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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 2.º Trimestre de 2019


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 2.º trimestre de 2019, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,7 meses, inferiores aos 2,9 meses registados no 1.º trimestre de 2019.

A carteira de encomendas detida pelos sectores de “produtos farmacêuticos” e de “vestuário e confecções”, “outros sectores” e sector de “equipamentos electrónicos/eléctricos” foi de 4,4, 3,3, 2,6 e 1,6 meses, respectivamente.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que a União Europeia e outros países da região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e o Japão) eram os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando ambos um índice de 14,9%.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista desceram para 25,7% no trimestre em análise, representando um decréscimo de 11,5 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2019 (37,2%) e um acréscimo de 22,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (3,5%). Destas referidas, apenas 0,1% previram um “aumento acentuado” e 25,6% um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 9,8% no trimestre em análise, aumentando 2,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior mas diminuindo 29,1 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 6,7% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 3,1% para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” subiram de 55,1% no trimestre anterior, para 64,5% no trimestre em análise, correspondendo a uma subida de 9,4 pontos percentuais. Estes dados reflectem que os empresários industriais inquiridos tomaram uma atitude prudente e expectante em relação às perspectivas de exportações no contexto do desenvolvimento desfavorável da actual economia mundial e da continuação do conflito comercial entre a China e os EUA.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma redução de 0,2% face ao trimestre anterior e uma diminuição de 4,2% em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 49,2% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem ligeiramente inferior à verificada no trimestre anterior (50%) e no idêntico período do ano passado (51,1%). Além disso, 79,7% das empresas inquiridas do sector de “vestuário e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que demonstrou que a procura de mão-de-obra neste sector era relativamente forte.

De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 41,8% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 7,4% apontaram para “insuficiência de trabalhadores”, 1,5% para “preços elevados das matérias-primas” e 0,1% para “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.

Quanto às perspectivas para os próximos três meses, 20,3% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, seguindo-se de “preços elevados das matérias-primas” (17%), “insuficiência de trabalhadores” (10%) e “insuficiente volume de encomendas” (7,7%).