O Conselho de Consumidores de Macau (CC) e o Conselho de Consumidores da Cidade de Zhongshan divulgaram em conjunto o relatório do teste comparativo de caixas de refeição eléctricas, em que as 12 amostras recolhidas foram aprovadas em termos de segurança dos materiais em contacto com alimentos, tendo tido porém um desempenho diferenciado quanto à cozedura do arroz e ao aquecimento de alimentos. O relatório aconselha aos consumidores que escolham uma caixa de refeição eléctrica com o símbolo de qualificação.
Cooperação transfronteiriça fomenta o consumo integrado
As caixas de refeição eléctricas alegam ser rápidas, higiénicas e convenientes para atrair consumidores. Nesse sentido, no quadro do protocolo celebrado, o CC e o homólogo de Zhongshan juntaram-se para realizar um teste de segurança e desempenho a essas máquinas recentemente popularizadas, com vista a orientar os consumidores a fazer consumo em segurança, melhorar a qualidade dos produtos comercializados nos dois locais e promover o consumo integrado na Grande Baía, através da partilha dos dados científicos obtidos no teste.
Uma amostra necessita de 49 minutos para ter arroz pronto
As 12 amostras testadas custam, no mínimo, cerca de 80 patacas e, no máximo, até mais de 300 patacas, tendo sido 4 fornecidas pelo CC e 8 amostradas nos centros comerciais em Zhongshan e em várias plataformas de compras online no Interior da China. Foram-lhes avaliados a segurança dos materiais em contacto com alimentos, o tempo de cozedura do arroz, o efeito de cozedura do arroz e o efeito de aquecimento.
As caixas de refeição eléctricas contêm diferentes materiais em contacto directo com alimentos que podem emitir substâncias nocivas a temperatura elevada afectando assim a saúde. Portanto, às amostras foi testada a segurança dos materiais de metal, de plástico e de porcelana que têm contacto com alimentos, tendo por referência as normas nacionais. Os resultados mostraram que todas as amostras estavam de acordo com o padrão de segurança.
Além disso, foi testado o tempo de cozedura do arroz conforme as instruções de uso indicadas nas amostras, bem como foi avaliada a qualidade do arroz feito.
Não foi possível realizar tal teste a 2 amostras por falta da indicação sobre a proporção do arroz e água. Entre as restantes 10 amostras, apenas 1 precisou de menos de 30 minutos para fazer arroz, enquanto, no caso máximo, a cozedura do arroz durou 50 minutos. Em 2 amostras o arroz apresentou-se mal cozido.
As amostras tiveram um desempenho diferenciado no que toca ao aquecimento ou reaquecimento da comida.
O relatório resumiu que as caixas de refeição eléctricas podem não ser melhores do que as panelas de arroz tradicionais, em relação ao tempo de cozedura do arroz. Os produtos de distintas marcas têm as próprias restrições de utilização. Recomenda-se portanto que os consumidores consultem o presente relatório de teste e façam melhor opção de consumo tendo em conta as necessidades pessoais.
Verificar o símbolo de qualificação e seguir o manual de instruções
O CC lembra que algumas caixas de refeição eléctricas só podem aquecer a comida, sem função de cozer arroz. Ao escolher, os consumidores devem saber as funções do produto e ler as instruções de utilização. Devem verificar se a caixa é acompanhada do símbolo de qualidade, manual de instruções e cartão de garantia, assim como se dispõe de acessórios suficientes. No teste descobriu-se que algumas amostras não tinham o copo de medida.
Os consumidores também são aconselhados a utilizar as caixas de refeição eléctricas de forma correcta, seguindo as instruções de utilização, por forma a evitar acidentes.
Teste comparativo de caixas de refeição eléctricas entre Macau e Zhongshan
https://www.consumer.gov.mo/News/Report/rpt20210330_pt.pdf