A Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou, fez nota que, até ao dia 17 de Agosto, não foram registados casos de de transmissão da COVID-19 na comunidade, isto é, há 141 dias consecutivos. Já passaram 52 dias sem diagnóstico de casos importados. Macau diagnosticou, até à data, quarenta e seis (46) casos, dos quais, quarenta e quatro (44) são casos importados e só dois (2) são relativos a casos importados. Quarenta e seis (46) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais. Todos os doentes recuperados concluíram o isolamento do período de convalescença, não há nenhum caso de contacto próximo em observação médica. Nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, foram realizados 34.130 testes de ácido nucleico do novo tipo de coronavírus em Macau, e mais de 352 indivíduos foram submetidos à observação médica. No total, foram enviados para a observação médica 11.423 indivíduos. Há, ainda 1.469 indivíduos em observação médica dos quais 1.465 em hotéis designados, e 4 em instalação dos Serviços de Saúde.
Em resposta às perguntas dos órgãos de comunicação social, a Dr.ª Leong Iek Hou afirmou que a partir do dia 12 de Agosto, os residentes de Macau podem ser dispensados da observação médica de isolamento aquando da deslocação às diversas províncias do Interior da China. No entanto, sugeriu que os residentes, que se deslocam ao Interior da China, devem preparar o relatório em papel de teste de ácido nucleico emitido pelos Serviços de Saúde e o respectivo anúncio promulgado pelo Conselho de Estado, para que os governos locais possam confirmar a execução das respectivas políticas.
No que diz respeito à ocorrência de casos locais de infecção assintomática na província de Guangdong, a Dra. Leong Iek Hou disse que apesar do aparecimento de casos locais confirmados em Shenzhen e Shanwei, a situação epidémica é relativamente limitada e, os serviços competentes activaram rápidamente o mecanismo de resposta a emergências, tendo tomado, de forma rápida e eficaz, as medidas de prevenção e controlo, incluindo o desenvolvimento da investigação epidemiológica, realização de testes de ácido nucleico em larga escala, assim como de trabalho de limpeza e desinfecção em residências e locais de trabalho de pessoas confirmadas e pessoas com contacto próximo, entre outras medidas.
O Governo da RAEM continua a acompanhar estreita e constantemente a evolução da situação epidemiológica em Guangdong e regiões vizinhas, adaptando devidamente as estratégias de prevenção e controlo sempre que necessário.
Quanto à pergunta colocada pela comunicação social sobre alguns visitantes que entrem em Macau não possuírem o hábito de usar máscaras, a Dra. Leong Iek Hou respondeu que, actualmente, todos os passageiros no transporte público devem obrigatoriamente usar máscaras, por sua vez, os trabalhadores em estabelecimentos de restauração e em recintos fechados deve, também, relembrar os clientes do uso de máscara. Os visitantes devem cumprir e colaborar com as medidas de prevenção da epidemia de Macau. A mesma responsável sublinhou que, uma vez que os trabalhos de luta contra a epidemia sejam bem efectuados por parte de residentes, por exemplo, usar máscaras, lavar frequentemente as mãos e manter a distância social adequada, isso pode influenciar positivamente os visitantes.
Sobre o facto da Rússia estar a produzir a primeira vacina contra COVID-19 (novo tipo de coronavírus) em todo o mundo, a Dra. Leong Iek Hou referiu que a produção de vacinas não significa que estas possam ser administradas em larga escala, já que estas devem passar pelos ensaios clínicos de três fases. Actualmente, existem 6 vacinas no mundo que estão em ensaios clínicos da fase III, envolvendo 3 fabricantes de vacinas do Interior da China e 3 fabricantes do exterior, mas até agora nenhuma vacina completou os ensaios clínicos das três fases e não há dados suficientes para mostrar qual vacina é mais segura e eficaz. O Governo da RAEM tem mantido contacto com seis produtores de vacinas, tendo realizado várias videoconferências para conhecer o andamento dos ensaios e o mecanismo de fabrico de cada tipo de vacina, bem como os problemas que o Governo da RAEM poderá ter na sua aquisição. Assim que houver uma vacina que tenha concluído três fases do ensaio clínico, e que seja confirmada como segura e eficaz, o Governo da RAEM procederá à aquisição imediata.
Sobre as questões dos números diferentes de testes de ácido nucleico entre os residentes e os trabalhadores dos casinos, a Dra. Leong Iek Hou reiterou que a actual epidemia global é grave, pelo que é necessário continuar os trabalhos de prevenção de epidemia. Relativamente ao trabalho de prevenção e controlo dos casinos, as autoridades sanitárias solicitaram aos administradores dos casinos para que estes procedam à limpeza e desinfecção do ambiente dos casinos, e mantenham uma certa distância entre as mesas de jogo e os assentos dos jogadores. Ao mesmo tempo, os trabalhadores dos casinos foram classificados como grupo obrigatório para teste, os trabalhadores da linha da frente dos casinos serão organizados para realizar um teste de ácido nucleico, e os empregadores serão obrigados a monitorizar a saúde dos trabalhadores.
Os clientes que entram nos casinos devem fazer uma medição de temperatura, mostrar o Código de Saúde de Macau e o teste de ácido nucleico válido nos últimos 7 dias. Após um período de tempo de funcionamento, as respectivas medidas são eficazes, demonstrando a viabilidade e operacionalidade das mesmas. A Dra. Leong Iek Hou também salientou que em resposta ao desenvolvimento da epidemia, não está excluída a possibilidade de ajustamento das actuais medidas de prevenção de epidemia nos casinos, incluindo a isenção dos trabalhadores dos casinos de realizarem novo teste de ácido nucleico ou relaxar as medidas sobre os clientes dos casinos para que estes não necessitem de apresentar relatórios de teste de ácido nucleico.
O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do CPSP, Dr. Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, entre outros assuntos. A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados e as despesas realizadas nas duas operações de transporte dos residentes de Macau do exterior e dos estudantes de Macau no exterior. Estes dois responsáveis também responderam às relevantes perguntas colocadas pela comunicação social.
Por fim, o Centro de Coordenação anunciou que, como a epidemia local continua a diminuir de intensidade a conferência de imprensa regular de segundas, quartas esextas-feiras passa a ser realizada apenas às segundas e quintas-feiras, mantendo-se o local e a hora inalterados, alertando os residentes para estarem atentos a alterações.
Estiveram presentes na conferência de imprensa o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi, e a Coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr.ª Leong Iek Hou.