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Administração de vacinas contra sarampo só com marcação para regularizar acesso aos centros de saúde – Serviços de Saúde


A emergente situação epidémica de casos de sarampo nas regiões vizinhas e o aumento de casos em Macau fez afluir, nos últimos dias, aos Centros de Saúde, centenas de pessoas à procura de vacinas anti-sarampo. Nos últimos dias mais de 800 pessoas pediram a administraçãoda vacina, o que representa um aumento de 25 vezes perante a procura habitual que se cifrava nas 30 pessoas. Esta procura causou um forte impacto no regular funcionamento dos Centros e postos de Saúde, pois os procedimentos para aplicar esta vacina são mais longos do que o habitual.

Com vista a manter o funcionamento normal dos Centros de saúde e garantir a vacinação às crianças com idade inferior a 2 anos, pessoal de creches e profissionais de saúde, os Serviços de Saúde estabeleceram que a partir das 8h30 da manhã do dia 28 de Março o acesso à vacina contra o sarampo só será possível através de marcação - pessoalmente ou por via telefónica. Estão isentas de marcação as crianças com menos de dois (2) anos, pessoal de creches e profissionais de saúde.

As pessoas só devem dirigir-se ao Centro de Saúde onde a marcação foi efectuada de acordo com a data e hora marcada.

Para obtenção da isenção de marcação e vacinação prioritária os funcionários das creches e os profissionais de saúde devem exibir o seu cartão de funcionário ou documento comprovativo da profissão antes da vacinação.

Para responder à procura os Serviços de Saúde aumentaram a encomenda de vacinas contra o sarampo, rubéola e parotidite epidémica para 15.000 doses. O primeiro lote de 5.400 doses chegará na próxima semana. Não há razões para alarme.

Esta quarta-feira (dia de 27 de Março), foram diagnosticados mais dois (2) casos de sarampo importado.

O primeiro caso foi diagnosticado numa mulher natural das filipinas, com 27 anos de idade, trabalhadora não residente local, funcionária de um restaurante. No dia 24 de Março esta mulher manifestou sintomas de febre e tosse. Devido à persistência dos sintomas e erupções cutâneas no dia 26 de Março recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento médico. Após a realização de análises, os resultados dos testes laboratoriais IgM e PCR foram positivos para sarampo.

A doente entre 6 de Janeiro e 15 de Março esteve nas Filipinas. No dia 16 de Março regressou ao trabalho em Macau. Alega ter sido vacinada contra sarampo localmente. De acordo com a história da viagem e o tempo de início dos sintomas o caso foi classificado como um caso importado de sarampo. As pessoas que moram com a paciente não apresentaram sintomas semelhantes. A paciente esteve a trabalhar mesmo após ter tido sintomas de febre. Está em isolamento no Centro Clínico da Saúde Pública. Os Serviços de Saúde estão a monitorizar o estado de saúde das pessoas que foram expostas a esta paciente durante a fase inicial da doença.

O segundo paciente é um residente de Macau com 23 anos de idade, enfermeiro do Hospital Kiang Wu. Entre os dias 3 e 9 de Março esteve em Taipei - Taiwan. Nos dias 7 e 8 de Março acompanhou um amigo a uma consulta médica em Taiwan. Na noite de 22 de março este homem manifestou sintomas como febre, tosse e corrimento nasal. Na noite do dia 24 de Março manifestou erupções cutâneas. No dia 25 de Março recorreu ao Hospital Kiang Wu. Após a realização de análises os resultados dos testes laboratoriais IgM e PCR foram positivos para sarampo.

O paciente é natural de Macau e foi vacinado contra sarampo. Está em isolamento no Centro Clínico da Saúde Pública. A febre desapareceu, sendo o seu estado clínico considerado normal. O paciente trabalha no Hospital Kiang Wu mas entre 6 e 14 de Março gozou férias e não esteve em contacto com o 5º caso importado. De acordo com o historial e o tempo de início de sintomas, este caso foi classificado como caso importado do sarampo. Os seus familiares e os seus colegas não apresentaram sintomas semelhantes. O paciente não esteve no local de trabalho após a manifestação dos sintomas.

Desde o início do ano já foram diagnosticados 25 casos de sarampo destes dez (10) são casos importados e quinze (15) são casos relacionados com sarampo importado. 15 pacientes já tiveram alta.

Os Serviços de Saúde apelam aos profissionais de saúde, às instituições médicas, ao público e aos pais de bebés, que ainda não foram vacinados contra o sarampo que devem tomar fortes precauções.

O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitidas por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ocorrer um período mais longo de 21 dias. O período de transmissão é de 4 dias antes do aparecimento de exantemas e pode continuar por mais de quatro dias até ao seu desaparecimento. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), mancha bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal. Em geral, o exantema maculopapular aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias e, ao desaparecer, há fragmentos de pele e sedimentos.

O sarampo é altamente contagioso, sendo uma doença muito comum em crianças na época com baixa taxa de cobertura vacinal.

O sarampo é uma doença auto-limitante, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros. Não havendo nenhum tratamento específico, o Sarampo pode causar complicações como encefalite, pneumonia. A taxa de mortalidade é de 1/1000 a 1/100.

Para proteger a saúde das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, levando os seus filhos periodicamente para vacinação, chamando a atenção do público para:

  1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1.º aniversário;
  2. Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;
  3. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo;
  4. Peste atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
  5. Pessoas imuno-comprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;
  6. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.

Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.o28700 800.



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