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Inquérito 2005: Situação actual do nível da qualidade de vida em Macau Relatório da Fase Intermédia


A fim de poder concretizar o objectivo estratégico definido pelo Chefe do Executivo, Edmund Ho, que foi elevar, no geral, a qualidade de vida da população e se inteirar sobre os desejos e anseios dos residentes de Macau no que diz respeito aos vários aspectos ligados à qualidade, o Centro de Estudos para a Qualidade de vida encomendou, durante este ano, um estudo à Universidade de Hong Kong, à Chinese University of Hong Kong e à Universidade de Macau sobre a situação actual da qualidade de vida dos residentes. No final do mês de Outubro, foi entregue o relatório referente ao inquérito da fase intermédia do estudo ao governo da RAEM, cujos dados são os mais precisos e importantes e que vão servir de referência para a definição das linhas de acção do governo do RAEM nesta matéria. O passo seguinte do grupo de trabalho vai ser debruçar-se sobre os dados e indicadores recolhidos e criar um sistema de critérios que possa reflectir a qualidade de vida da população local, quer em termos objectivos, quer em subjectivos. Assim, o último relatório a ser entregue será a proposta para as linhas orientadoras da RAEM. Na conferência de imprensa, realizada esta tarde, pelas 15H00, foram divulgados os resultados preliminares do estudo pelo chefe do grupo de trabalho e director do Centro de Investigação Asiática da Universidade de Hong Kong, Prof. Wong Siu Lun, e pelo Prof. Yeong Yue Man do gabinete de estudos dos Assuntos da Ásia-Pacífico da Chinese University of Hong Kong. Entretanto, o Prof. Wong Siu Lun referiu que o inquérito é bastante abrangente, compreendendo as áreas da cultura, educação, economia, emprego, assistência médica, saúde, entretenimento e ocupação dos tempos livres, entre outras. Adiantando que os resultados demonstram, praticamente, os anseios e desejos dos residentes de Macau sobre a qualidade de vida nas diferentes áreas. Disse ainda que, de acordo com uma análise preliminar, pode-se concluir que a maioria dos residentes inqueridos mantém uma atitude optimista quanto à tendência do desenvolvimento geral de Macau. Adiantou que estes consideram que o desenvolvimento actual local é melhor do que registado há três anos e acreditam que daqui a três será ainda melhor. No que toca à educação, à qual a população está atenta de um modo geral, conclui-se segundo o inquérito, que cerca de metade dos inquiridos está satisfeita com a situação presente no ensino primário e secundário, no entanto, apenas 45% dos inquiridos dizem-se satisfeitos com o ensino universitário. Por outro lado, cerca de 70% dos inquiridos consideram que a educação pode elevar o estatuto social e económico e mais de 40% tenciona submeter-se, nos próximos três anos, a formação contínua, dentro destes encontra-se uma percentagem que já possui cursos superiores e com remunerações relativamente elevadas. Quanto à área da saúde, verificou-se que 40% dos inquiridos manifestaram-se satisfeitos com o serviço nos Centros de Saúde e Hospital Conde S. Januário. Os resultados demonstram que também 40% dos inquiridos manifestaram-se satisfeitos com os serviços hospitalares e médicos privados. Todavia, metade considera que serem inadequados os preços praticados pelo sector. Entretanto, 60% considera que os hospitais públicos deveriam apenas tratar da população carenciada, e defendem que a população com capacidade financeira deveria pagar mais pelas despesas com a saúde ou adquirir o seu próprio seguro de saúde. Relativamente à questão da habitação, 75% dos inquiridos diz possuir habitação própria, 10% reside em casas arrendadas e outros 10% vivem em habitação económica e social. Quanto às condições habitacionais, mais de 40% dos inquiridos diz-se satisfeito com a qualidade, em termos gerais, da casa onde habita e mais de 30% estão satisfeitos com o ambiente da zona residencial. Entretanto, do relatório pode-se concluir que cerca de 40% dos inquiridos estão satisfeitos com o trabalho de protecção ambiental e urbanística desenvolvida pela sociedade de Macau, como também 40% diz-se satisfeito com o reordenamento das zonas antigas. O coordenador do Centro de Estudos para a Qualidade de Vida, Tse Chi Wai, referiu ser a primeira vez que o governo da RAEM realiza um inquérito destinado a estudar a qualidade de vida dos residentes de Macau. Disse que os dados e os indicadores recolhidos com este inquérito contribuem para o governo conhecer a situação real dos diversos sectores e áreas que constituem a sociedade local, e por conseguinte inteirar-se sobre o grau de satisfação da população relativamente à qualidade de vida. Acrescentou que os resultados do inquérito terão uma influência preponderante na elaboração das medidas políticas para o futuro desenvolvimento. Entretanto, o grupo de trabalho irá proceder à sistematização, enumeração científica, como ainda a um sistema de critérios de qualidade que coincida com a realidade de Macau. Anualmente, o Centro irá acompanhar a situação, a fim de verificar a transformação na qualidade de vida. Revelou que o grupo de trabalho irá apresentar, no relatório final, uma proposta para servir de referência ao governo da RAEM na elaboração das futuras linhas orientadoras, para que a qualidade de vida da população acompanhe o desenvolvimento económico.



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