Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao quarto trimestre de 2018 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do quarto trimestre de 2018 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 57.246 trabalhadores a tempo completo (+1,1%, face ao fim do quarto trimestre de 2017), dos quais 24.719 eram “croupiers” (+1,1%).
Em Dezembro de 2018 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta cifrou-se em 23.740 Patacas, correspondendo a um acréscimo de 3,5%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se situou em 20.450 Patacas, isto é, registou-se um crescimento de 3,0%.
No fim do trimestre em análise existiam 1.321 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, ou seja, mais 861, face ao fim do quarto trimestre de 2017. A maioria das vagas pertencia aos “empregados administrativos” (51,8%), observando-se que 445 destas vagas se destinavam aos “croupiers”.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas 34,3% das vagas requeriam experiência profissional, 80,9% exigiam habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar, 76,5% requeriam o domínio do mandarim e 36,5% exigiam o do inglês.
Durante o quarto trimestre de 2018 foram recrutados 1.737 trabalhadores, isto é, mais 14,4%, face aos 1.518 registados no quarto trimestre de 2017. A taxa de recrutamento de trabalhadores (3,0%) e a taxa de vagas (2,3%) subiram 0,3 e 1,5 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Estes indicadores reflectem um aumento da procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 83.264 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a uma descida de 19,5%, em termos anuais. Realça-se que a maioria dos formandos participou nos cursos de “comércio e gestão” (70,4%), seguindo-se os formandos dos cursos de “lotarias e entretenimento” (17,5%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de participantes nestes cursos representou 99,5% do total.