O Chefe do Executivo, Chui Sai On, afirmou, hoje (12 de Agosto), que o desenvolvimento cultural é um elemento fundamental na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e que para assegurar o desenvolvimento sustentável desta região, a sua população deve partilhar uma mesma identidade cultural, considerando que a cultura de Macau é motor do desenvolvimento cultural da Grande Baía.
A cerimónia de inauguração do Fórum Internacional sobre a «Missão Cultural no Desenvolvimento e Construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», organizado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), realizou-se, esta manhã em Macau.
A cerimónia de inauguração do Fórum Internacional sobre a «Missão Cultural no Desenvolvimento e Construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», que decorre entre hoje e amanhã no território, contou com a participação do Chefe do Executivo, Chui Sai On, do vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), Edmund Ho, da chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), Carrie Lam, do director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Fu Ziying, do governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, e do presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Xie Fuzhan. Na ocasião foram ouvidos os discursos de Chui Sai On, Carrie Lam, Ma Xingrui e Xie Fuzhan, bem como do membro do Comité Nacional da CCPPC, presidente e director executivo da Phoenix Satellite Television Holdings, Liu Changle.
Chui Sai On salientou a missão atribuída a Macau pelas «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», que é de criar uma «base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como predominante, promove a coexistência de diversas culturas», demonstrando a confiança do Governo Central em Macau. Sublinhou que esta nova missão injectou uma vitalidade renovada na participação da RAEM na construção da Grande Baía e contribui significativamente para que o território identifique correctamente a sua posição e aumente a sua competitividade. O mesmo responsável é da opinião que tendo em consideração as necessidades do País e as suas próprias vantagens, Macau poderá desenvolver plenamente as suas características culturais singulares, assumindo um papel novo com responsabilidades acrescidas na construção da Grande Baía e no processo de desenvolvimento nacional.
O Chefe do Executivo defende que primeiro, o desenvolvimento cultural é um elemento fundamental da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e que para garantir o desenvolvimento sustentável da Grande Baía, a sua população deve partilhar uma mesma identidade cultural. Explicou que o desenvolvimento económico e a cultura são indissociáveis e, numa situação especial como é a da Grande Baía que envolve «um País, dois sistemas e três zonas aduaneiras», é fundamental encontrar um denominador comum, acreditando que a construção cultural vai permitir colmatar as diferenças dos sistemas e promover a integração de valores humanistas. Por pertencerem ao círculo da cultura Lingnan, Guangdong, Hong Kong e Macau partilham, naturalmente de afecto mútuo, dos mesmos valores culturais e humanistas, o que vai permitir, através da congregação das vantagens dos seus recursos culturais, criar uma boa atmosfera humanista na Grande Baía, em prol do enriquecimento da vida cultural dos seus residentes que, partilhando uma raiz comum, têm diversas vivências culturais.
Acrescentou que, segundo lugar, a cultura de Macau, imbuída de características históricas e humanistas únicas, fruto de centenas de anos de intercâmbio entre a cultura chinesa e a ocidental, contribui para a construção cultural da Grande Baía. Lembrou que Macau, além do seu Centro Histórico, inscrito na lista do património mundial, distingue-se por um vasto e diversificado património cultural intangível nacional. Referiu ainda que a cultura comercial, a cultura popular, a cultura religiosa, a cultura associativa, a cultura filantrópica, entre outras existentes em Macau, apresentam características únicas, com um forte matiz internacional, fruto do convívio da cultura chinesa com outras culturas. Sublinhou que estas culturas, motores do desenvolvimento cultural da Grande Baía, e enquanto soft power, contribuirão para o aumento da força de coesão desta região, promovendo assim o entendimento entre os povos e o intercâmbio de culturas no processo da construção da Grande Baía e da implementação da iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», pautadas pela captação de investimentos e pela internacionalização.
Chui Sai On salientou que a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é uma estratégia nacional projectada, planeada e promovida pessoalmente pelo Presidente Xi Jinping, sendo um iniciativa que desempenha um papel fundamental na promoção do aprofundamento da cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau, na implementação do grandioso princípio «um país, dois sistemas» e na salvaguarda da prosperidade e da estabilidade de Hong Kong e de Macau, a longo prazo. Garantiu que o Governo da RAEM, em plena articulação com o planeamento nacional, empenhar-se-á ao máximo, através do aprofundamento da cooperação, para criar as condições necessárias para a execução da iniciativa «Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau», e se atinja um novo patamar do desenvolvimento dos diversos sectores locais, assinalando, com sucesso, o 70º aniversário da Implantação da República Popular da China e o 20º aniversário do Retorno de Macau à Pátria.
Indicou que este Fórum, subordinado a um tema tão abrangente, conta com a participação de muitos peritos e académicos, oriundos do Interior da China e do exterior. Disse esperar que, através da combinação de sabedorias e do debate livre, os participantes possam contribuir com ideias úteis e sugestões valiosas para a construção de Macau como uma «base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como predominante, promove a coexistência de diversas culturas».
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