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UM’s PhD oral defense on "REPARO COMO ESTRATÉGIA COOPERATIVA NA INTERAÇÃO SALA DE AULA"

UM’s PhD oral defense on "REPARO COMO ESTRATÉGIA COOPERATIVA NA INTERAÇÃO SALA DE AULA"

Foi defendida no dia 24 de Abril de 2019, no Departamento de Português da Universidade de Macau, a Tese de Doutoramento intitulada “Reparo como Estratégia Cooperativa na Interação em Sala de Aula” por Qiaorong Yan (também conhecida como Sílvia Yan no ambiente de ensino de língua portuguesa). Sílvia é Professora e Coordenadora do Departamento de Português da Universidade de Comunicações da China em Pequim, a primeira universidade a oferecer o curso de português na China.

A tese discute e questiona um dos maiores estereótipos associados ao aluno chinês nos ambientes de ensino de língua portuguesa: o de estudantes passivos. Esta perspetiva está tão arraigada em certos ambientes que motivou o desenvolvimento de toda a pesquisa.

A autora toma como objeto de estudo para análise a interação entre professores e alunos em uma sala de aula de ensino superior. Ela demonstra que tanto estudantes quanto docentes assumem um posicionamento altamente participativo para cooperativamente resolver problemas (fazer reparos) e tentar garantir mútuo entendimento. Com isso, a pesquisadora vai argumentando que a chamada passividade do aluno chinês precisa de ser revista. Sobretudo aponta que quebrar esse paradigma promove uma mudança altamente significativa para a maneira como os professores são formados e orientados para trabalhar em contexto chinês, e além.

Para realizar essa discussão, Qiaorong Yan trabalha com conceitos sofisticados e contemporâneos interconectados com a Linguística Aplicada como os de superdiversidade, de multilinguismo e de globalização. Esta escolha teórica desconstrói concepções tradicionais, mas ainda vigorosas, como as que entendem línguas e culturas como puras e superiores frente a outras.

O estudo fundamenta-se na ideia de que a construção do mundo social, com os seus valores culturais, padrões, preconceitos e estereótipos, acontece nas microinterações de que fazemos parte em nossa vida diária, incluindo-se aí a sala de aula. A autora argumenta que exatamente neste espaço micro – diferente do que tradições fundadas em séculos anteriores defendem – as línguas e as culturas vão sendo (re)criadas e (re)inventadas. Aponta ainda que, assim como os construímos, é nas (micro)interações que podemos também desconstruir valores, padrões, preconceitos como, por exemplo, o estereótipo motivador da tese. O trabalho foi desenvolvido dentro do projeto Linguagem, Cultura e Interação: traços da sala de aula de língua portuguesa em Macau e na China, apoiado pela Universidade de Macau e coordenado pelo Professor Roberval Teixeira e Silva.

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