial local e do exterior e representantes dos chineses ultramarinos, assim como académicos e especialistas da China interior, Hong Kong e Macau e de países estrangeiros proferiram discursos. Os convidados trocaram ainda opiniões com perspectivas de desenvolvimento sobre a iniciativa “Faixa e Rota” e oportunidades que poderão ser obtidas através da participação e do apoio pela Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

Em primeiro lugar, o presidente honorário do Instituto de Negócios Estrangeiros do Povo Chinês, presidente da Associação da Diplomacia Pública da China e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Li Zhaoxing, afirmou que a iniciativa “Faixa e Rota” tem o papel de liderar o caminho, para conduzir os países participantes a alcançar, em conjunto, mais prosperidade. Tem ainda como princípio a discussão de ideias, a construção conjunta e a partilha dos frutos do desenvolvimento, nomeadamente, na promoção da comunicação das políticas, interconexão de infra-estruturas, melhor fluxo comercial e financiamento de capitais, e mais interactividade entre as populações, para incrementar uma plataforma de cooperação e procurar uma dinâmica para o crescimento económico mundial.

Li Zhaoxing disse ainda que a iniciativa “Faixa e Rota” também conduz o País a seguir um caminho de grande renovação, bem como, permite que a RAEM beneficie de inúmeras oportunidades. Acrescentou que Macau tem vantagens únicas de clima, localização geográfica como também recursos humanos na participação da iniciativa, sendo considerada uma pérola da costa sudeste da Pátria e um ponto de ligação de transportes na antiga rota marítima da seda. Reiterou o forte apoio da Pátria e destacou que a cidade atravessa uma das suas melhores fases de sempre referindo que a iniciativa representa não apenas um grande plano do desenvolvimento do País mas também uma importante oportunidade para Macau.

Exprimiu também acreditar que com a atenção e o apoio do Governo Central e as medidas eficientes do Governo da RAEM, assim como os esforços de individualidades dos diversos sectores locais, de compatriotas da China interior e de amigos dos países espalhados ao longo da “Faixa e Rota”, Macau irá certamente acolher as oportunidades do seu desenvolvimento para obter um maior progresso local.

O ministro-adjunto do Ministério do Comércio, Wang Bingnan, reconheceu que Macau será sempre para a China interior uma importante janela aberta ao exterior e que o Ministério do Comércio irá apoiar activamente a desenvolver as suas vantagens singulares a participar e integrar, nas diferentes vertentes, da construção da “Faixa e Rota”.

O mesmo responsável, em primeiro, reiterou o apoio do Ministério do Comércio no desenvolvimento de Macau no papel de plataforma económica e comercial, assim como no Fórum entre a China e os Países lusófonos, articulado com a iniciativa ”Faixa e Rota”, no aprofundamento da cooperação com os países lusófonos, para garantir à cidade desempenhar um papel activo que poderá oferecer e contribuir igualmente para o sucesso desta iniciativa nacional.

Em segundo disse que apoiar o reforço da cooperação da RAEM com o resto do País, partilhando as oportunidades que poderão daí surgir e acelerar o ritmo da ascensão do CEPA, irá criar um ambiente mais favorável à cooperação económica entre as duas partes. De igual modo pretende reforçar a cooperação com as províncias e cidades, na zona costeira do País. E em terceiro, referiu que irá apoiar a concretizar a diversificação adequada da economia local, designadamente nos sectores da convenção e exposição, do comércio electrónico e do sector financeiro.

Por seu turno, o presidente do Conselho Estratégico Internacional da Mota-Engil para a América Latina e África, ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, ao referir a longa amizade entre Portugal e a China, destacou Macau como uma referência essencial nessa relação, fruto de um acordo entre as duas nações. Referiu que o actual desenvolvimento local confirma o sucesso da transição assim como a confiança da China interior na escolha de Portugal como uma das suas primeiras e mais estáveis “parcerias estratégicas” na Europa. Dessa forma permite às empresas chinesas investir, através desta plataforma nos países lusófonos, e conquistar por exemplo, mais mercados em África e na América Latina.

Em seguida, o presidente do Conselho de Paz e Reconciliação da Ásia, ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Prof. Surakiart Sathirathai, disse que esta é uma cidade reconhecida pela sua história e por ter sido um importante pólo de intercâmbio na rota marítima da seda. Relembrou que nos séculos passados foi para a China uma das janelas abertas aos países ocidentais e através da participação na construção da “ Faixa e Rota”, a cidade voltará a ser um ponto importante que poderá transformar-se num centro económico marítimo, comercial e turístico, articulado com a China interior, os países do sudeste Asiático e o Mundo.

O vice-presidente do conselho de administração e administrador geral de CITIC Group Corporation, Wang Jiong, considerou que a construção da “Faixa e Rota” representa uma grande oportunidade de crescimento para a RAEM tendo em conta que é um importante entreposto na rota da seda do século XXI, não só porque reúne as vantagens óbvias, em termos da geográfica, cultura, recursos humanos e tecnologia, mas também porque disponibiliza políticas preferenciais na economia e finanças assim como um bom ambiente de investimento, uma forte união da sociedade, elevada consciência e grande vontade na participação na construção da “Faixa e Rota”. Considerou que a participação nesta iniciativa nacional irá contribuir para a reconversão e transformação da cidade e para aumentar a competitividade da economia e das empresas locais.

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