No terceiro trimestre de 2018 o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 1,6%, em termos reais. O crescimento económico abrandou, sobretudo devido à descida contínua do investimento em construção, em conjugação com uma contracção significativa do aumento das exportações de serviços. O crescimento da procura externa abrandou, tendo as exportações de serviços aumentado 6,3% em termos anuais, com destaque para os aumentos de 5,8% nas exportações de serviços do jogo e de 11,4% nas exportações de outros serviços turísticos. As exportações de bens caíram 8,8%. A procura interna apresentou um comportamento frágil, salientando-se a retracção acentuada homóloga de 20,1% no investimento no terceiro trimestre, e observando-se subidas homólogas de 4,1% na despesa de consumo privado, de 5,4% na despesa de consumo final do governo e de 2,9% nas importações de bens. Por seu turno, o deflactor implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 3,8%, informam os Serviços de Estatística e Censos.
A despesa de consumo privado cresceu moderadamente. A situação favorável do emprego, com aumentos do número total de empregados e do rendimento do emprego, impulsionou uma subida anual de 4,1% na despesa de consumo privado, percentagem inferior à do trimestre anterior (+5,9%). Aumentou também a despesa de consumo final das famílias: 3,8% no mercado local e 5,9% no exterior.
A tendência ascendente da despesa de consumo final do governo expandiu-se, com uma subida anual de 5,4%, percentagem superior à do trimestre anterior (+4,4%), realçando-se os aumentos de 2,7% nas remunerações dos empregados e de 8,4% nas aquisições líquidas de bens e serviços.
O investimento apresentou um comportamento desfavorável. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, registou um recuo anual de 20,1%, alargando-se a amplitude registada no trimestre precedente (-13,8%). O investimento do sector privado registou uma queda anual de 17,8%, destacando-se a descida acentuada de 20,6% no investimento em construção, graças à diminuição significativa das obras dos grandes empreendimentos, enquanto o investimento em equipamento diminuiu ligeiramente 1,0%. O investimento do sector público assinalou uma descida anual de 32,7%, com um decréscimo notável de 45,7% em obras públicas, sobretudo devido à conclusão sucessiva dos projectos de infraestruturas, tendo contudo subido 53,0% o investimento em equipamento.
O crescimento do comércio de mercadorias abrandou substancialmente. O comércio de mercadorias aumentou ligeiramente 1,4% em termos anuais, observando-se variações de +2,9% nas importações de bens e de -8,8% nas exportações de bens.
O comércio de serviços foi a principal força motriz do crescimento económico. Devido às subidas, quer das entradas de visitantes, quer das respectivas despesas, as exportações de serviços registaram um acréscimo anual de 6,3%, acentuadamente inferior ao registado no trimestre anterior (+11,9%). As exportações de serviços do jogo e as exportações de outros serviços turísticos aumentaram 5,8% e 11,4%, respectivamente. Por seu turno, as importações de serviços cresceram 3,0% em termos anuais, percentagem inferior à do trimestre precedente (+14,6%).
Nos três primeiros trimestres de 2018 a economia de Macau assinalou um aumento homólogo de 5,6%, em termos reais. Quanto aos principais componentes das despesas do PIB, observaram-se variações de: +5,1% na despesa de consumo privado; +4,0% na despesa de consumo final do governo; -11,2% no investimento; +10,6% nas exportações de bens; +11,1% nas exportações de serviços; +6,0% nas importações de bens e +15,3% nas importações de serviços. Além disso, as exportações de serviços do jogo e as exportações de outros serviços turísticos, que são os principais componentes das exportações de serviços, registaram crescimentos homólogos respectivos de 11,7% e 12,6%, nos três primeiros trimestres do corrente ano.
As estimativas de crescimento foram revistas à medida que foram disponibilizadas mais informações. A taxa de crescimento económico do ano 2017 foi revista para cima, ou seja, 9,7%. Quanto ao ano 2018, a taxa de crescimento económico do primeiro trimestre foi revista para cima, isto é, 9,4%, e a do segundo trimestre para baixo, isto é, 5,9%.