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Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía confiam a Macau nova missão


O Chefe do Executivo, Chui Sai On, sublinhou que as “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, confiam a Macau uma nova missão histórica e uma responsabilidade para a nova era. Referiu que Macau deve aproveitar as vantagens próprias e desempenhar o papel de «motor essencial», assumir a missão «base de intercâmbio e cooperação que promove a coexistência de diversas culturas» na nova era e assumir também o seu papel como alicerce do «corredor da ciência e tecnologia e da inovação» da Grande Baía.

Chui Sai On assistiu, hoje (19), ao Colóquio de Intercâmbio sobre as «“Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” e o Futuro de Macau». No uso da palavra, indicou que a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau reveste-se de particular significado para a integração da RAEM na conjuntura do desenvolvimento nacional, como forma de elevar e potenciar o seu estatuto e papel no desenvolvimento da economia nacional e na abertura do País, promover a diversificação adequada da economia, aumentar o bem-estar dos residentes manter a prosperidade e estabilidade a longo prazo e para garantir a implementação estável e duradoura do princípio «um País, dois sistemas».

Adiantou que as «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», divulgadas oficialmente, no passado dia 18 de Fevereiro, entregam a Macau uma nova missão histórica e uma importante responsabilidade para a nova era. O mesmo responsável aproveitou a oportunidade para partilhar algumas das suas reflexões, em três vertentes.

Primeiro, Macau deve usufruir das vantagens próprias e desempenhar o papel de «motor essencial». Um dos principais aspectos das «Linhas Gerais» é a definição precisa das quatro cidades centrais, Hong Kong, Macau, Guangzhou e Shenzhen, como «motores essenciais» da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Este posicionamento revela o alto grau de confiança e a grande expectativa do País depositadas em Macau, traduz-se numa exigência e representa um desafio para o território. Por isso considera necessário fazer-se uma reflexão do papel a desempenhar, enquanto cidade central e «motor essencial».

Em Novembro, do ano passado, por ocasião do encontro com as delegações de Hong Kong e de Macau, nas celebrações do 40º aniversário da Reforma e Abertura Nacional, o Presidente Xi Jinping foi muito claro ao afirmar, no seu discurso, que “o princípio «um País, dois sistemas» representa a maior vantagem de Hong Kong e de Macau, a reforma e a abertura do País são o maior palco e as estratégias nacionais, nomeadamente a construção da «Uma Faixa, Uma Rota» e da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau são novas e importantes oportunidades para Hong Kong e Macau”. O Chefe do Executivo considerou que as afirmações do Presidente Xi, relativas às «vantagem», ao «palco» e às «oportunidades», são ideias orientadoras que indicam o rumo a seguir, na participação de Macau, na construção da Grande Baia e na integração no desenvolvimento nacional. Assim disse ser essencial começar por compreender a profunda essência das palavras do Presidente assim como a forma de potencializar devidamente esta «grande vantagem» na construção da Grande Baía.

Segundo, Macau deve assumir a sua missão como «base de intercâmbio e cooperação que promove a coexistência de diversas culturas» na nova era. O Chefe do Executivo disse que as «Linhas Gerais» atribuíram mais uma missão a Macau, de criar uma «base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como a predominante, promove a coexistência de diversas culturas». Trata-se, não apenas de um elevado grau de reconhecimento do multiculturalismo harmonioso e inclusivo de Macau e do intercâmbio e da coexistência de culturas do Oriente e do Ocidente, como, também, de uma expectativa para o futuro desenvolvimento da cidade.

No encontro com as delegações das duas Regiões Administrativas Especiais presentes, nas celebrações do 40º aniversário da Reforma e Abertura Nacional, o Presidente Xi formulou «quatro desejos» para Hong Kong e Macau, um dos quais refere o desempenho do papel enquanto importantes elos de intercâmbio entre as culturas chinesa e ocidental e à promoção pró-activa do intercâmbio humanístico a nível internacional.

Considerou que Macau deve aproveitar o vasto número de chineses ultramarinos e as amplas condições e vantagens das relações com os países do Sudeste Asiático, com os países de língua portuguesa e da União Europeia, para maximizar o seu papel especial na promoção do intercâmbio cultural entre o Oriente e o Ocidente, conhecimento entre as civilizações e o apoio mútuo entre os povos.

Terceiro, assumir o papel de alicerce do «corredor da ciência e tecnologia e da inovação» da Grande Baía. A construção de um centro internacional de inovação tecnológica está definida nas «Linhas Gerais» como um dos conteúdos fundamentais da estratégia «Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau» e o primeiro dos sete domínios prioritários da construção da Grande Baía. Nas «Linhas Gerais» preconiza-se a promoção do estabelecimento do «corredor da ciência e tecnologia e da inovação Guangzhou-Shenzhen-Hong Kong-Macau», o que permite a participação de Macau enquanto um importante elo deste corredor. Relembrou que, na segunda reunião plenária do Grupo de Líderes para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, realizada no passado dia 1 de Março, o Vice-Primeiro-Ministro, Han Zheng, exigiu esforços redobrados na promoção da construção de um centro internacional de inovação tecnológica e, em particular, na articulação estreita entre Macau e Zhuhai, com vista a acelerar a sua construção.

Chui Sai On indicou que, para uma promoção e coordenação eficaz das acções, na área da inovação tecnológica, o Governo da RAEM criou o «Grupo Especializado para o Desenvolvimento da Inovação, da Tecnologia e da Cidade Inteligente», subordinado à «Comissão de Trabalho para a Construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau». Os quatro laboratórios de referência do Estado, existentes em Macau, proporcionam importantes alicerces e plataformas para o desenvolvimento de actividades de inovação tecnológica e no alcance de patamares tecnológicos inovadores.

Entretanto, o governo da RAEM, recentemente, assinou um acordo de cooperação com a Associação para a Ciência e Tecnologia da China e, no final do mês de Março, assinará um memorando de cooperação com o Ministério de Ciência e Tecnologia, com vista ao pleno aproveitamento de quadros qualificados e de tecnologia avançada da China interior, à generalização acelerada da inovação tecnológica e ao aumento da eficácia das actividades nesse âmbito, com base nas actuais condições e plataformas tecnológicas de Macau.



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