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Encerramento do Simpósio da “Faixa e Rota” e o desenvolvimento de Macau 2019

Os convidados do Simpósio “Faixa e Rota” e o desenvolvimento de Macau 2019 têm uma sessão fotográfica

Encerrou no dia 9 de Julho, e com sucesso, o Simpósio “Faixa e Rota” e o desenvolvimento de Macau 2019, organizado pela Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Fundação Macau e Grand Thought Think Tank. O simpósio foi subordinado ao tema “Cidade Mundial da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”, e debruçou-se sobre o contributo de Macau nesta nova perspectiva e o seu papel na construção de “Uma Faixa, Uma Rota”. Estiveram presentes no evento o Chefe do Executivo Chui Sai On e o coordenador-ajunto do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na Região Administrativa Especial de Macau Yao Jian, tendo eles efectuado discursos. Este simpósio contou ainda a presença do Vice-Presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês Edmund Ho, O Subcomissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau Wang Dong, a Secretária para a Administração e Justiça do Governo da RAEM Sónia Chan, o Secretário para a Economia e Finanças Lionel Leong, o Secretário para a Segurança Wong Sio Chak, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas Raimundo Rosário, a Coordenadora do Gabinete do Chefe do Executivo O Lam e os responsáveis das entidades da organização, etc.

Foram convidados, a participar neste simpósio, dois peritos académicos. O 1º foi o Doutor Xiang Bing, Presidente Fundador da Cheung Kong Graduate School of Business e Professor de comércio da China e globalização, que abordou o tema “Mudanças universais, Nova era da China-oportunidades ocasionadas para Macau”. Ele entende que estamos a viver numa era em que o mundo está em constante mudança e a China segue esse desenvolvimento e onde Macau desempenhar vários papéis. Atendendo à boa relação entre Macau e a União Europeia, Macau pode servir, estrategicamente, de ligação ou ponte entre a China e os países europeus; na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Macau pode ainda dar o seu contributo na formação de talentos profissionais e favorecer o intercâmbio entre a China e os países lusófonos. criando por exemplo, o Instituto Comercial Luso-chinês e aproveitando as vantagens das diversas regiões para a promoção e diversificação do desenvolvimento económico, criando espaços em diversos ramos, tais como educação, cultura, criatividade cultural, intercâmbios internacionais, entre outros. Finalmente, e como forma de expandir o Confucionismo na Ásia Oriental, a Cheung Kong Graduate School of Business vai organizar o seu fórum anual em Macau, facto esse que reforça a sua cooperação.

O Dr. Hu Angang, Director do Instituto de Estudos Contemporâneos da China na Universidade de Tsinghua, Professor e Orientador de Doutoramento na Escola de Políticas Públicas e Gestão da mesma universidade, falou sobre as práticas do regime “Um País, Dois Sistemas”e a implementação e funcionamento do 1º plano quinquenal de Macau, isto é, Macau deve aproveitar as oportunidades ocasionadas na estratégia nacional e pôr em prática as políticas do país para se desenvolver de forma constante, com vista a aumentar a qualidade de vida da população. Entretanto, este plano tornou-se eficaz pois a economia e o bem-estar da população já melhoraram bastante. Agora , tem de ser pensada a forma eficaz de como efectuar a ligação entre o plano quinquenal de Macau com a planificação do país para alcançar novos recordes da economia e das infra-estruturas.

De seguida, foram ainda convidados mais seis indivíduos para fazerem os discursos sobre diversos temas: integração financeira, entendimento entre os povos, livre fluxo de comércio, intercâmbio entre académicos e jovens.

O Dr. Li Guang, Presidente da Sucursal de Macau do Banco da China, entende que a integração financeira favorecerá a implementação da ideia “Uma Faixa, Uma Rota”, pois aquela vai ser apoiada com as políticas do Governo Central, e os factores geográficos e económicos também vão beneficiar a extensão da referida ideia para os países lusófonos, integrando as finanças com características próprias de Macau na construção da Uma Faixa, Uma Rota” e acelerando a criação do 2º centro offshore de RMB, entre as outras políticas.

O Dr. Lao Ngai Leong, Presidente da Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau, considerou que o entendimento entre os povos é bastante importante, pois os ultramarinos em Macau provêm dos 60 países e regiões. Como os seus números são muitos e as suas repercussões são grandes, as suas associações podem servir duma ponte para os intercâmbios e cooperações entre o Governo da RAEM e os países sudeste asiático, nomeadamente em termos da economia, da financeira e da humanitária.

O Dr. Ma Iao Lai, Presidente da Associação Comercial de Macau, utilizou uma série dos dados para revelar as vantagens geográficas de Macau. Segundo ele, para aumentar o fruto de comércio, é preciso de se realizar os seguintes pontos: 1. Comunicação entre o Governo da RAEM e o Governo da Província Guangdong para reforçar os apoios às empresas; 2. A internacionalização de renminbi nas transacções com os países da língua portuguesa para reduzir a dependência do dólar americano; 3. As cooperações entre os governos e associações entre Macau e a Província Guangdong; 4. Cooperação entre o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento da República Popular da China para aumentar as políticas correspondentes, com vista a alargar o mercado chinês para os países lusófonos; 5. Tomar consideração sobre a cooperação com a Ilha de Hengqin e o seu estudo.

O Professor Hao Yufan, Presidente da Direcção do Grand Thought Think Tank, indicou que a base dos intelectuais no Interior da China ainda não é suficiente, mas já está institucionalizada e pode apresentar políticas para o país. Quanto à situação da RAEM, existem ainda uma série de problemas para a base dos intelectuais, por exemplo: falta da perspectiva. Assim, o Governo da RAEM deve integrar a base dos intelectuais no quadro do trabalho da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, reforçando assim os apoios para o estudo sobre os diversos temas específicos.

O Dr. Mok Chi Wai, Presidente da Federação de Juventude de Macau, concluiu a situação dos intercâmbios dos jovens locais na Zona Grande Baía, tendo indicado que os nossos jovens devem reflectir sobre o seu posicionamento e alargar os seus horizontes, com vista a compreender o sentido da estratégia da “Uma Faixa, Uma Rota”, além disso, deve ainda formar-se mais jovens com visão dos países desenvolvidos e encorajá-los para fazerem intercâmbios com os jovens dos outros países, com vista a criar uma boa imagem dos jovens chineses.

O Dr. Jorge Valente, Presidente da Associação dos Jovens Macaenses, falou sobre o relacionamento entre a China e os países lusófonos para revelar as vantagens de Macau, por exemplo: a utilização da língua chinesa e da língua portuguesa para atingir a conexão das respectivas culturas e a aproximação do sistema judicial da RAEM com os países da língua portuguesa, etc. Segundo ele, as referidas vantagens podem ser úteis para a participação da RAEM na concretização da ideia “Uma Faixa, Uma Rota” e aprofundar as relações entre a China e os países lusófonos.

Os argumentos e pontos individuais supra referidos foram apreciados pelos presentes, pois estes também fizeram as intervenções e os convidados responderam, a seguir, as suas perguntas.

No Simpósio “Faixa e Rota” e o desenvolvimento de Macau 2019 surgiram novas ideias e sugestões para se pensar como Macau, sob novo quadro histórico, poderá participar na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e integrar-se no desenvolvimento do país, dando contributos ao Governo da RAEM na participação do principio “Uma Faixa, Uma Rota” definindo as políticas necessárias para tornar o mesmo uma referência primordial.

(Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional do Governo da RAEM, Fundação Macau, Grand Thought Think Tank)

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