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Alexis Tam manteve vários encontros de alto nível no âmbito da Saúde em Portugal

O Secretário com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, teve no dia 18, em Lisboa, um encontro com o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Delgado, que serviu para discutir e aprofundar a cooperação entre as duas partes na área da saúde.

Alexis Tam considera que a população portuguesa a viver em Macau muito tem a beneficiar da presença não apenas de profissionais de saúde mas também de medicamentos europeus.

A reunião serviu também para abordar temas relacionados com a formação na saúde, administração hospitalar e serviços médicos, prevenção e controlo de doenças, entre outras.

Alexis Tam, considera ser do interesse de Macau ter a possibilidade de dar formação aos farmacêuticos e técnicos do Departamento de Assuntos Farmacêuticos dos Serviços de Saúde de Macau sobre o actual sistema europeu de regulamentação de medicamentos, através ou de estágios no Infarmed ou do envio de peritos portugueses a Macau para acções de formação.

Alexis Tam considera que estas experiências são de enorme utilidade para os Serviços de Saúde e para a melhoria constante da prestação de cuidados médicos e pediu ajuda ao governante português nesse sentido.

No que se refere às áreas de formação, estas devem incluir a avaliação de medicamentos, a farmacovigilância e a gestão de riscos, a farmacoepidemiologia e a vigilância, a inspecção de medicamentos, as boas práticas de fabrico (GMP), as boas práticas de distribuição (GDP), entre outras.

Durante o encontro, os dois governantes concordaram na criação imediata de 3 grupos de trabalho, sobre 3 grandes áreas de cooperação, um sobre o medicamento, outro sobre recursos humanos e um último sobre saúde pública.

No que se refere ao grupo de trabalho sobre recursos humanos, o Secretário de Estado da Saúde, afirmou que é do total interesse do governo português promover uma estreita cooperação, tendo em vista a promoção da mobilidade de enfermeiros e médicos portugueses, que possam, por um lado, trabalhar em Macau, ou, ao abrigo de um protocolo de cooperação, ajudar na formação de médicos em Macau.

Alexis Tam, afirmou, durante o encontro, que os Serviços de Saúde de Macau contam, actualmente, com um total de 59 profissionais portugueses dos quais 34 são médicos e 10 enfermeiros. A construção do novo hospital das ilhas e do Centro de Controlo das Doenças Infecto-contagiosas, assim como a presença de muitos portugueses justificam que se continuem a recrutar profissionais de saúde altamente qualificados de Portugal.

Relativamente ao grupo de trabalho sobre o medicamento, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura salientou ser do maior interesse para a RAEM reforçar os mecanismos de intercomunicação na área do medicamento tendo pedido que o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde de Portugal, forneça aos Serviços de Saúde de Macau informações sobre a qualidade dos medicamentos e os sinais de segurança não só em Portugal, mas também noutros países europeus.

Igualmente, salientou que os Serviços de Saúde de Macau poderão, como contrapartida, informar o Infarmed sobre os medicamentos de medicina tradicional chinesa.

Por outro lado, Macau tem, no âmbito da formação em Medicina tradicional chinesa, uma vasta experiência e vantagens que poderão ser úteis a Portugal.

Alexis Tam pediu, em especial, que o Infarmed apoie Macau partilhando informação sobre a avaliação dos preços de medicamentos, com destaque para os novos medicamentos que entram no mercado mas sobretudo aqueles cujo custo acaba por ser mais elevado em Macau quando comparado com Portugal. O Secretário entende que a compra dos mesmos medicamentos a preços mais baixos vai permitir alargar o número de pessoas que deles podem beneficiar.

O grupo de trabalho sobre saúde pública partilhará informações sobre medidas preventivas e de controlo de doenças infecto-contagiosas. O Secretário mencionou que Macau tem um protocolo com a Organização Mundial de Saúde e que cam base nele constituiu um Centro de Formação de Medicina tradicional chinesa.

Os governantes abordaram os trabalhos de prevenção das epidemias tendo concluído que, face à ocorrência cada vez mais frequente de catástrofes naturais, o investimento em meios humanos e materiais é absolutamente indispensável para fazer face a quaisquer imprevistos.

Num outro encontro, realizado no dia 19, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM, Alexis Tam, esteve presente, enquanto convidado de honra, na cerimónia de abertura da Cimeira Mundial “Pesquisa e Cuidados de Alzheimer”, que se realizou em Lisboa, na Fundação Champalimaud.

A Cimeira, organizada pela Fundação Champalimaud e com o apoio da Fundación Reina Sofía, e que contou com a presença, entre outros, do Presidente da República Portuguesa, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e da Rainha Sofia de Espanha, centra-se na Investigação na Área dos Serviços Sociais e de Cuidados de Saúde e a Cimeira Científica, e conta com dezenas de oradores, cujo trabalho na área do Alzheimer é internacionalmente reconhecido.

Na cerimónia de abertura na qual participaram o Presidente da República portuguesa e a Rainha Sofia de Espanha, foi abordada a dimensão da doença do ponto de vista da saúde, mas também da ciência e a necessidade de se desenvolver pesquisas científicas para encontrar soluções. Por outro lado, a perspectiva familiar e portanto social deve também ser considerada.

De acordo com a OMS há 50 milhões de pessoas no mundo inteiro que sofrem de demência das quais 10 milhões são na Europa e todos os anos há 2.5 milhões de novos casos. Na conferência salientou-se que as medidas preventivas são essenciais.

As principais causas da demência estão relacionadas com o tabaco, falta de exercício físico, tensão alta e má alimentação.

No mesmo dia, Alexis Tam testemunhou a assinatura do protocolo de cooperação entre os Serviços de Saúde de Macau e a Fundação Champalimaud, com o objectivo de intensificar a colaboração na promoção e desenvolvimento de actividades formativas e de investigação no domínio da medicina.

Aquele protocolo institucionaliza a cooperação e articulação entre os dois organismos na área da investigação em oncologia e reflecte, igualmente, o fortalecimento dos laços de cooperação e amizade entre a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China e as instituições portuguesas sem fins lucrativos.

Assim, e no âmbito da oncologia, o protocolo permitirá aos Serviços de Saúde estreitar a cooperação em várias vertentes, como a organização de visitas para intercâmbio científico e práticas clínicas, formação de profissionais de saúde, recurso à telemedicina, organização de conferências médicas, apoio a projectos de investigação, partilha, entre as instituições envolvidas, de publicações e outras informações relevantes para o processo de investigação e de tratamento, entre outras.

Na assinatura do Protocolo, Alexis Tam destacou que o estágio, formação de pessoal, a formação em cirurgia e radioterapia são áreas de especial interesse.

A investigação da Medicina ocidental juntamente com a da Medicina tradicional chinesa pode ser promovida na procura de melhores soluções para os pacientes.

A Fundação Champalimaud, e mais concretamente o Centro Champalimaud, líder mundial na investigação bio-médica, iniciou a sua atividade no campo da oncologia em 2009.

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura fez-se acompanhar nos encontros que manteve pelo Chefe de Gabinete do Secretário, Ip Peng Kin, os assessores do Gabinete do Secretário, Rafael Gama e Alvis Lo, o Subdirector dos Serviços de Saúde de Macau, Cheang Seng Ip, entre outros.

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