A fim de enriquecer os elementos de lazer de Coloane, para fazer dela o “quintal de Macau”, o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) concluiu a obra de expansão e melhoramento da Quinta Feliz de Hac Sá, que estará totalmente aberta ao público no dia 6 de Novembro. No local, foi aumentado o número de terras agrícolas e foi instalada a zona de exposição de plantas e flores diversas, com o objectivo de proporcionar um lugar ideal para os cidadãos se aproximarem à natureza, conhecerem o ecossistema natural e experimentarem a prática da agricultura, bem como promover a interação entre pais e filhos.
A Quinta Feliz situa-se nas traseiras do Parque de Hac Sá, em Coloane. Após a reapreciação e a reintegração das zonas circundantes, este Instituto incorporou o viveiro das plantas de Hac Sá na respectiva quinta, remodelando-o, melhorando o reservatório natural e aumentando o número de terras agrícolas de 70 para 150. Após o projecto de melhoramento, a Quinta Feliz divide-se em área de viveiro e área de agricultura e estas subdividem-se em diferentes zonas, em função das espécies de plantas e das suas caraterísticas funcionais, para apresentar ao público uma grande variedade de plantas arborizadas e produtos agrícolas e permitir-lhe experimentar interessante a prática da agricultura.
No viveiro, são cultivadas várias plantas e mudas, que servem para a arborização e recuperação ecológica de Macau, proporcionando as mudas adequadas para o território. Em função dos diferentes estados de cultivo, divide-se em três zonas de cultivo, que são as zonas de cultivo de mudas, de árvores de médio porte e de árvores de grande porte. Conforme as características ecológicas, está dividido em duas categorias: zonas de plantas aquáticas e trepadeiras. De acordo com as origens das mudas, divide-se em duas zonas, que são as zonas de plantação própria e de depósito temporário. Na zona de cultivo de mudas, actualmente cultivam-se espécies como Machilus chinensis, Cleistocalyx operculatus, Cinnamomum burmannii, Sapium discolor, Sapium sebiferum, Sterculia monosperma, Elaeocarpus apiculatus, Phyllanthus emblica e Flueggea virosa. Em relação à zona de cultivo de árvores de médio porte, cultivam-se espécies como Casuarina equisetifolia L., Syzygium jambos, Schefflera octophylla (Lour.) Harms, Glochidion puberum, llex rotunda, Rhodomyrtus tomentosa e Bischofia javanica. Quanto à zona de cultivo de árvores de grande porte, cultivam-se algumas espécies de árvores de paisagem, como, por exemplo, Clausena lansium, Bauhinia Linn., Cassia fistula e Handroanthus chrysotrichus. As plantas aquáticas são, na sua maioria, espécies de mangal, incluindo Kandelia candel (Kandelia obovata) e Aegiceras corniculatum. Quanto às plantas trepadeiras, há no viveiro espécies como Lonicera japonica, Mucuna sempervirens e Pyrostegia venusta.
A área de viveiro divide-se em seis zonas funcionais: a Zona de Conservação de Água Natural, o Campo de Flores, a Zona de Frutas, a Zona de Cultivo de Vegetais, a Zona de Ervas Aromáticas e a Zona de Experiência de Cultivo. O sistema de água natural resume-se a um pequeno ecossistema estável. Foram ali colocadas plantas aquáticas ornamentais, para adicionar cor e diversidade à bacia. Entretanto, na zona de exposição de plantas e flores, encontram-se flores e culturas plantadas em função das diferentes estações do ano. A par disso, ainda está disponível o Hotel de Insectos, constituído por uma variedade de materiais naturais, como madeira, cascas de árvores, feno, argila, etc., para os insectos habitarem. Toda a zona vai servir para criar um espaço com função ornamental, onde se divulgam conhecimentos ecológicos e amigos do ambiente. Em relação à zona de cultivo, a sua visita pode ser feita através da inscrição em grupo, sendo ainda realizados diversos workshops relativos à educação para a ecologia e protecção ambiental, permitindo aos cidadãos vivenciar o cultivo com as próprias mãos e sensibilizando-os para a valorização dos produtos alimentares e a importância de cuidar da natureza.
O IAM continua a melhorar os espaços verdes de lazer das Ilhas e a colocar mais instalações de lazer com características que permitam proporcionar ao público espaços para actividades com diversidade e de boa qualidade.
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