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Resultados do Inquérito à Carteira de Investimentos – 31 de Dezembro de 2017


Nas estatísticas divulgadas pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) constata-se que os investimentos dos residentes de Macau - incluindo indivíduos, governo e outras pessoas colectivas, mas excluindo as reservas cambiais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) - em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, calculados a preços de mercado em 31 de Dezembro de 2017, registaram um valor de 662,9 mil milhões de patacas, representando aumentos de 13,8% face a 30 de Junho de 2017 e de 36,8% face ao período homólogo de 2016. Entre os vários componentes da carteira, os investimentos em títulos representativos de capital (incluindo fundos mútuos e investimentos em trusts), obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo atingiram 240,4 mil milhões, 393,3 mil milhões e 29,2 mil milhões de patacas, respectivamente, correspondendo a acréscimos respectivos de 30,8%, 37,6% e 95,4% em relação ao final de 2016.

Em termos da distribuição geográfica, a região asiática deteve ainda a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes de Macau, com 59,9%, sendo a restante aplicada principalmente no Atlântico Norte e Caraíbas (15,1%), na Europa (11,9%), na América do Norte (10,5%) e na Oceânia (2,2%).

O investimento nos títulos emitidos por entidades na China Continental (incluindo títulos listados em bolsas no exterior) continuou a ser predominante, representando 43,1% da carteira de investimentos externos aplicados pelos residentes de Macau. O respectivo valor de mercado atingiu 285,6 mil milhões de patacas, ou seja, mais 52,5% face ao final de 2016. Refira-se que os investimentos consistiram em 67,6 mil milhões de patacas em títulos representativos de capital, 198,4 mil milhões em obrigações a longo prazo e 19,6 mil milhões em obrigações a curto prazo, os quais correspondem, respectivamente, a 28,1%, 50,4% e 67,4%, do total nas respectivas categorias. Entretanto, a quota da carteira de investimentos emitidos por entidades em Hong Kong diminuiu de 13,6% para 12,7%, tendo todavia subido 27,4% o valor de mercado (83,9 mil milhões de patacas). Nota-se que os investimentos em títulos representativos de capital e em obrigações a longo prazo atingiram 47,6 mil milhões e 31,1 mil milhões de patacas, respectivamente.

A carteira de investimentos dos residentes de Macau emitidos por entidades no Atlântico Norte e Caraíbas continuou a crescer. O valor de mercado de investimentos nestas regiões alcançou 100,1 mil milhões de patacas, que equivaleu a um aumento de 37,8% relativamente ao final de 2016, subindo ligeiramente o respectivo peso de 15,0% para 15,1%. Em particular, cresceu 52,5% o valor de mercado da carteira de investimentos nas Ilhas Virgens Britânicas, situando-se em 50,0 mil milhões de patacas.

A quota de investimentos em títulos europeus cifrou-se em 11,9%, traduzindo uma queda de 0,4 pontos percentuais em relação ao final de 2016, enquanto o seu valor de mercado atingia 78,7 mil milhões de patacas, ou seja, mais 32,1%. Entre os países europeus, o Reino Unido, o Luxemburgo e a Suíça representaram os maiores pesos, com valores de mercado de 18,5 mil milhões, 15,9 mil milhões e 8,7 mil milhões de patacas, respectivamente.

A maior parte dos investimentos na América do Norte concentrou-se nos Estados Unidos da América (EUA), onde os investimentos dos residentes de Macau atingiram 63,1 mil milhões de patacas em valor de mercado, com um crescimento de 35,0% relativamente ao final de 2016. Contudo, o respectivo peso na carteira de investimentos no exterior caiu de 9,7% para 9,5%. Salienta-se que o valor de mercado dos fundos mútuos e investimentos em trusts dos EUA alcançou 18,5 mil milhões de patacas, com um acréscimo de 47,1%, ocupando assim o primeiro lugar nesta categoria de investimentos.

Quanto aos títulos emitidos por países localizados ao longo do percurso de “Uma Faixa, Uma Rota”, com exclusão dos da China Continental, detidos por residentes de Macau, o seu valor de mercado situou-se em 21,4 mil milhões de patacas (+22,6% face ao final de 2016), representando 3,2% do total da carteira de investimentos no exterior. Em simultâneo, o valor de mercado da carteira de investimentos em países de língua portuguesa atingiu cerca de 91,0 milhões de patacas, o qual foi aplicado em títulos emitidos por entidades no Brasil e em Portugal.

O Inquérito à Carteira de Investimentos (ICI) é realizado conjuntamente pela AMCM e pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em conformidade com as metodologias estatísticas promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).



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