O Instituto Politécnico de Macau e a Universidade Zambeze, a terceira maior universidade pública de Moçambique, com cerca de 8000 alunos e vários universitários, nas províncias de Sofala(Beira - Matacuane),Manica(Chimoio),Tete(cidade deTetee vila de Úlongue) eZambézia(Mocuba), vão iniciar colaboração .
A formação do corpo docente é uma das prioridades apontadas pelo reitor da Universidade Zambeze (UniZmabeze), Prof. Doutor Nobre Roque dos Santos. Em Moçambique existem actualmente cerca de 1000 doutorados, (muito mais do que os pouco mais de 400 que existiam quando Roque dos Santos se doutorou em 2010 pela Universidade de Aveiro, em Portugal), pelo que o esforço de desenvolvimento da qualificação é uma prioridade nacional. Em termos de mobilidade e ao nível de licenciatura, os países mais procurados por alunos de Moçambique são Portugal, China e Argélia. No que diz respeito aos estudos pós-graduados, a procura incide mais sobre Portugal, EUA, Inglaterra e África do Sul. Em Macau, há, neste momento, somente um aluno vindo, disse o mesmo.
Han Lili, directora da Escola de Línguas e Tradução do IPM, mostrou-se interessada em cooperar com esta universidade do norte de Moçambique. Referiu que, no IPM, desde há três anos, estão vários alunos em mobilidade a aprender Mandarim, vindos dos países lusófonos, incluindo de África, pelo que já existe uma prática e conhecimento que lhe permitem assegurar que essa experiência tem sido bastante gratificante e proveitosa, quer para os alunos quer para o IPM, sobretudo pelos contributos que esses alunos vão poder dar no sentido de melhorar e facilitar a cooperação entre a China e os países lusófonos.
No próximo ano lectivo, o IPM vai alargar a oferta formativa ao nível dos cursos de pós-graduação, passando a disponibilizar mestrados próprios, já há muito disponibilizando mestrados e doutoramentos em cooperação com outras universidades. Em 2020, o Instituto espera poder abrir os primeiros doutoramentos. A Professora Rosa Bizarro, docente responsável pela criação do primeiro doutoramento da Escola Superior de Línguas e Tradução do IPM, referiu que o Instituto está dotado de um corpo docente em número e qualidade muito elevados, sendo possível e espectável que possa alargar a formação pós-graduada aos doutoramentos e colaborar, ainda mais, na formação de professores de outras instituições, incluindo na formação complementar de docentes da Universidade Zambeze.
Nobre dos Santos, reitor da UniZambeze, encerrou esta sua visita de uma forma especial, afirmando que “os protocolos são importantes, mas a amizade é o que os fomenta e faz funcionar”.
Vivian Lei, presidente em exercício do IPM, ressalvou a importância da cooperação do IPM com as Instituições dos países de Língua Portuguesa, fazendo votos para que, no próximo ano, pelo menos, dois alunos da Universidade Zambeze já possam frequentar os cursos do IPM.
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