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Primeiro-ministro Li Keqiang anuncia dezoito medidas de apoio ao Fórum Macau


O membro da Comissão Permanente do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da China e Primeiro-ministro do Conselho do Estado, Li Keqiang, presidiu, esta manhã (11 de Outubro), à cerimónia de abertura da V Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa afirmando a necessidade de se aproveitar e elevar o papel de plataforma de Macau. Li Keqiang sublinhou que Macau é um elo muito importante entre a China e os países de língua portuguesa e aproveitou a ocasião para anunciar dezoito medidas para reforçar o apoio ao Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (vulgo Fórum Macau). Ao discursar na ocasião, o Primeiro-ministro frisou que o papel de Macau como ponte é a sua «linha de vida», e que o Fórum Macau é uma ponte invisível gigante unida pela língua e cultura. Adiantou que sob a cooperação económica e comercial e o desenvolvimento de um objectivo comum, Macau desempenha o papel de plataforma, aproveitando as suas vantagens e características singulares, com o objectivo de promover as relações entre a China e os sete países de língua portuguesa, reforçando cada vez mais essas ligações. Sublinhou a importância de Macau aproveitar bem e aperfeiçoar a função de plataforma. O mesmo responsável referiu as características privilegiadas de Macau, designadamente, o bilinguismo chinês-português, estatuto geográfico, infra-estruturas aperfeiçoadas e um bom ambiente de negócios, características que acabam por ser um elo de extrema importância entre a China e os países de língua portuguesa. Acrescentou que o Governo Central dará todo o apoio ao Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), para que este último acelere a construção da plataforma de serviços cooperação económica e comercial entre a China e os países lusófonos, com o objectivo de promover os «Três Centros» (Centro de Serviços Comerciais para as PME´s da China e dos Países de Língua Portuguesa, Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa e Centro de Convenções e Exposições para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa). Entretanto, adiantou que o Fórum Macau apoia, anualmente, em várias vertentes, a realização de reuniões a alto nível nos domínios do investimento internacional em infra-estruturas e construção, entre outras actividades, encontros ministeriais entre a China e os países lusófonos. Lembrou que o Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, inaugurado esta manhã, vai concentrar a exposição de produtos alimentares e culturais, serviço empresarial, centro de informações, intercâmbio económico, turístico e comercial, sendo um novo edifício emblemático de serviços para a cooperação entre a China, Macau e países de língua portuguesa. Li Keqiang anunciou que, nos próximos três anos, o Governo Central irá reforçar as suas medidas de apoio, nomeadamente as novas medidas apresentadas na ocasião. Sublinhou que Macau ao aplicar as medidas inerentes irá ser o motor e a alavanca da plataforma de serviços. Das dezoito medidas anunciadas destacam-se as seguintes: - Fornecer aos países de Língua Portuguesa da Ásia e África do Fórum de Macau um donativo de dois mil milhões de Reminbis para apoiar os projectos relativos ao bem-estar da sua população, nas áreas da agricultura, facilitação de comércio e investimento, prevenção e combate à malária, e pesquisa da medicina tradicional; - Fornecer empréstimos concessionais em valor não inferior a dois mil milhões de Reminbis aos países de Língua Portuguesa da Ásia e África do Fórum de Macau, destinados a promover a conexão industrial e a cooperação da capacidade produtiva, bem como reforçar ainda mais as cooperação na área da construção de infra-estruturas como os países de Língua Portuguesa da Ásia e África do Fórum de Macau; - Isentar os países de Língua Portuguesa da Ásia e África do Fórum de Macau das dívidas já vencidas provenientes de empréstimos sem juros no valor de 500 milhões de Reminbis; - Continuar a enviar aos países de Língua Portuguesa da Ásia e África do Fórum de Macau as equipas médicas integradas por um total de 200 pessoas; - Fornecer aos países de Língua Portuguesa do Fórum de Macau duas mil vagas de formação nas diversas áreas e um total anual de 2500 vagas da bolsa de estudo governamental; - Incentivar as empresas a construírem ou renovarem as zonas de cooperação económica e comercial nos países de Língua Portuguesa do Fórum de Macau; - Ajudar os países de Língua Portuguesa do Fórum de Macau a construir as instalações contra desastres marítimos e mudanças climáticas, tal como o observatório metrológico marítimo; - Apoiar a RAEM a transformar-se numa plataforma de serviços financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa, estabelecer a Confederação dos Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa, Centro de Intercâmbio Cultural e o Centro de Intercâmbio sobre a Inovação e o Empreendedorismo dos Jovens entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Ainda durante o seu discurso o Primeiro-ministro relembrou que as trocas comerciais entre a China e os países de Língua Portuguesa atingiram no ano passado cerca de 100 mil milhões de dólares americanos. E que a China tornou-se num dos principais parceiros comerciais e num dos mercados de exportação de maior crescimento para os países de língua portuguesa. Reiterou que com o incentivo do Fórum, o intercâmbio entre a China e os países de Língua Portuguesa tem sido fomentado a diferente níveis, e que a lógica subjacente à estratégia “Uma Faixa, Uma Rota” é bem coordenada com os planos nacionais dos vários países lusófonos, mostrando a enorme vontade da China em construir, em conjunto com os países lusófonos, relações económicas e comerciais mais sólidas e um exemplar de cooperação entre diferentes sistemas sociais dos países, de fases de desenvolvimento e de diferentes contextos culturais. O Primeiro-ministro entende que a China e os países de língua portuguesa deverão reforçar a confiança política, promover a facilitação do comércio e do investimento, alargar a cooperação da capacidade produtiva e a cooperação humana e cultural. Adiantou que a parte chinesa está com grande vontade em reforçar a formação de recursos humanos através do Institute of South-South Cooperation and Development at Peking University (ISSCAD) e do Centro de Formação do Fórum (Macau). Por último, o Li Keqiang fez uma breve apresentação sobre as actuais circunstâncias da economia nacional, que está empenhada em desenvolver novos pontos de partida da economia, transformação e modernização económica, o que será também uma grande oportunidade para o mundo e inúmeras potencialidades. O Primeiro-ministro prevê que nos próximos cinco anos, a importação atingirá oito mil milhões de dólares americanos, enquanto o valor total de investimento no estrangeiro atingirá os 720 mil milhões de dólares americanos e mais de 600 milhões de turistas chineses visitaram o exterior, o que trará grandes oportunidades de negócios para as empresas de todo o mundo, incluindo as dos países lusófonos.



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