O Chefe do Executivo, Chui Sai On, disse, hoje (24 de Fevereiro), que Guangdong e Macau alcançaram consenso sobre as áreas e modalidades essenciais da cooperação bilateral no âmbito da participação conjunta da iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”.
Ao fazer o balanço, à comunicação social, sobre o encontro de alto nível entre Guangdong e Macau, onde foi debatido este tema específico, Chui Sai On referiu que os governos, de ambas as partes, irão definir propostas de trabalho, no sentido de promover, concretizar e aperfeiçoar o conteúdo da «carta de intenções sobre a participação conjunta na iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”, assinada no ano passado.
Adiantou que, após o intercâmbio pragmático, realizado durante estes últimos dias, respectivamente, com os dirigentes de Fujian e Guangdong, bem como, de acordo com as orientações de trabalho dadas pelo Governo Central, no âmbito da política “Uma Faixa, Uma Rota”, foi possível, em conjunto com as duas províncias, clarificar as visões de cooperação, cujos trabalhos se basearão no comércio e investimento, intercâmbio humano, entre outras áreas.
No final do encontro de alto nível, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Jackson Chang, a presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento S. A., Lu Hong e a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, tiveram um encontro com a comunicação social.
Chui Sai On afirmou que Guangdong, Fujian e Macau esperam poder corresponder, de foma eficáz, à programação geral do país, conseguindo produzir os devidos efeitos na iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”, ao desempenhar o seu papel na cooperação bilateral Guangdong-Macau e Fujian-Macau. Além disso, sublinhou que as três partes dão grande importância à criação de condições de apoio à população geral para participar na concretização da política nacional referida e na formação de jovens quadros qualificados.
Acrescentou que Macau decidiu criar bolsas especiais de estudo sobre o tema, por forma a promover o intercâmbio cultural com os países que se encontram ao longo da faixa e da rota, principalmente os países de língua portuguesa e os países do sudeste da Ásia. Além disso, Macau irá organizar com Guangdong e Fujian, respectivamente, deslocações de aprendizagem e prática profissional, em países que se encontram ao longo da faixa e da rota, aos jovens de excelência de Guangdong-Macau e de Fujian-Macau, cujo objectivo reside no incentivo à nova geração para conhecer, apoiar e integrar na implementação da iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”.
O Chefe do Executivo explicou ainda que a cooperação bilateral, Guangdong-Macau e Fujian-Macau, no âmbito da política nacional “Uma Faixa, Uma Rota”, baseia-se na economia, comércio e investimento, como também no intercâmbio humano, no entanto, pode haver ligeiras diferenças em termos de peso e tendências. Como exemplo, referiu que a cooperação Fujian-Macau irá aproveitar mais a força da comunidade ultramarina, no sentido de expandir o espaço de desenvolvimento nos países que ficam ao longo da faixa e da rota. Outro exemplo foi no âmbito da cooperação Guangdong-Macau, na qual Macau irá reforçar as relações com Guangdong no que diz respeito ao projecto-piloto das zonas de comércio livre, particularmente uma maior colaboração na área de comércio livre de Hengqin (Ilha da Montanha).
O presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Jackson Chang, afirmou que no intuito de, juntamente com Guangdong, participar e apoiar a estratégia nacional de “Uma Faixa, Uma Rota”, bem como providenciar melhores condições e alcançar uma cooperação mais estreita, o plano de trabalho está dividido em três partes: 1) aproveitar as potencialidades que Macau possui no âmbito das ligações tradicionais com os países lusófonos, no sentido de promover a interligação entre o “papel de plataforma de serviços na cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa” e a política “Uma Faixa, Uma Rota”; 2) empenhar-se no fortalecimento do elemento “Uma Faixa, Uma Rota” nas actividades ligadas a convenções e exposições, designadamente, o Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas, o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF) e a Feira Internacional de Macau (MIF), entre outras, no sentido de providenciar a Guangdong mais oportunidades em bolsas de contacto com países que se encontram ao longo da faixa e da rota, países lusófonos e União Europeia; 3) promover o ambiente de investimento da região litoral Guangdong, Hong Kong e Macau junto dos países que se encontram ao longo da faixa e da rota. Além disso, está previsto a construção do “centro de exposição e venda de produtos de países lusófonos” na área de comércio livre de Nansha, acelerar a implementação do projecto inovador para jovens de Guangdong, Hong Kong e Macau em Nansha e ainda do “vale de criação de negócios para os jovens de Macau em Hengqin”.
A presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento S. A., Lu Hong, afirmou que sendo uma peça importante do Governo da RAEM, no desenvolvimento da medicina tradicional chinesa, o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guangdong e Macau tem participado activamente nos trabalhos inerentes a esta matéria. Espera-se que no futuro os serviços competentes dos dois territórios possam implementar mais políticas de incentivo, por forma a atrair outras empresas de medicina tradicional chinesa de Guangdong a aderir, investir e desenvolverem-se no Parque. Assim como, aproveitar o Parque como plataforma para promover as tecnologias e produtos de excelência de Guangdong a nível internacional. Além disso, espera-se poder aproveitar, ao máximo, as potencialidades de Guangdong, em termos de recursos na área da medicina tradicional chinesa, para apoiar o referido Parque no reforço da cooperação Guangdong-Macau, no âmbito da investigação, formação de quadros qualificados e transformação de resultados experimentais, através de formação internacional e criação de centros no exterior, tudo isto para que, em conjunto, possa ser promovida a cultura e as tecnologias da medicina tradicional chinesa junto dos países que se encontram ao longo da faixa e da rota, bem como tornar o Parque num exemplo de cooperação em medicina tradicional chinesa dentro da estratégia nacional “Uma Faixa, Uma Rota”.
Entretanto, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, afirmou que a cooperação turística Guangdong-Macau, do corrente ano, inclui o seguinte: participação conjunta nas exposições de turismo dos países e territórios que se encontram ao longo da faixa e da rota, bem como organizar acções de promoção turística nesses locais; endereçar convites à administração do turismo de Guangdong e outros membros da Aliança de Promoção Turística da Rota da Seda Marítima da China para participar em Macau na PATA Travel Mart (evento organizado pela associação de Turismo da Ásia Pacífico), na Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, no Fórum de Economia de Turismo Global e no Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), entre outros; além disso, a Direcção dos Serviços de Turismo de Macau irá também corresponder ao projecto sobre turismo individual com embarcações de recreio Guangdong-Macau, cujo plano de promoção será elaborado com as autoridades homólogas de Guangdong; abordar com parceiros da cooperação regional planos que atraem os chineses ultramarinos a regressarem ao País para visita de familiares e de intercâmbio.