O Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou informou que, até ao dia 17 de Junho de 2021, nunca houve uma transmissão comunitária da COVID-19 em Macau e por 445 dias consecutivos não são registados casos locais de transmissão da COVID-19 (incluindo casos de infecção assintomática) e não houve registo de novo caso importado do exterior por 7 dias consecutivos.
Macau diagnosticou, até à data, cinquenta e dois (52) casos, dos quais, cinquenta (50) são casos importados e dois (2) são relacionados com casos importados. Cinquenta e uma (51) pessoas tiveram alta. Não há registo de qualquer infecção entre os profissionais de saúde nem casos mortais.
No Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane estão internados: uma pessoa de infecção assintomática; duas pessoas, caso diagnosticado (no exterior) de recaída de infecção assintomática; dez (10) indivíduos provenientes de áreas de alto risco e cinco (5) casos de contactos próximos que estiveram em contacto com os contactos próximos dos casos confirmados da COVID-19 na Cidade de Cantão (Guangzhou), sujeitos a observação médica.
No dia 16 de Junho de 2021, foram testadas em Macau 14.139 pessoas.
Até às 16h00 de 17 de Junho, cumulativamente, já foram administradas 273.738 doses da vacina num total de 191.961 pessoas vacinadas, entre as quais, 108.925 com a primeira dose da vacina e 83.036 pessoas completaram as duas doses da vacina.
Nas últimas 24 horas, foram registados vinte e oito (28) eventos adversos (28 ligeiros; zero (0) grave). Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 1.108 notificações de eventos adversos (1.105 ligeiros; três (3) graves).
O Médico-Adjunto Dr. Tai Wa Hou anunciou que, de acordo com o Despacho do Chefe do Executivo n.º 84/2021, que entrará em vigor a partir de amanhã (18), o Centro de Coordenação de Contingência diminuiu a idade elegível para a administração da vacina de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA) para 12 anos; ou seja, as pessoas com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, a partir de amanhã, podem fazer a marcação de vacinação de mRNA através do Sistema de Marcação da Vacina contra a COVID-19 dos Serviços de Saúde, nos seguintes locais de vacinação: a sala de colheita de sangue do Centro Hospitalar Conde de São Januário, o Centro de Saúde da Ilha Verde e Centro de Saúde dos Jardins Oceanos. A capacidade diária é cerca de 800 vagas. O médico afirmou que os menores de 18 anos carecem de uma avaliação do seu estado de saúde. Aquando da sua inoculação, estes devem ser acompanhados pelos pais ou tutores para assinar o termo de consentimento ou podem trazer o termo de consentimento pré-assinado.
Em relação a uma pergunta de um jornalista sobre o acompanhamento das autoridades após a diminuição da idade elegível para a vacina de mRNA para 12 anos, o Dr. Tai Wa Hou apontou que os Serviços de Saúde elaboram planos no sentido de enviar os funcionários a várias escolas de ensino secundário para ministrarem palestras com vista a aprofundar os conhecimentos sobre a segurança e eficácia da vacina junto dos pais e professores. No entanto, como as escolas de ensino secundário entraram na fase de exames e as férias de verão estão quase a começar, as autoridades prevêem fornecer serviços de proximidade de vacinação em várias escolas de ensino secundário a partir de Setembro.
Relativamente a uma pergunta de um jornalista sobre a vacinação contra a COVID-19 para doentes oncológicos, o médico explicou que de acordo com as indicações para vacinação, se o doente oncológico estiver a fazer o tratamento de quimioterapia, radioterapia sistémica ou foi submetido recentemente a uma grande cirurgia, as autoridades aconselharão que não lhe seja administrada a vacina temporariamente. As principais premissas são que a situação epidémica em Macau está estável e o risco de transmissão é baixo, e a imunidade destes doentes é relativamente baixa. Se a vacina for administrada nesta condição clínica, a reacção do seu sistema imunológico é incompleta e os anticorpos produzidos também não são suficientes, pelo que é recomendado que estes doentes não sejam vacinados temporariamente. Devem ser vacinados depois de estarem recuperados e a sua imunidade tiver melhorado, altura de tempo em que a vacina pode produzir um melhor efeito de protecção
A Dr.ª Leong Iek Hou apontou que, no dia 16 de Junho de 2021, foram submetidos a observação médica 137 indivíduos, dos quais, 75 residentes de Macau e 62 não residentes de Macau. No total, até ao dia 16 de Junho de 2021, foram enviados para a observação médica 39.493 indivíduos. Há, ainda, 1.806 indivíduos em observação médica, dos quais, 14 indivíduos alojados em instalações dos Serviços de Saúde, 1.792 indivíduos em hotéis designados.
Relativamente a uma pergunta de um jornalista sobre o reconhecimento de agências de teste de ácido nucleico em Hong Kong, a Coordenadora afirmou que cada local tem sua própria agência e sistema de teste reconhecido, e de acordo com o padrão geral a n]ivel mundial, desde que o relatório seja emitido por uma agência de teste reconhecida localmente, as ambas as partes aceitam como válido o referido relatório, razão pela qual os métodos de teste adpotados variam de local para local. Desde que o laboratório possa confirmar a amostra, é suficiente para realizar o teste e, em simultâneo, se o relatório atender aos padrões definidos do teste, o mesmo será reconhecido.
No que diz respeito à atenuação da situação epidémica no Interior da China e em Hong Kong que poderia levar as autoridades a ponderar uma maior flexibilidade na passagem fronteiriça, a médica referiu que em resposta à situação epidémica nas zonas vizinhas, em particular à evolução da situação epidémica na Província de Cantão (Guangdong) do Interior da China, o Centro de Coordenação de Contingência continuará a realizar avaliações de risco e ajustar a medidas de entrada, como por exemplo, devido à recente melhoria da situação epidémica na Província de Cantão (Guangdong), não é excluída a hipótese dos requisitos de ácido nucleico para deslocação entre a Província de Cantão (Guangdong) e Macau serem flexibilizados no futuro para um período superior a 48 horas, caso os cidadãos tenham sido vacinados, mas este assunto ainda carece de discussão entre os dois governos. Relativamente a Hong Kong, não foram registados novos casos locais de COVID-19 durante 10 dias consecutivos. Se durante um período de 14 dias consecutivos não foram registados quaisquer casos locais de COVID-19, as duas regiões irão discutir a flexibilização das medidas de entrada.
Acrescentou que, mesmo que haja possibilidade de implementar o relaxamento das medidas restritivas de entrada e saída no futuro, é necessário a sua aplicação de forma gradual, nomeadamente, se haverá uma diminuição ou não do período de isolamento para os indivíduos já vacinados, se existirá, no início da implementação das medidas, um limite máximo do número de pessoas que se deslocam entre Macau e Hong Kong, todos esses assuntos devem ser discutidos aprofundadamente com as autoridades de Hong Kong. No entanto, até ao presente momento, as autoridades não chegaram a qualquer conclusão, nem elaboram um plano definitivo. Mais informações sobre este assunto serão divulgadas oportunamente.
Relativamente à situação de dificuldade de alguns idosos que pretendiam ir ao “Iam Chá” na parte da manhã, mas não podiam entrar no estabelecimento por não terem o Código de Saúde, a Dr.ª Leong Iek Hou disse que, actualmente estão disponíveis os serviços para geração e impressão do Código de Saúde de Macau em muitos serviços públicos e diferentes associações, no sentido de facilitar e apoiar os idosos e indivíduos que não tenham telemóvel inteligente. E a Dr.ª Leong apelou aos jovens para prestarem mais atenção aos idosos, ajudarem-lhes na geração do código de Saúde e guardá-lo no telemóvel, antes de sair à rua, de modo a não causar transtorno aos idosos.
Em relação à preocupação de um jornalista sobre um residente de Macau de 18 anos que foi diagnosticado em Hong Kong e após o seu regresso a Macau, o resultado do teste de ácido nucleico contra a COVID-19 foi positivo fraco, a Dr.ª Leong Iek Ho manifestou que este caso foi positivo fraco, razão pela qual a quantidade de vírus no corpo do paciente era muito baixa e, pese embora todos os esforços envidados pelo laboratório, não foi possível fazer a sequenciação do genoma de vírus. De acordo com os dados disponíveis, o paciente foi infectado pelo vírus da variante D614G, que prevalecia em Hong Kong em Dezembro do ano passado, assim, existe uma maior probilidade deste caso ser classificado como de recaída.
As autoridades vão intensificar os testes de ácido nucleico do paciente para verificar a quantidade de vírus. Se a quantidade de vírus continuar a aumentar, este será considerado caso de reinfecção. Se o paciente tiver um resultado positivo fraco ou negativo, existe uma maior probabilidade de ser caso de recaída. Ao mesmo tempo, a mudança na concentração de anticorpos no corpo do paciente também pode ser detectada para determinar se o caso pertence a uma recaída ou reinfecção. No entanto, reiterou que essas tarefas requerem tempo para fazer observações dinâmicas.
A Chefe da Divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lau Fong Chi reportou o número de pessoas em observação médica em hotéis designados; o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Ma Chio Hong, relatou a actual situação da cidade e a situação de entradas e saídas de Macau, ambos responderam as perguntadas levantadas pelos jornalistas.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Médico-Adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Tai Wa Hou, o chefe do Departamento do Ensino Não Superior da DSEDJ, Dr. Wong Ka Ki, a Chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas, Dr.ª Lau Fong Chi, o chefe da Divisão de Operações e Comunicações do CPSP, Dr. Ma Chio Hong, e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.