De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2017, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,5 meses, correspondendo uma ligeira subida face ao 2.º trimestre de 2017 (2,4 meses).
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 5,9 meses, 2,9 meses, 1,8 meses e 1,6 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China é o mercado com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 23,1%. Da comparação das evoluções tendenciais dos diferentes mercados relativamente ao trimestre anterior, a performance da União Europeia melhorou, cujo índice foi de -0,8 no trimestre anterior para 13,7% neste trimestre, e a situação da carteira de encomendas apresentou melhoria evidente.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 5,5%, traduzindo um decréscimo de 6,9 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2017 (12,4%) e uma descida de 13 pontos percentuais perante o mesmo período de 2016 (18,5%). Destas empresas inquiridas, 4,6% previam um forte aumento e 0,9% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 13,2%, correspondendo a um aumento de 8,2% em relação ao 2.º trimestre de 2017, e também uma subida de 3 pontos percentuais face ao mesmo período de 2016. Entre estas, 1,3% apontaram para um ligeiro decréscimo e 11,9% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante reduziram ligeiramente de 82,6% no 2.º trimestre de 2017 para 81,3% no 3.º trimestre de 2017, representando uma descida de 1,3 pontos percentuais. Estes dados traduzem fraca confiança das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora e exportadora diminuiu ligeiramente 0,4% face ao 2.º trimestre de 2017, representando uma descida de 17,3% face ao período homólogo de 2016. Por outro lado, 45,9% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número inferior a 61,4% verificado no 2.º trimestre de 2017 e a 49,2% verificado no mesmo período de 2016. Enquanto o sector de “Vestuário e Confecções” foi o que manifestou haver uma notável procura de trabalhadores, ocupando 83,2% das empresas inquiridas, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 16,4% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 13,8% apontaram para “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 2,0% “Insuficiente Volume de Encomendas” e 1,1% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”.
Para os próximos três meses, 20,6% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com“Insuficiência de Trabalhadores”, seguindo-se “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” de (17,7%), “Salários Elevados” (14,6%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas”(6,8%).