A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2020. O âmbito estatístico deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, os “seguros”, a “outra intermediação financeira excepto a dos bancos”, as “actividades auxiliares de intermediação financeira”, as “creches” e os “serviços de idosos”. O objecto estatístico exclui os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não directamente vinculados às companhias de seguros.
No fim do terceiro trimestre de 2020 laboravam nos “hotéis” 53.770 trabalhadores a tempo completo, registando-se um decréscimo de 11,3%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2019. Em Setembro deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores cifrou-se em 16.680 Patacas, isto é, -8,2%, face a Março de 2020 e -10,3%, em termos anuais.
Os “restaurantes e similares” empregavam 25.046 trabalhadores a tempo completo e a remuneração média foi de 9.100 Patacas, tendo diminuído 4,2% e 7,4%, respectivamente, em termos anuais.
Nas “indústrias transformadoras” laboravam 9.154 trabalhadores a tempo completo, verificando-se uma subida ligeira de 0,3%, em termos anuais e a remuneração média cifrou-se em 10.670 Patacas, menos 15,5%. Havia na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.112 trabalhadores a tempo completo (+1,5%, em termos anuais), que tinham uma remuneração média de 32.040 Patacas (+1,1%).
Nas “creches” existiam 1.525 trabalhadores a tempo completo (-2,2%, em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 16.330 Patacas (+2,4%). Havia nos “serviços de idosos” 1.100 trabalhadores a tempo completo (+13,4%, em termos anuais), cuja remuneração média se fixou em 15.520 Patacas (+1,4%).
Os “seguros” empregavam 653 trabalhadores a tempo completo (+6,2%, em termos anuais), cuja remuneração média se situou em 29.970 Patacas (+2,0%). Na “outra intermediação financeira excepto a dos bancos” havia 237 trabalhadores a tempo completo (+9,7%, em termos anuais), cuja remuneração média foi de 25.110 Patacas (+1,3%). Nas “actividades auxiliares de intermediação financeira” laboravam 346 trabalhadores a tempo completo (-6,2%, em termos anuais), cuja remuneração média atingiu 13.250 Patacas (-11,7%).
No fim do terceiro trimestre deste ano havia 1.003 vagas nos “restaurantes e similares”, 536 nos “hotéis” e 361 nas “indústrias transformadoras”, tendo caído 841, 859 e 298, respectivamente, em termos anuais. Por seu turno, o domínio do mandarim e o do inglês foram exigidos em todas as vagas da “outra intermediação financeira excepto a dos bancos”. O domínio do mandarim e o do inglês foram requeridos em 60,3% e 45,0% das vagas dos “hotéis”, respectivamente.
Durante o trimestre de referência, nos “hotéis” a taxa de recrutamento de trabalhadores (1,0%) e a taxa de vagas (1,0%) decresceram 4,0 e 1,2 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Nos “restaurantes e similares” a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,5%) e a taxa de vagas (3,9%) desceram 4,1 e 2,7 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Isto indica uma contracção das necessidades de mão-de-obra destes ramos.
Nos ramos de actividade económica inquiridos, 333.531 participantes frequentaram cursos de formação proporcionados pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos) durante o terceiro trimestre deste ano, tendo descido 1,1%, em termos anuais. Refira-se que nos “hotéis” havia 328.837 participantes em cursos de formação e que a maioria destes formandos (53,3%) frequentou cursos de “serviços”, seguindo-se os formandos dos cursos de “comércio e gestão” (32,9%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” participou em cursos durante as horas de expediente. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 90% dos formandos dos “hotéis”, dos “seguros”, da “outra intermediação financeira excepto a dos bancos” e das “actividades auxiliares de intermediação financeira”, bem como os encargos de formação de 64,4% dos formandos das “creches”, foram pagos pelos próprios estabelecimentos.