No quarto trimestre de 2016 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho cifrou-se em 15,89 mil milhões de Patacas, cresceu 1,1% em termos anuais, sendo este o primeiro crescimento homólogo observado desde o segundo trimestre de 2014, o qual se deveu ao aumento da despesa dos visitantes e às festividades, sobretudo, as do Natal. Verificou-se que o volume de negócios do comércio a retalho aumentou 16,2% no trimestre em análise, em relação ao montante revisto do terceiro trimestre (13,67 mil milhões de Patacas). No quarto trimestre o volume de negócios de relógios e joalhariarepresentou 21,0% do total, seguindo-se o volume de negócios de mercadorias de armazéns e quinquilharias (15,1%), o volume de negócios de vestuário para adultos (13,2%), o volume de negócios de artigos de couro (11,5%) e o volume de negócios de mercadorias de supermercado (6,5%), informam os Serviços de Estatística e Censos.
Quanto às variações do volume de negócios, as de artigos de couro(+18,1%) e as de combustíveis para veículos a motor (+13,4%) no trimestre de referência registaram subidas significativas, face ao quarto trimestre de 2015. Em contrapartida, verificaram-se decréscimos acentuados nos volumes de negócios de automóveis (-43,6%), de motociclos e suas peças e acessórios (-25,6%) e de mercadorias de farmácia (-17,4%). Por seu turno, observaram-se acréscimos substanciais nos volumes de negócios de: vestuário para adultos (+31,0%); automóveis (+28,5%); relógios e joalharia (+21,6%); artigos de comunicação (+18,3%); artigos de couro (+18,1%) e mercadorias de armazéns e quinquilharias (+17,1%), comparativamente com o terceiro trimestre de 2016.
No trimestre em análise o volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho, depois de eliminados os factores que influenciam os preços, subiu ligeiramente 0,1%, em termos anuais. Destacaram-se subidas significativas nos volumes de vendas de: artigos de couro (+27,4%); combustíveis para veículos a motor (+11,6%); produtos cosméticos e de higiene (+8,5%) e calçado (+8,2%), face ao quarto trimestre de 2015. Por oposição, registaram-se decréscimos acentuados nos volumes de vendas de automóveis (-46,6%) e de motociclos e suas peças e acessórios (-28.7%). Por seu turno, no trimestre de referência o volume de vendas do comércio a retalho aumentou 15,1%, comparativamente com o terceiro trimestre de 2016. Verificaram-se acréscimos substanciais nos volumes de vendas de: automóveis (+28,2%); relógios e joalharia (+26,5%); vestuário para adultos (+24,8%); artigos de comunicação (+19,0%); artigos de couro (+15,9%) e mercadorias de armazéns e quinquilharias (+12,6%).
No ano de 2016 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho totalizou 57,51 mil milhões de Patacas, menos 6,6%, em termos anuais. Destaca-se que o volume de negócios de: relógios e joalharia(11,76 mil milhões de Patacas) representou 20,5% do total; mercadorias de armazéns e quinquilharias (8,60 mil milhões de Patacas) constituiu 15,0% do total e vestuário para adultos (7,25 mil milhões de Patacas) representou 12,6% do total. Observou-se que no ano de 2016 ocorreram decréscimos significativos nos volumes de negócios de automóveis (-45,7%) e de motociclos e suas peças e acessórios (-35,2%), devido ao aumento do imposto sobre os veículos que ocorreu no final do ano 2015 e ao ajustamento da economia de Macau. Verificou-se ainda que os volumes de negócios de artigos de comunicação (-19,0%) e de relógios e joalharia (-14,0%) desceram. Contrariamente, registaram-se acréscimos nos volumes de negócios de: artigos de couro (+6,1%); produtos cosméticos e de higiene (+5,0%) e vestuário para adultos (+4,1%). Por seu turno, no ano de 2016 o volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho baixou 5,5%, em termos anuais. Destacaram-se descidas acentuadas nos volumes de vendas de: automóveis (-48,7%); motociclos e suas peças e acessórios (-38,3%), bem como relógios e joalharia (-14,1%), porém, no volume de vendas de artigos de couro (+18,4%) registou-se um crescimento substancial.
Quanto aos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho para o primeiro trimestre de 2017, 49,8% dos retalhistas prevêem a estabilização do volume de vendas, em termos anuais, 46,2% a diminuição e 4,0% o aumento. Por seu turno, para o primeiro trimestre de 2017, 74,5% dos retalhistas antevêema estabilização dos preços de vendas, em termos anuais, 17,2% a diminuição e 8,3% o aumento. Além disso, para o primeiro trimestre de 2017, a previsão de cerca de 48,9% dos retalhistas aponta para uma pior situação de exploração dos estabelecimentos, em relação ao quarto trimestre de 2016, 44,3% predizem que essa situação estabilize, enquanto 6,8% pressupõem que melhore.