O Dr. Tai Wa Hou, fez nota na conferência de imprensa do Centro de Coordenação que até ao dia 4 de Maio de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 401 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo os casos de infecção assintomática). Já passaram 27 dias sem detecção de novos casos.
Macau diagnosticou, até à data, quarenta e nove (49) casos, dos quais, quarenta e sete (47) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Quarenta e nove (49) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.
Neste momento, sete (7) indivíduos provenientes de áreas de alto risco estão sujeitos a observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane.
Entre 25 de Abril e 3 de Março de 2021 (nos últimos 8 dias) foram testadas em Macau 116.238 pessoas.
Até às 16h00 de 4 de Maio, cumulativamente, já foram administradas 109.255 doses da vacina num total de 71.719 pessoas vacinadas, entre as quais, 34.045 com a primeira dose da vacina e 37.674 pessoas completaram as duas doses da vacina.
Nas últimas 24 horas, foram registados nove (9) eventos adversos (9 ligeiros; zero (0) grave). Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 498 notificações de eventos adversos (496 ligeiros; dois (2) graves). O número de pessoas vacinadas inclui aquelas que foram vacinadas no exterior, enquanto o número de doses da vacina administradas inclui apenas o número de doses da vacina administradas em Macau.
Quando questionado sobre a situação da vacinação contra a COVID-19 para os profissionais de saúde de Macau, o mesmo responsável referiu que dos cerca de 7.000 profissionais de saúde de Macau, até ao momento (dia 4), mais de 4.600 foram vacinados com cerca de 7.500 doses da vacina contra a COVID-19, a taxa de vacinação (pelo menos 1 dose) é de 66%, ou seja, dois terços profissionais de saúde de Macau foram vacinados. Acredita-se que isso ocorre porque o pessoal médico está mais ciente da segurança, eficácia e urgência das vacinas do que os residentes, portanto, sua disposição para ser vacinado é maior do que a dos residentes, algumas pessoas podem não ter sido vacinadas devido a problemas de saúde pessoais, como alergias ou gravidez.
Os profissionais de saúde são trabalhadores da linha da frente na luta contra a COVID-19, têm a responsabilidade e o dever de se vacinar. Não há necessidade de os induzir à através de outras medidas. Os profissionais de saúde que ainda não foram vacinados devem fazê-lo o quanto antes.
Sobre a implementação do plano de proximidade de inoculação de vacinas, o dr. Tao Wa Hou referiu que, durante os três dias, cerca de 1.700 pessoas agendaram a vacinação das quais 1.500 pessoas foram vacinadas. Algumas pessoas, após avaliação não puderam ser vacinadas e a taxa de faltas à vacinação situou-se entre 6 e 7%, semelhante à taxa geral de faltas à vacinação. Os eventos adversos após a vacinação foram de apenas um dígito, incluindo dor no local de inoculação, dormência nas mãos e tontura. Todos os casos recuperaram rapidamente após o tratamento no local, e não houve eventos adversos graves. De modo geral, o plano foi bem-sucedido e os resultados foram satisfatórios. Os Serviços de Saúde estão a organizar com a Universidade de Macau os serviços de proximidade de inoculação de vacinas da segunda dose, consoante as necessidades da Universidade e dos estudantes. No que diz respeito aos outros institutos de ensino superior, os Serviços de Saúde estão a finalizar o horário de vacinação com o Instituto de Formação Turística, o Instituto Politécnico de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e a Universidade da Cidade de Macau para a campanha de proximidade de inoculação de vacinas. Nos próximos dias será dado início os serviços de proximidade de inoculação de vacinas no IPM.
Sobre medidas de passagem fronteiriça após vacinação e substituição dos testes de ácido nucleico, o Dr.Tai Wai Hou afirmou que o Governo da RAEM está a negociar com o Interior da China a facilitação de medidas de passagem fronteiriça, que estão ainda a aguardar a aprovação do Governo Central. Está, também, em estudo a isenção do teste de acido nucleico a quem tenham administrado a vacina e participe em actividades de risco baixo na comunidade, como desporto, atividades recreativas, etc.
Em relação ao intervalo da segunda dose da vacina contra a COVID-19, o coordenador da vacinação disse que 6 a 8 semanas após a vacinação é o tempo ideal para a segunda dose. Após a primeira dose da vacina, o organismo terá certo grau de imunidade, mas a imunidade diminuirá lentamente com o tempo. Após o tempo ideal, a imunidade diminui mais rápidamente. A vacinação além do tempo ideal pode tornar a imunidade insuficiente. Embora o risco actual de infecção em Macau não seja alto, ainda se espera que os residentes recebam a segunda dose da vacina dentro de 6 a 8 semanas. Além disso, a imunidade total só é adquirida após 14 dias de administração da segunda dose da vacina, todo o processo de vacinação leva 42 dias no total. A taxa actual de faltas à vacinação é de 6% a 10%.
A Dr.ª Leong Iek Hou, Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, relatou, que entre 25 de Abril e 3 de Maio de 2021 (8 dias), foram submetidos a observação médica 799 indivíduos, dos quais, 165 residentes de Macau e 634 não residentes de Macau. No total, até ao dia 3 de Maio de 2021, foram enviados para a observação médica 35.220 indivíduos. Há, ainda, 1.331 indivíduos em observação médica, dos quais, 7 indivíduos alojados em instalações dos Serviços de Saúde e 1.324 indivíduos em hotéis designados.
A Dr.ª Leong Iek Hou explicou ainda os termos do Despacho do Chefe do Executivo n.º 71/2021, “para evitar a transmissão da Pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus na Região Administrativa Especial de Macau, doravante designada por RAEM, a partir das 00H00 do dia 5 de Maio de 2021, os não residentes que não tenham a qualidade de residente do Interior da China, da Região Administrativa Especial de Hong Kong e da região de Taiwan podem entrar na RAEM, em casos excepcionais de reagrupamento familiar ou de relacionamento estreito com a RAEM, desde que não tenham estado em locais fora do Interior da China ou da RAEM nos 21 dias anteriores à sua entrada e que tenham sido previamente autorizados pela autoridade sanitária”.
Por exemplo, um indivíduo de nacionalidade estrangeira, titular do visto do Interior da China, não emitido pelo Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM, que tenha residência permanente em Macau, depois da sua deslocação ao Interior da China, deve, conforme as disposições actuais, permanecer no Interior da China durante 21 dias para que possa regressar a Macau, e de acordo com as novas disposições, o mesmo pode regressar a Macau sem ter que permanecer mais 21 dias no Interior da China, o que facilita os estrangeiros elegíveis para ida e volta entre Macau e o Interior da China.
Em virtude da implementação da nova medida, os Serviços de Saúde vão disponibilizar no seu website um “sistema para pedido de entrada de estrangeiros em Macau” destinado a pessoas com necessidades.
No que diz respeito à violação das orientações antiepidémicas dos Serviços de Saúde por parte de uma associação de trabalhadores não residentes, aquando da realização da actividade cultural e artística, o que desperta a atenção de jornalistas nos últimos dias, a Dra. Leong Iek Hou referiu que o Centro de Coordenação já contactou o responsável pela organização da actividade, para inteirar-se da situação. De acordo com as informações recebidas, o gestor do estabelecimento não supervisionou, na altura, o cumprimento das medidas antiepidémicas por parte de participantes, foi-lhe enviada uma carta de advertência, solicitada a apresentação de um relatório de revisão, a indicação clara junto da associação em causa de que tem de ser respeitadas as orientações antiepidémicas aquando da realização de actividades e obtida a promessa da associação.
O Centro de Coordenação exigiu mais uma vez que as associações, empresas e instituições cumpram efectivamente as orientações antiepidémicas aquando da realização de actividades. Apesar de o Centro de Coordenação ter efectuado uma ampla divulgação relativa às medidas de prevenção da epidemia em Macau, tendo em conta que os meios de propaganda não terem atingidos a trabalhadores não residentes, o Governo irá continuar a reforçar a divulgação e promoção através de diferentes canais, por exemplo, desenvolver acções de sensibilização destinadas a trabalhadores não residentes, através de Consulados, entre outros.
Quando questionada pelos jornalistas sobre o local de observação médica para as pessoas que entram em Macau e foram vacinados contra a COVID-19, cujo teste de anticorpos foi positivo, a Dra. Leong Iek Hou disse que os arranjos serão feitos conforme o teste de anticorpos da pessoa em questão. Caso os anticorpos tenham sido produzidos devido à infecção com COVID-19, para evitar a situação de recaída, estas pessoas serão colocadas no Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane para observação. Por sua vez, se for considerado os anticorpos produzidos pela vacinação, as pessoas serão colocadas num hotel de observação médica para efeitos de observação médica.
Quando questionada por jornalistas sobre o sistema de monitorazação do Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane a Dra. Leong Iek Hou sublinhou que, considerando que as pessoas que permanecem no Centro Clínico dispõe de assistência médica, cuidados especiais de enfermagem caso manifestem desconforto físico. O sistema de monitorização tem uma função principal de supervisionar as pessoas em observação, para que o pessoal de saúde possa lidar adequadamente com as pessoas em tempo oportuno. O sistema também pode reduzir a entrada e saída do pessoal de saúde nas enfermarias de pessoas com alto risco de infecção, reduzindo assim o risco de infecção. Se for cancelada a vigilância por razão de privacidade, a decisão só poderá ser tomada após a realização de uma avaliação de saúde de quem efectue o pedido.
A Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados, assim como os trabalhos de reforço da sensibilização sobre a prevenção da epidemia e da respectiva fiscalização durante as férias “Dia do Trabalhador”; o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau. No fim do período das férias, vai ocorrer o pico da migração, o CPSP vai continuar a acompanhar de perto a situação do fluxo de pessoas, adoptando atempadamente as medidas de controlo de multidões, alertando os indivíduos que passam pelas fronteiras para a conclusão antecipada da conversão do “Código de Saúde de Macau ” e “ Código de Saúde de Guangdong ”, com vista a facilitar o processo da passagem fronteiriça. Ambos responsáveis responderam as perguntadas levantadas pelos jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Coordenador da Vacinação, Dr. Tai Wa Hou, o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.