O “Fórum de Cooperação Internacional sobre a medicina tradicional chinesa e a luta contra a epidemia de COVID-19”, organizado (online e offline) conjuntamente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China e pela Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa, teve lugar no dia 30 de Março, em Pequim, tendo sido convidados os funcionários governamentais, especialistas e estudiosos de mais de 20 países para participação.
Durante a cerimónia de abertura, a Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado, Dr.ª Sun Chunlan discursou através de vídeo, sendo a cerimónia presidida pelo membro do Grupo de Liderança do Partido da Comissão Nacional de Saúde e Secretária do Grupo de Liderança do Partido da Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa, Dr.ª Yu Yanhong.
Durante este fórum foi lida a “Proposta de suporte à integração da medicina tradicional chinesa na prevenção e controlo da epidemia global”.
O Fórum contou com a presença do Vice-Ministro do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Dr. Luo Zhaohui, do Vice-Director da Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa, Dr. Sun Da, da Directora do Departamento de Alimentos e Saúde do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, Dr.ªProfessoraSophia Chan Siu-chee JP, da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, Dr.ª Elsie Ao Ieong U, do Director dos Serviços de Saúde do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, Dr. Lei Chin Ion, do Chefe do Departamento dos Assuntos Farmacêuticos dos Serviços de Saúde, Dr.Choi Peng Cheong, do Chefe do Departamento dos Assuntos Farmacêuticos, Substituto, Dr. Lei Sai Ian, assim como de outros representantes dos governos e especialistas.
A Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado, Dr.ª Sun Chunlan, no seu discurso, afirmou que o governo chinês, face à pandemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, situação nunca igual nos últimos 100 anos, insistiu que o povo e a vida são de extrema importância, daí que com a liderança e estratégias definidas pelo Presidente Xi Jinping, foram alcançados resultados notáveis na prevenção e controlo epidémico.
Na ausência de medicamentos com efeitos específicos, a China deu o máximo às vantagens exclusivas da medicina tradicional chinesa e selecionou um lote de medicamentos tradicionais chineses eficazes denominados “Três medicamentos e três prescrições” para formular um plano de tratamento com características chinesas.
A Dr.ª Sun Chunlan, Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado, afirmou que desde a ocorrência da pandemia de COVID-19, o governo da China tem apoiado activamente diversos países na luta epidémica, dado que a prevenção e o controlo da epidemia exigem esforços conjuntos entre todos, tendo apresentado três recomendações: 1. Aprofundar a cooperação na iniciativa referente à proposta de medicina tradicional chinesa, continuar a partilhar com a comunidade internacional as experiências sobre o combate à epidemia no âmbito da medicina tradicional chinesa, reforçar a formação de quadros qualificados de medicina tradicional chinesa para os países com procura e necessidade, promovendo de forma entusiástica o uso de técnicas de diagnóstico e terapêutica da área de medicina tradicional chinesa; 2. Promover uma melhor saúde humana na medicina tradicional chinesa sendo que a China está disposta a participar, conjuntamente com outros países, na resposta a incidentes de emergência da saúde pública; 3. Promover o intercâmbio de conhecimentos sobre a medicina tradicional, intensificar visitas de pessoal e intercâmbio com instituições profissionais, desenvolver activamente os serviços de medicina tradicional, fomentar a complementaridade das vantagens da medicina tradicional e da medicina moderna.
A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, Dr.ª Ao Ieong U salientou que, para enfrentar a pandemia da COVID-19, o Governo da RAEM tem cumprido as estratégias antiepidémicas - prevenção de casos importados e de ressurgimento da epidemia no interior, idênticas às praticadas no Interior da China, impedindo efectivamente a propagação da epidemia e alcançando bons resultados nas diferentes fases de prevenção da epidemia. No âmbito dos trabalhos antiepidémicos, a medicina tradicional chinesa desempenhou um papel importante, que produziu efeitos óbvios no tratamento de COVID-19. O Governo da RAEM tem vindo a aperfeiçoar o sistema de saúde, implementando o conceito de “Tratamento eficaz em que se privilegia a prevenção” e promovendo uma “integração da medicina tradicional chinesa e ocidental”.
O governo da RAEM pretende, também, criar um serviço especializado para reforçar a supervisão das actividades farmacêuticas na área de medicina tradicional chinesa, bem como estabelecer um regime jurídico da inscrição de medicamentos tradicionais chineses, no sentido de garantir a qualidade e a segurança de medicamentos tradicionais chineses produzidos, importados e que circulam em Macau. Em coordenação com os planeamentos de desenvolvimento “Uma faixa, uma rota”, “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, e “Macau como plataforma de serviços entre a China e os países de língua portuguesa”, Macau irá desempenhar as suas vantagens especiais para desenvolver mais projectos de cooperação no âmbito da medicina tradicional chinesa com o Interior da China, a fim de promover o desenvolvimento em prol da medicina tradicional chinesa, para que a medicina tradicional chinesa possa servir melhor a população.
No Fórum “Aprofundar o intercâmbio e cooperação na medicina tradicional chinesa e construir uma comunidade de saúde humana” os representantes dos países apresentaram relatórios e trocaram ideias sobre a integração da medicina tradicional chinesa na prevenção e controlo da epidemia, a situação de desenvolvimento de MTC em diversos países, bem como a hipótese de estabelecer mecanismo de cooperação na área de medicina tradicional chinesa.
Durante o Fórum, foi publicada a “Proposta de suporte à integração da medicina tradicional chinesa na prevenção e controlo da epidemia global”, com o seguinte conteúdo: 1. Prosseguir o multilateralismo na luta conjunta contra a epidemia; 2. Continuar os trabalhos de recolha de experiências para que sejam divulgadas e aplicadas; 3. Continuar a usar a medicina tradicional para proteger a saúde da população; 4. Continuar a fortalecer a cooperação internacional e desenvolver a medicina tradicional; Apoiar a integração da medicina tradicional, representada pela medicina tradicional chinesa, na prevenção e controlo da epidemia global, tendo como objectivo construir em conjunto uma comunidade de saúde humana, com a união de esforços e colaboração de todos os países.
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