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Aprofundar o intercâmbio cultural e humanístico e promover a comunicação entre os povos

Chefe do Executivo, Chui Sai On, discursa no debate temático sobre a comunicação entre os povos no âmbito do 2º Fórum «Uma Faixa, Uma Rota».

O Chefe do Executivo, Chui Sai On participou, esta manhã, no debate temático “entendimento entre os povos” no âmbito do 2º Fórum «Uma Faixa, Uma Rota» para a Cooperação Internacional.

No uso da palavra, Chui Sai On salientou que Macau aproveitará activamente as inúmeras oportunidades oferecidas pela construção de «Uma Faixa, Uma Rota», aprofundando o intercâmbio cultural e humanístico e promovendo o entendimento entre os povos através a construção do «Centro Mundial de Turismo e Lazer», criação de uma plataforma de intercâmbio cultural, bem como dar ênfase ao desenvolvimento do sector da medicina tradicional chinesa e aproveitar bem as vantagens oferecidas pela comunidade dos chineses retornados do exterior.

O Chefe do Executivo, à frente de uma delegação oficial, deslocou-se a Pequim para participar no 2º Fórum «Uma Faixa, Uma Rota» para a Cooperação Internacional e em outras actividades, designadamente, nos vários debates temáticos, na cerimónia de inauguração do Fórum e na reunião de alto nível agendada para amanhã.

Chui Sai On e a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam estiveram presentes no debate temático “entendimento entre os povos”. No qual o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a conselheira de Estado de Myanmar, Aung San Suu Kyi e a presidente de Sérvia, Aleksandar Vučić também proferiram discursos.

Chui Sai On indicou que a construção de «Uma Faixa, Uma Rota» visa promover o desenvolvimento comum, através da congregação de esforços, oferecendo uma via de cooperação com benefícios mútuos, que se traduzam em prosperidade para todos. Considera que é também uma via de paz e de amizade que estimula a confiança e a compreensão e fortalece o diálogo em todos os campos. Enquanto Região Administrativa Especial directamente subordinada ao Governo Central, Macau é uma cidade com particularidades históricas e importância no plano cultural, que tendo a cultura chinesa como predominante, preserva a coexistência harmoniosa de diversas culturas. É importante que Macau possa aproveitar, activamente, as imensas oportunidades oferecidas pela construção de «Uma Faixa, Uma Rota» para aprofundar o intercâmbio cultural e humanístico e promover o entendimento entre os povos, disse.

Reiterou o empenho de Macau na construção do «Centro Mundial de Turismo e Lazer» e que através do sector do turismo criará laços de ligação entre os povos. A cooperação na área do turismo será uma parte integrante da iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota» e um meio eficaz para reforçar o diálogo e a amizade entre os povos dos países envolvidos nesta iniciativa, acrescentou. O Governo Central dá a Macau o seu apoio para que seja acelerada a construção do «Centro Mundial de Turismo e Lazer». O governo de Macau vai tomar a iniciativa de articular estreitamente a construção do Centro com a construção de «Uma Faixa, Uma Rota». Ao utilizar adequadamente as vantagens decorrentes do estatuto de Região Administrativa Especial e com a experiência técnica, o governo de Macau enriquecerá os produtos turísticos segundo o modelo «multi-destinos», criando uma base de ensino e formação na área do turismo e alargar o âmbito e estreitar a cooperação turística com os países ao longo de «Uma Faixa, Uma Rota».

Macau envidará esforços para criar uma plataforma de intercâmbio cultural, um local onde a ligação entre os povos é promovida através da cultura. Chui Sai On indicou que a essência do entendimento entre os povos está intrinsecamente ligada ao intercâmbio e à compreensão mútua entre civilizações e culturas diferentes. Macau, enquanto uma das cidades da China que se abriu mais cedo para o exterior, é uma cidade de renome pela sua história e cultura, caracterizadas pelo intercâmbio entre as culturas chinesa e ocidental. A inclusividade e a diversidade, que são umas das particularidades da cultura de Macau, e os valores tradicionais da harmonia e integração da sociedade, são boas provas do espírito da Rota da Seda: «paz e cooperação, abertura e inclusão, aprendizagem mútua e benefício mútuo». Neste momento, Macau está a implementar as «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», e está empenhado em criar uma base de cooperação e intercâmbio cultural, que servirá de modelo e estímulo para o trabalho nesta área.

Adiantou que Macau dará ênfase ao desenvolvimento do sector da medicina tradicional chinesa, fazendo desta um veículo privilegiado de ligação entre os povos. O sector da medicina tradicional é um precioso património da civilização chinesa, que beneficiará ainda mais pessoas com o desenvolvimento de «Uma Faixa, Uma Rota». Em Macau, está a dar um forte estímulo à modernização, padronização e internacionalização da medicina chinesa, tendo sido definida como prioritária a criação do Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa e do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa Guangdong-Macau. O governo de Macau está também, a trabalhar na criação de uma «Plataforma Internacional para Exibição dos Resultados Científico-Tecnológicos da Investigação de Medicamentos Chineses». Com o apoio do Centro de Cooperação da Medicina Tradicional da Organização Mundial de Saúde, estabelecido em Macau, Macau vai fazer com que a medicina chinesa possa servir ainda melhor os povos envolvidos na iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota».

Adiantou ainda que Macau utilizará bem as vantagens oferecidas pela comunidade dos chineses retornados do exterior e as suas redes de contactos pessoais, e através de meios diversificados criará uma ponte de cooperação entre os povos. Macau dispõe de uma comunidade de retornados do exterior que envolve mais de 60 países. São importantes recursos que contribuem para o desenvolvimento do comércio e o intercâmbio humanístico com os países envolvidos na iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota». Macau vai apoiar na «força dos retornados» e na sua rede internacional de contactos pessoais, com vista a abrir novos mercados para diversos sectores. Promover a união dos «corações dos retornados», lançar um plano de bolsas de estudo de «Uma Faixa, Uma Rota» e estabelecer relações de «Cidades Amigas», dando prioridade à intensificação das relações com os Países de Língua Portuguesa e do Sudeste Asiático. Também vai congregar a «sabedoria dos retornados» e convidar representantes distintos deste grupo para participarem em eventos, tais como a Exposição Internacional de Importação da China, e para assim contribuírem com a sua criatividade e dedicação para a iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota».

Por fim, sublinhou que baseada no princípio de «potenciar as suas vantagens próprias atendendo às necessidades do País», Macau está imbuída da visão subjacente ao plano da Rota da Seda, em prol da qual trabalhará activamente. Neste sentido, terá como alvo a promoção do entendimento entre os povos e a aproximação dos povos dos países e regiões envolvidos na iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota». Ao participar e ao dar impulso à construção de «Uma Faixa, Uma Rota», Macau irá aperfeiçoar o seu estatuto e as suas funções no quadro do desenvolvimento nacional e da abertura para o exterior, enriquecendo a prática do princípio «um País, dois sistemas» e contribuindo para a realização do sonho chinês da grande revitalização da nação chinesa.

Os membros da delegação oficial da RAEM participaram, esta manhã, em seis debates temáticos que decorreram simultaneamente. Para além do debate temático “entendimento entre os povos”, a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan e o comissariado do CCAC, Cheong Weng Chon estiveram no debate temático “Rota da Seda Íntegra”, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o membro do Conselho Executivo, Ma Iao Lai , o 1º secretário da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, o director dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip e a presidente substituta do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, Irene Va Kuan Lau participaram no debate temático “zona de cooperação económica no Exterior”. Por sua vez o membro do Conselho Executivo, Liu Chak Wan e a assessora do Gabinete do Chefe do Executivo, Lei Ngan Leng assistiram ao debate temático “intercâmbio entre think-tank”, o director e o subdirector dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Mi Jian e Ung Hai Ian compareceram no debate temático “comunicação das políticas” e o presidente do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Chan Sau San presenciou o debate temático “integração financeira”.

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