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Segurança de Macau mantém continuidade no desenvolvimento de um ambiente estável e seguro


O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak presidiu hoje (22) a sessão de apresentação do balanço da criminalidade, durante o primeiro trimestre de 2017 e a apresentação de dados de aplicação da lei. Wong Sio Chak afirmou que conforme as estatísticas da criminalidade do 1.º trimestre do corrente ano, registou-se um acréscimo de 169 casos da criminalidade geral em Macau, significando uma subida de 5,1 por cento. Esta subida fica a dever-se a um acréscimo notável de casos de “passagem de moeda falsa” e de “crime de desobediência”, entre os quais, mas no âmbito dos crimes de violência grave, continua a zero casos ou uma casuística muito baixa, mantém assim uma continuidade no desenvolvimento de um ambiente estável e seguro no geral em Macau. Entretanto o ajustamento no sector do jogo ainda não trouxe quaisquer consequências para a segurança da cidade.

O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak revelou que no 1.º trimestre, do ano 2017, a polícia instaurou, um total de 3.502 inquéritos criminais, representando uma subida de 5,1 por cento, relativamente ao mesmo período do ano passado. Foram registados, no total, 681 casos de “crimes contra a pessoa”, o que significa um aumento de 8,8 por cento relativamente ao período homólogo do ano passado, devido principalmente ao aumento de casos de “ofensas simples à integridade física”.

Quanto aos “crimes contra a vida em sociedade”, no 1.º trimestre do ano, foram registados 288 casos, significando uma subida de 54,8 por cento, comparando com o período homólogo do ano transacto, registando um acréscimo notável de 90 por cento de casos de “passagem de moeda falsa”, de 50 para 95 casos, no valor aproximado de oito milhões e oitocentas mil patacas, sendo de referir que dentro desse valor cerca de oito milhões e quatrocentas mil se relacionam com 93 fichas falsificadas.

Quanto aos “crimes contra o território” foram registados, no total, 347 casos, significando uma subida de 31,9 por cento, comparativamente ao período homólogo. Dentro deste grupo, merecem referência o “crime de desobediência”, representando uma subida de 42,1 por cento. O motivo principal dessa subida deve-se ao reforço de trabalho de autuações feitas pelo CPSP.

Quanto ao crime de burla, registou-se no 1.º trimestre do ano 2017 um aumento de 28,8 por cento. É de referir que entre estes se registou um aumento de 9 casos para 22 casos do crime de “burla telefónica”, verificou-se ainda que em alguns casos, os malfeitores telefonaram para cidadãos do território e fizeram-se passar por pessoal do Departamento de Migração da PSP (ou serviços do Governo do Interior da China) para praticar o crime de burla telefónica. Por isso, tendo em conta o ressurgimento deste tipo de crime, a PJ criou com o Departamento de Segurança Pública de Província de Guangdong um mecanismo de comunicação e de rastreio rápido e um procedimento de cessação urgente de pagamentos relacionados com crimes, com vista a acelerar a comunicação, aliviar ou evitar as perdas que podem sofrer. Além disso, a autoridade policial também tem reforçado o trabalho de divulgação de informações relacionadas a casos de crime e de sensibilização mais específica.

No 1.º trimestre deste ano foram registados 191 casos de “criminalidade violenta”, uma subida de 5,5 por cento. Este aumento deve-se a uma subida de crimes de “sequestro” vulgarmente conhecido por “cárcere privado”. Mas no âmbito dos crimes de violência grave, de “homicídio” ou de “rapto” continua a zero casos e uma casuística muito baixa dos casos de “ofensas corporais graves”, apenas um caso, comparando com o mesmo período do ano anterior.

A criminalidade ligado ao jogo, por exemplo registou-se um total de 105 procedimentos de “crime de sequestro”, ou seja uma subida de 18 por cento em relação ao período homólogo do ano de 2016 e um total de 89 procedimentos por “crime de usura” (vulgarmente conhecido por agiotagem), o que representa uma descida de 16 por cento. Wong Sio Chak considerou que o ajustamento no sector do jogo ainda não trouxe quaisquer consequências que ponham em causa a segurança de Macau, todavia o sector do jogo ainda enfrenta sinais de instabilidade, portanto, as autoridades de segurança continuarão a proceder a uma avaliação do impacto do ajustamento deste sector, bem como a divulgar atempadamente os resultados dessa avaliação junto da sociedade, que os tomarão como referência.

Wong Sio Chak revelou ainda que, durante as operações policiais e operações de investigação efectuadas, no 1.º trimestre deste ano, foram detidos e presentes ao Ministério Público um total 1.822 indivíduos, correspondendo uma subida de 12,8 por cento, comparativamente com o mesmo período do ano anterior.

Entretanto, mediante uma efectiva coordenação e disposição interdepartamental policial, designadamente operações de grande envergadura para a prevenção e o combate à criminalidade, obtiveram-se resultados relevantes. Em Janeiro e Fevereiro do ano corrente, sob a orientação dos SPU, a PJ e a PSP realizou-se a Operação Inverno 2017, tendo efectuado acções de fiscalização em estabelecimentos de divertimento como os karaokes, bares, centros de jogos. Além disso, iniciou-se, em Março do corrente ano, a primeira fase da operação trovoada 2017 entre as polícias de Guangdong, Hong Kong e Macau que irá continuar até Junho do mesmo ano, a fim de combater, de modo ininterrupto, todas as actividades ilícitas, diminuir o número de crimes e garantir a segurança da sociedade de Macau.

Adiantou que a polícia turística, criada a 5 de Março do corrente ano, produz efeitos relevantes e positivos na repressão da ocorrência de crimes, na gestão de controlo de fluxo de multidão, na prestação de respostas a incidentes inopinados surgidos nesses locais, bem como de assistências imediatas a turistas. As autoridades policiais irão continuar a fazer estudo e análise conforme as experiências adquiridas, enriquecer o número de membros da polícia turística e fazer optimização da mesma.

Wong Sio Chak referiu que embora se registasse uma diminuição em crimes de tráfico de drogas e consumo de drogas, devido à natureza oculta destas criminalidades, acredita que existe ainda o aproveitamento de lugares de encontro para o consumo de drogas e a deslocação à China interior para o consumo, pelo que a Polícia irá continuar a prestar muita atenção e realizar os respectivos trabalhos para a prevenção e combate.

Embora se registasse bons resultados na prevenção e no combate às actividades de imigrantes ilegais e diminuição do seu volume com a implementação do “Mecanismo de prevenção conjunta sobre o trabalho de prevenção aos imigrantes ilegais”, as actividades de imigração ilegal estão a descentralizar-se, contrariando o modelo anterior em que actuavam concentradamente, dificultando também os trabalhos de investigação da Polícia, mas mesmo assim, as autoridades de segurança pretendem continuar a realizar trabalhos persistentes como a recolha e troca de informações e relações de colaboração para avaliar ininterruptamente a forma e os meios de prática de crimes das associações criminosas e adoptar quanto antes as medidas necessárias para a prevenção e o combate à actividade criminosa.

Por último, o Secretário para a Segurança salientou que as autoridades vão continuar a avaliar todos os factores que possam prejudicar a estabilidade de sociedade, prestar igualmente elevada atenção à segurança de Macau, implementando, o mais cedo possível, acções eficazes de prevenção e de combate para assegurar a ordem e a segurança na cidade.