Obra do artista Alexandre Farto, aka Vhils na Rua dos Clérigos, localizada na Taipa Velha © Jose Pando Lucas
Organizada pelo Instituto Cultural, co-organizada pela Fundação de Arte Contemporânea de Hong Kong (HOCA, na sigla inglesa) e com o apoio da Fundação Oriente, do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, e da Casa de Portugal em Macau, a exposição "Destroços – Obras de Alexandre Farto aka Vhils" será inaugurada no dia 31 de Maio (Quarta-feira), pelas 18:30 horas, nas Oficinas Navais Nº 1 – Centro de Arte Contemporânea. Esta exposição, integrada no programa no XXVIII Festival de Artes de Macau, apresenta mais de 20 trabalhos, incluindo quatro novos murais dos espaços públicos inspirados em Macau, e está aberta ao público em geral.
Alexandre Farto aka Vhils tornou-se mundialmente reconhecido por desenvolver uma poesia visual única que exemplifica a relação interdependente entre a vida contemporânea e o seu contexto urbano. A sua técnica de escultura inovadora, baseada na remoção das camadas superficiais de paredes e outros materiais com ferramentas especializadas, foi saudada como uma das abordagens mais inspiradoras da arte criada em termos de arte urbana. Através de variedade de media, como a pintura em stênceis, as esculturas em parede, os painéis outdoor, as impressões em tela, as explosões pirotécnicas e néons, Vhils tem explorado o seu conceito de "estética do vandalismo", forçando continuamente os limites da expressão artística. Esta exposição apresentará as memórias colectivas urbanas e história esquecidas a partir das perspectivas do artista, revelando os momentos específicos do processo de globalização e experiência pessoal, identidade e atenção do artista.
Macau, com muitos edifícios históricos a exalar o património e legado da sua história, tem servido como fonte de inspiração para Vhils. No final de 2016, Vhils foi convidado pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e pela Casa de Portugal em Macau para criar um mural dedicado ao célebre poeta português Camilo Pessanha no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
Esta exposição será alargada a um contexto mais amplo da criação e colocada numa dinâmica relacionada com a identidade de Macau, reflectindo a relação entre o tempo e a história, a construção e a demolição, de modo a analisar as condições para a existência humana. Nesta exposição, serão apresentadas as obras do artista com elementos locais, incluindo novas peças em painel, feitas a partir de cartazes das ruas de Macau e esculturas criada por portas recolhidas na região, bem como o vídeo em câmara lenta capturado nas ruas de Macau, oferecendo ao público uma experiência de visualização imersiva.
Os temas da exposição "Destroços – Obras de Alexandre Farto aka Vhils" não se restringem ao espaço da exposição, e surgem também na forma de murais públicos distribuídos por toda a cidade, incluindo duas obras na Escola Portuguesa de Macau, uma na parede exterior da Rua dos Clérigos, localizada na Taipa Velha e uma numa parede exterior, localizada na Rua Direita Carlos Eugénio Nº 1, na Taipa. Através de várias formas de criação, o artista combina a cidade com as obras de arte, enquanto revê a sua forma original criativa como artista de rua e a prática artística em crescimento.
A exposição estará patente de 1 de Junho a 5 de Novembro de 2017, nas Oficinas Navais Nº 1 – Centro de Arte Contemporânea, situadas na Rua de S. Tiago da Barra, em Macau. A entrada é livre, estando a exposição aberta diariamente das 10:00 às 19:00 horas, encerrando à segunda-feira. Para mais informações, é favor contactar o IC através do telefone n. 8988 4000, durante o horário de expediente.
