O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, assistiu, hoje (14 de Setembro), a uma palestra com serviços públicos da área de economia e finanças, onde ouviu relatos emotivos, opiniões, sugestões e agradeceu aos funcionários que participaram nos trabalhos de salvamento e recuperação, após a passagem do tufão “Hato”. O mesmo realçou a importância da vida, da saúde e da segurança da população e que o Governo da RAEM, actualmente, necessita de atribuir mais recursos para a construção de sistemas que garantam uma resposta eficaz durante grandes desastres.
O mesmo agradeceu a todos os trabalhadores, pelo esforço envidado nos trabalhos de recuperação pós-catástrofe, bem como, a prioridade dada em prol de toda a população. Durante a passagem do tufão, sentiu as dificuldades sofridas por uma cidade moderna depois do corte de água, electricidade e serviços de telecomunicações. Também considerou difícil responder perante estas circunstâncias, mas viu a união dos trabalhadores da função pública, no serviço à população, e no apoio prestado voluntariamente. Destacou que não só permanecerem nos seus postos, mas também apoiaram as pessoas mais necessitadas, com vista a manter a ordem social e recuperar a normalidade o mais breve possível.
Durante a palestra, o pessoal da linha de frente e as chefias da Direcção dos Serviços de Economia, Direcção dos Serviços de Finanças, Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau, Conselho de Consumidores, Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos, Autoridade Monetária de Macau e Gabinete de Informação Financeira partilharam as situações vividas durante a visita a estabelecimentos comerciais afectados pelo tufão, no apoio às pequenas e médias empresas (PME), em especial compreender a existência de recursos suficientes no mercado.
Os participantes afirmaram que, após a passagem do tufão, os colegas deslocaram-se de imediato às zonas mais atingidas, como a Rua Cinco de Outubro, Avenida Almeida Ribeiro e Rua da Praia do Manduco, onde muitas lojas tinham sofrido graves danos. Nesse momento os funcionários quiseram saber primeiramente as necessidades das PME para designar mais pessoal e apoiar no preenchimento dos pedidos de subsídio, assim como, trabalhar após o horário de expediente, para tratar dos pedidos e contribuir para resolver os problemas em conjunto com as empresas. Além disso, muitas pessoas descobriram que grande parte das empresas não tinham noção de como prevenir perante este tipo de eventos catastróficos ao que salientou a necessidade do Governo reforçar a sensibilização. Os mesmos ainda sugeriram uma maior distribuição de materiais mas a cargo exclusivo de um único serviço.
O Chefe do Executivo disse ainda, no balanço, que ouviu opiniões preciosas e relatos impressionantes dos funcionários públicos. Referiu que após a passagem do tufão, o Governo da RAEM tem efectuado uma revisão, no mecanismo de aviso e medidas de salvamento. Apontou ainda que, a construção de comportas na zona costeira ainda é um plano a longo prazo, pelo que, de momento é necessário efectuar trabalhos como a construção de uma barreira contra a maré, elevar a prevenção de catástrofes junto da população e refoçar o ensino civil. Futuramente irá atribuir mais recursos para criar e aperfeiçoar estes e outros mecanismos. A equipa de especialistas da Comissão Nacional para a Redução de Desastres encontra-se em Macau, a fim de ajudar a avaliar os trabalhos relativos à passagem do tufão “Hato” e a rever e aperfeiçoar o plano geral de resposta a grandes catástrofes. Os especialistas até ao momento consideram que para responder a grandes catástrofes é importante atribuir eficazmente os recursos assim como criar sistemas sustentáveis. Por outro lado, a sociedade deve também alterar a mentalidade de considerar desperdício não se utilizar recursos atribuídos, porque para garantir a segurança da população os trabalhos preparativos devem ser com sucesso.
Estiveram ainda presentes o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, e 70 chefes, chefias e trabalhadores provenientes de 10 serviços públicos da tutela da economia e finanças.