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Alexis Tam esteve reunido com o Ministro da Cultura de Portugal para promover a cooperação

Alexis Tam em reunião de trabalho com o Ministro da Cultura, Embaixador Luís Filipe de Castro Mendes

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, teve no dia 20, em Lisboa, um encontro com o Ministro da Cultura, o Embaixador Luís Filipe de Castro Mendes, tendo discutido vários projectos de cooperação entre o Governo de Macau e o Governo português na área da cultura.

Alexis Tam falou do novo desígnio confiado a Macau pelo Primeiro Ministro Chinês, Li Keqiang: plataforma cultural entre a China e os Países de Língua portuguesa. O Secretário entende que Macau tem características únicas que resultam da sua história marcada permanentemente pelo encontro secular entre o Oriente e o Ocidente, e que portanto é um local privilegiado para nele acontecer aquele intercâmbio cultural.

Os diversos eventos que já se desenvolvem em Macau, da literatura à gastronomia, da música ao teatro, do artesanato à dança saem reforçados com este novo desígnio. O Ministro da Cultura recordou o festival literário, Rota das Letras, não apenas pela sua qualidade mas também por ser um excelente exemplo de concretização da plataforma cultural.

Por outro lado, Alexis Tam destacou que o intercâmbio cultural e artístico que se desenvolve em Macau continua a valorizar a cultura e a herança portuguesas nomeadamente os eventos culturais organizados pelo Instituto Cultural, pela Direcção de Serviços de Educação e Juventude ou pela Direcção dos Serviços de Turismo mas também outros organismos públicos. O cartaz do Festival Internacional de Música, o Festival de Artes mas também as exposições organizadas em Portugal e a presença das orquestras de Macau foram, igualmente, mencionados.

O Ministro português mencionou que Macau tem uma importância especial no relacionamento entre Portugal e a República Popular da China e que em 2019 se celebram 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas. O facto de nesse ano se celebrarem, também, 20 anos da transferência de soberania, poderia servir para se realizarem em Macau algumas iniciativas de cariz cultural que dessem significado aquelas datas.

Durante o encontro, ambos os governantes congratularam-se pelo sucesso do reconhecimento, como Memória do Mundo, pelo Comité Regional da Unesco para a Ásia e Pacífico que resultou da candidatura conjunta da Colecção “Chapas Sínicas”, constituída por um conjunto de arquivos das autoridades da Dinastia Qing relativas a Macau (1693-1886).

Além disso, Alexis Tam afirmou que apresentou ao Governo Central um projecto de criação de um Fórum Cultural, projecto que já mereceu a concordância da República Popular da China, que contará com a presença dos Ministros da Cultura dos países de língua portuguesa e, também, da China.

Na manhã do dia 19, o Secretário foi recebido na Torre do Tombo onde foi conhecer a Colecção “Chapas Sínicas”, conjunto de arquivos das autoridades da Dinastia Qing relativas a Macau (1693-1886), a qual faz parte do acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Este acervo histórico motivou a candidatura conjunta (RAEM e Portugal), ao Programa da UNESCO "Memória do Mundo", da Colecção "Chapas Sínicas" que foi primeiramente apresentada a nível regional, Ásia –Pacifico. Tendo sido bem sucedida, ambos os governos decidiram apresentar a candidatura a nível internacional e esperam conhecer o resultado até finais de 2017.

A RAEM e Portugal estão a cooperar no trabalho de restauro e de digitalização da Colecção “Chapas Sínicas” e estão previstas a realização de exposições e palestras em 2018 em Macau e em Portugal, assim como referiram a possibilidade de lançar selos comemorativos do êxito daquela candidatura.

No encontro com o Ministro da Cultura português e nesta visita, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, fez-se acompanhar pelo Chefe de Gabinete do Secretário, Ip Peng Kin, a Chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa, O Tin Lin e pelos assessores Andreia Direito e Rafael Gama.

Nota:

As “Chapas Sínicas”compreendem mais de 3,600 documentos, incluindo mais de 1,500 oficios escritos em língua chinesa, 5 livros de cópias traduzidas para português das cartas mantidas pelo Leal Senado de Macau e 4 volumes de documentos diversos. A colecção Documentos em Chinês, onde se encontram as chamadas “Chapas Sínicas” é constituída por documentos oficiais e privados datados a partir de meados do século XVIII até meados do século XIX.

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