O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, revelou, hoje (30 de Abril), que o governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) está, neste momento, a preparar a escolha de uma empresa de consultadoria internacional para proceder a um estudo preliminar sobre a viabilidade do estabelecimento em Macau de uma bolsa de valores denominada em renminbi.
Ao ser questionado pela comunicação social numa ocasião pública, Lionel Leong indicou que, tanto nas «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», como na revisão actualizada do Acordo CEPA, assinado entre o governo da RAEM e o Ministério do Comércio, se refere a necessidade de realização de um estudo sobre o estabelecimento de bolsas de valores que se denominem em renminbi, com vista ao avanço dos trabalhos relativos à diversificação adequada dos sectores de actividade de Macau.
O mesmo responsável adiantou que o referido estudo será orientado para ir ao encontro do posicionamento definido pelo País para o desenvolvimento de Macau, incluindo de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e de plataforma para prestação de serviços financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Ademais, abrangerá as possibilidades de contribuição para o alargamento das oportunidades de emprego e de participação dos jovens locais.
Para o secretário o mais importante é que a criação da bolsa de valores siga a linha de cumprimento do princípio de «atender às necessidades do País e potenciar as vantagens próprias de Macau» e da potencialização das vantagens do princípio «Um País, Dois Sistemas», ou seja, uma circulação livre de capitais e os laços com os Países de Língua Portuguesa. E considera que estes pontos de vista devem ser tidos em consideração.
Lionel Leong ressalvou que o referido estudo está ainda numa fase bastante preliminar. No entanto, revelou que a empresa de consultadoria internacional que venha a ser escolhida terá de estudar se o território tem sistemas legal, de fiscalização e de regulação e quadros qualificados adequados para garantir um mercado bolsista, bem como, por outro lado, identificar as condições em falta para que se possa estabelecer uma bolsa de valores em Macau.