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Inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Fevereiro de 2019


Em Fevereiro de 2019 os negócios tanto do ramo da restauração como do ramo do comércio a retalho enfraqueceram. No mês em análise, 33% dos proprietários entrevistados declararam diminuições homólogas no volume de negócios, tendo esta proporção subido 12 pontos percentuais, relativamente à de Janeiro. Salienta-se que as proporções dos proprietários dos restaurantes chineses (43%), bem como dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas (35%), que manifestaram decréscimos homólogos no volume de negócios, cresceram 20 e 12 pontos percentuais, respectivamente. Por seu turno, 34% dos proprietários entrevistados da restauração declararam aumentos homólogos no volume de negócios, tendo esta proporção descido 14 pontos percentuais, em relação à de Janeiro. Destaca-se que a proporção dos proprietários dos restaurantes chineses (24%), que manifestaram acréscimos homólogos no volume de negócios, diminuiu significativamente 30 pontos percentuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.

Em relação ao comércio a retalho, no mês de Fevereiro 69% dos retalhistas entrevistados manifestaram decréscimos homólogos no volume de negócios, esta proporção aumentou notavelmente 32 pontos percentuais, relativamente à de Janeiro, devido ao Ano Novo Lunar ocorrido no início de Fevereiro deste ano ter originado mais vendas em Janeiro e ao facto do Ano Novo Lunar verificado em meados de Fevereiro do ano passado ter aumentado a base de comparação. Destaca-se que oitenta por cento ou mais dos retalhistas: de produtos cosméticos e de higiene; de relógios e joalharia, bem como de vestuário para adultos, declararam diminuições homólogas no volume de negócios, tendo as proporções destes retalhistas crescido substancialmente 50, 39 e 35 pontos percentuais, respectivamente, em relação às proporções de Janeiro. Por seu turno, apenas 18% dos retalhistas entrevistados manifestaram acréscimos homólogos no volume de negócios em Fevereiro, tendo esta proporção diminuído 30 pontos percentuais, face à de Janeiro.

Quanto às expectativas para Março, os proprietários entrevistados da restauração previram que os negócios continuariam a enfraquecer, isto é, 55% dos proprietários entrevistados anteviram estabilizações homólogas no volume de negócios, tendo esta proporção crescido 5 pontos percentuais, comparativamente com a prevista para Fevereiro, enquanto 30% dos proprietários entrevistados estimaram diminuições homólogas no volume de negócios, tendo a proporção aumentado 4 pontos percentuais face à prevista para Fevereiro. Em termos do tipo de restauração, 39% dos proprietários dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas, 32% dos restaurantes ocidentais e 30% dos restaurantes chineses projectaram diminuições homólogas no volume de negócios para Março, cresceram todas 7 pontos percentuais face às previstas para Fevereiro.

Os retalhistas do ramo do comércio a retalho assumiram uma atitude cautelosa para Março, isto é, 64% dos retalhistas projectaram aumentos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios, tendo esta proporção descido ligeiramente 1 ponto percentual, em relação à prevista para Fevereiro. De entre os diferentes retalhistas entrevistados, a proporção dos retalhistas de produtos cosméticos e de higiene (60%), que projectaram decréscimos homólogos no volume de negócios, aumentou 20 pontos percentuais, enquanto que a proporção dos vendedores de automóveis (60%) desceu 20 pontos percentuais. Entretanto, 91% dos retalhistas de mercadorias de armazéns e quinquilharias anteviram acréscimos homólogos ou estabilizações homólogas no volume de negócios para Março, tendo esta proporção crescido 18 pontos percentuais, face à prevista para Fevereiro.

Os destinatários do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram seleccionados com base no volume de negócios. Após a rotação de parte das amostras, incluem-se no actual inquérito 186 restaurantes e estabelecimentos similares (correspondentes a cerca de 53% das receitas do ramo) e 136 retalhistas do comércio a retalho (correspondentes a cerca de 70% das receitas do ramo). Os resultados do inquérito reflectem apenas a estimativa sobre a situação da conjuntura dos proprietários e retalhistas entrevistados, já que não foi realizada uma inferência global.