Saltar da navegação

Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 4º trimestre de 2016


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2016, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do quarto trimestre de 2016 encontravam-se ao serviço 57.845 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, isto é, mais 3,6% em relação ao fim do trimestre homólogo de 2015, realçando-se que 36.256 trabalhavam no “comércio a retalho”. Em Dezembro de 2016 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 12.800 Patacas, o que traduziu um acréscimo de 2,6%, em termos anuais.

Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 11.184 trabalhadores, ou seja, mais 8,4%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo obtiveram uma remuneração média de 20.870 Patacas em Dezembro de 2016, correspondentes a uma subida de 1,8%, em termos anuais.

Nas “actividades de segurança” existiam 10.606 trabalhadores ao serviço, isto é, menos ligeiramente 0,1%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2016 foi de 13.030 Patacas, cresceu 4,5%, em termos anuais.

As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 860 trabalhadores, ou seja, mais 1,1%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 17.730 Patacas em Dezembro de 2016, equivalendo a um aumento de 8,4%, em termos anuais.

No fim do quarto trimestre de 2016 existiam 4.108 vagas no “comércio por grosso e a retalho” (+328, face ao fim do mesmo trimestre de 2015), das quais 59,9% pertenciam ao “comércio a retalho”. Por seu turno, havia 1.051 postos vagos nas “actividades de segurança”, ou seja, menos 199 vagas.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas nas “actividades de segurança” (81,5%), nos “transportes, armazenagem e comunicações” (59,6%) e no “comércio por grosso e a retalho” (53,9%). Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim (em 86,5% dos postos vagos) e do inglês (em 52,0% das vagas) era requerido no “comércio a retalho”. Nas “actividades de segurança” o domínio do mandarim era exigido em 66,6% dos postos vagos e o do inglês em 44,1% das vagas.

No trimestre em análise, a taxa de recrutamento de trabalhadores (6,4%) no “comércio a retalho” subiu 1,3 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (7,8%) desceu 0,4 pontos percentuais, indiciando o preenchimento de algumas vagas existentes deste ramo de actividade económica. Nos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de vagas (6,6%) e a taxa de recrutamento (3,8%) desceram 2,1 e 1,5 pontos percentuais, respectivamente, enquanto a taxa de rotatividade (3,5%) foi semelhante à do trimestre homólogo de 2015. Estes indicadores reflectem que a procura de recursos humanos deste ramo de actividade económica baixou. Nas “actividades de segurança”, a taxa de vagas (9,4%) e a taxa de recrutamento (5,0%) desceram 1,5 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente, enquanto a taxa de rotatividade (5,6%) cresceu 0,9 pontos percentuais, em termos anuais, que haviam vagas a serem preenchidas neste ramo de actividade económica.

Quanto à formação profissional nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre de referência, havia 16.293 pessoas que participaram em 1.016 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, em cursos organizados pelos estabelecimentos, ou, realizados em conjunto com outras instituições, ou ainda, subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 54,8% e 50,0% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação aos seus trabalhadores, respectivamente. No “comércio por grosso e a retalho” registou-se o maior número de formandos (9.147) que assistiram a 688 cursos de formação profissional. Em relação ao tipo de cursos, 66,3% dos formandos do “comércio por grosso e a retalho” e 60,1% dos formandos das “actividades de segurança” frequentaram os cursos de comércio e gestão. No que concerne ao pagamento, mais de 80% dos formandos em quase todos os ramos de actividade económica inquiridos frequentaram cursos pagos pelos estabelecimentos.