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Serviços de Saúde registam aumento de pedidos de ajuda por crianças e jovens com problemas de saúde mental e reúnem Comissão de saúde mental para encontrar soluções


Os Serviços de Saúde reuniram terça-feira (21 de Agosto) os membros da Comissão de Saúde Mental para trocar ideias e opiniões sobre a prevenção ou redução dos riscos oriundos dos problemas de saúde mental das crianças e dos jovens, assim como o programa de melhoria do mecanismo de prevenção conjunta de quatro níveis, dos serviços de saúde mental.
Neste encontro o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion manifestou que, dado à subida de casos em que crianças e jovens recorreram ao Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), existem sinais que indicam que as pessoas mais jovens apresentam problemas de saúde mental. Alguns casos são mais complicados e envolvem o próprio paciente, a escola, a família e até mesmo toda a comunidade. Assim, os Serviços de Saúde pretendem fortalecer a colaboração com os Serviços governamentais relevantes de modo a que sejam tomadas acções activas para intervenções que protejam a saúde mental das crianças e dos jovens e previnam a ocorrência de tragédias antes que a situação se deteriore severamente.
Na apresentação da Técnica Superior, Dra. Choi Ka Man do Serviço de Psiquiatria do CHCSJ, entre Janeiro e Julho de 2018, foram registados 13 casos de pessoas, com idade inferior a 18 anos que tentaram suicídio ou auto mutilação e recorreram ao Serviço de Psiquiatria do CHCSJ, enquanto, em 2017, no total foram registados 15 casos, uma situação que evidencia um crescimento não desejado, de acordo com os dados.
O Chefe de Serviço, Dr. Tang Kwong Yui do Serviço de Psiquiatria do CHCSJ adiantou que, com os esforços dedicados ao longo dos anos, foi criado em Macau o mecanismo de prevenção conjunta de quatro níveis, ligados intimamente aos tetraciclos para os serviços de saúde mental. Estes serviços serão melhorados de forma permanente, na expectativa de que reduza a taxa de mortalidade e os impactos em todos os aspectos da sociedade através da confirmação precoce dos sintomas e tratamento de intervenção.
Todos os membros da Comissão de Saúde Mental apresentaram os trabalhos de diversas áreas, constatou-se que os que recorreram ajuda com transtorno emocional são mais jovens, e os problemas psicológicos dos jovens estão a tornar-se cada vez mais severos, o que reforça a preocupação dos Serviços de Saúde quanto aos problemas emocionais dos jovens. É necessária uma acção o antecipada, desenvolvendo planos e estratégias de prevenção para evitar consequências sérias. Ao mesmo tempo, acreditou-se que o trabalho de saúde mental necessita de coordenação entre todos e exige um esforço conjunto entre serviços governamentais, escolas e público. A Comissão de Saúde Mental vai coordenar activamente com os Serviços de Saúde no trabalho de desenvolvimento saudável da saúde mental.
Em resposta à situação actual, os Serviços de Saúde vão concretizar uma séria de programas de melhoria dos serviços, incluindo os serviços comunitários de saúde mental do primeiro nível: pode entrar na comunidade e nas escolas para publicidade e educação, aumentando a consciencialização pública quanto às doenças mentais e psicológicos de jovens. Por outro lado, para os serviços comunitários de saúde mental do segundo nível, como existe uma divergência no nível de serviços especiais de saúde mental prestados na comunidade, falta de experiência profissional e sensibilidade aos sintomas clínicos, resultando numa proporção muito baixa de casos encaminhados para acompanhamento no Serviço de Psiquiatria (menos de 1%), é necessário fazer revisão e aperfeiçoamento. Neste âmbito, os Serviços de Saúde estão a planear a fornecer supervisão, orientação clínica e formação de conhecimento profissional aos psicoterapeutas em instituições cívicas relacionadas para ajudá-los a melhorar suas competências profissionais no tratamento clínico.
Em relação à insuficiência de sensibilidade clínica e de julgamento por parte dos psicoterapeutas, com vista a melhorar de forma abrangente a competência profissional e aumentar a aceitação da qualificação dos psicoterapeutas em Macau para garantir serviços de cuidados de saúde mais oportunos, adequados e seguros aos pacientes. Assim, no passado dia 6 de Julho de 2018, foi divulgada a implementação de novos critérios para a acreditação de terapeutas (psicoterapia). Nos critérios de acreditação anteriores, em vigor antes de 6 de Julho de 2018, era solicitado aos requerentes a frequência de Licenciatura em Psicologia, ministrada por faculdade de Medicina ou por instituições educativas reconhecidas oficialmente por autoridades locais, a tempo integral, com uma duração de quatro anos, e a apresentação do certificado da Licenciatura. Era, ainda, necessário concluir a frequência de 10 das 16 disciplinas em Psicologia, sendo necessário efectuar um estágio no mínimo de 6 meses consecutivos ou no mínimo de 1.000 horas de estágio em instituições médicas após a graduação. Como as funções dos psicoterapeutas clínicos são prática médica, é necessário estabelecer normas mais exigentes na qualificação para o exercício da actividade profissional, de maneira a aumentar a competência de tratamento clínico e o nível profissional dos psicoterapeutas de Macau, assegurando ainda mais a qualidade de serviços de psicoterapia.
Estiveram presentes na reunião o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, o Director do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), Dr. Kuok Cheong U, Chefe de Serviço, Dr. Tang Kwong Yui, Médico Consultor, Dr. Ho Cheuk Yin, Médico Consultor, Dr. Chou Chih Chiang e Técnica Superior, Dra. Choi Ka Man do Serviço de Psiquiatria do CHCSJ.
A Comissão de Saúde Mental inclui médicos, jurista e representantes de várias associações e serviços governamentais, sobretudo, Associação Richmond Fellowship de Macau, Cáritas de Macau, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Macau, Ministério Público, Polícia Judiciária, Serviços de Administração e Função Pública e Serviços de Saúde.



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