O livro intitulado «Guerra de Resistência das Pessoas de Macau», publicado pelo Centro de Estudos das Culturas Sino-Ocidentais do Instituto Politécnico de Macau (IPM), foi galardoado com o “Prémio de Leitura Popular” durante os trabalhos de avaliação para a 8.ª Edição dos Prémios de Excelência na Investigação Científica da Escola Superior (Ciências Humanas e Sociais) organizados pelo Ministério da Educação da China, sendo esta a primeira atribuição deste Prémio aos resultados científicos das instituições de ensino superior de Macau. Dos mais de 1.500 trabalhos premiados em todo o País, apenas 20 receberam o “Prémio de Leitura Popular”, o que mostra que o nível de investigação do IPM é reconhecido pela comunidade académica e pelo País.
O livro «Guerra de Resistência das Pessoas de Macau» foi compilado pelo Director da Escola Superior de Ciências Humanas e Sociais do IPM, Lam Fat Iam, reunindo trabalhos dos investigadores do Centro de Estudos das Culturas Sino-Ocidentais, Jiang Chun, Wang Xi, Wan Hok Kun, entre outros. Adopta-se, nesta publicação, um conteúdo clarificado, uma linguagem simples e um design requintado e elegante, o que fez com que, após a sua publicação, este livro tenha sido muito procurado, tendo contado com a colaboração dos órgãos de comunicação social locais, tais como o jornal Macao Daily, Lotus TV, MASTV e outros que o apresentaram através de diversas formas, como álbuns no jornal, documentários históricos, programas temáticos especiais de televisão, materiais didácticos e outros formatos, destinando-se a um público vasto, e assim chamando à atenção da sociedade. O interesse começa por, de acordo com os estudos históricos tradicionais, Macau ser considerado um território “neutro” durante a Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa. Contudo, este livro indica que a posição “neutra” era do Governo Português, mas não era a posição da sociedade de Macau cujo componente principal era o povo chinês que resistia à invasão japonesa a um preço elevado e nunca se deixando neutralizar. Em segundo lugar, os estudos históricos tradicionais consideram que as forças japonesas não ocuparam Macau e que Macau não resistiu ao Japão. Neste livro, os compatriotas de Macau tiveram uma participação importante, através da propaganda, do auxílio, da prestação de socorros na linha da frente e do alistamento nas forças armadas, pelo que o povo chinês nunca esteve ausente dos movimentos anti-japoneses e sacrificou a sua vida e a sua sociedade. Com base nos dados comprovados, o livro reescreve a história da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa das gentes de Macau e apresenta ao público, especialmente aos jovens, de forma concisa, os seus conhecimentos históricos, reforçando ainda mais o sentimento de pertença à Pátria da população de Macau.
Desde 2014, o Centro de Estudos das Culturas Sino-Ocidentais do IPM tem vindo a realizar, de forma plena e sistemática, um estudo específico sobre a história da guerra em Macau. Após vários anos de esforços, este Instituto obteve resultados académicos, incluindo; uma compilação de publicações chinesas divulgadas durante a Guerra da Resistência contra a Agressão Japonesa; uma história oral de dezenas de idosos de Macau sobre a sua própria experiência naquela época; os mapas e sumários de Macau na época da Guerra da Resistência; referências concretas como o «Catálogo de Documentos e Relíquias Culturais sobre a Guerra da Resistência contra a Agressão Japonesa», ou o «Sumário de Macau na Época de Guerra da Resistência» no qual constam informações detalhadas; além disso, os 10 volumes do álbum «Guerra de Resistência das Pessoas de Macau», elaborados em colaboração com o jornal Macao Daily, nos quais se apresentam textos e imagens relevantes; e, com base em todas estas fontes e estudos, foram desenvolvidos os materiais de leitura populares, pelos quais o livro conseguiu obter o Prémio de Excelência na Investigação Científica da Escola Superior do Ministério da Educação da República Popular da China.
Lam Fat Iam referiu que a equipa do Centro de Estudos das Culturas Sino-Ocidentais tem vindo a dedicar-se ao estudo e à promoção da cultura tradicional chinesa e da história de Macau por um longo tempo, tendo obtido resultados frutíferos nos últimos anos nas áreas da história da Guerra, do património cultural e da história oral de Macau. “Estudar Macau, servir Macau” faz parte da tradição académica do Instituto Politécnico de Macau na área das ciências humanas e sociais. Perspectivando o futuro, no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, a mesma equipa e o IPM irão inovar nos modelos de desenvolvimento no âmbito da formação de recursos humanos, investigação académica, consulta de decisão, entre outros aspectos, empenhando-se na construção de uma base de inovação nas ciências humanas e sociais da RAEM.
O Prémio de Excelência na Investigação Científica da Escola Superior (Ciências Humanas e Sociais) do Ministério da Educação da China, ao qual o IPM se candidatou, visa elogiar os resultados em destaque da investigação nas áreas da filosofia e das ciências sociais das instituições do ensino superior, sendo uma importante medida e oportunidade para demonstrar as realizações consideráveis a nível teórico e prático das instituições de ensino superior, no sentido de servir o desenvolvimento do País. Este Prémio foi criado em 1995 e é atribuído de três em três anos. Até à presente data, foram organizadas 8 edições com um total de 5667 obras.
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