De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3º trimestre de 2005, a duração média mensal da Carteira de Encomendas dos industriais inquiridos em Outubro de 2005 era de 3,09 meses, número superior em 3,3% à carteira do trimestre anterior (2,99 meses), mas inferior em 6,1% à registada em igual período do ano passado (3,29 meses). A Carteira de Encomendas com maior duração é detida pelas empresas dos sectores de “Vestuário e Confecção” (3,29 meses) e “Calçado” (1,94 meses), seguindo-se “Outros Sectores” (0,97 meses). Relativamente aos mercados de destino das exportações, os EUA e a UE são os principais mercados para as exportações de Macau, seguindo-se o Canadá. Quanto aos mercados de outros países da Europa, Médio Oriente, África, América do Sul, Austrália, Japão, outras regiões da Ásia-Pacífico e Hong Kong, esses continuaram a apresentar comportamentos desfavoráveis, com uma situação de Carteira de Encomendas fraca. No contexto das perspectivas quanto à evolução das exportações nos próximos seis meses, o conjunto das empresas inquiridas que antecipavam uma situação favorável foi de 54,6%, o que representa uma subida quer em relação ao trimestre anterior (54,2%), quer em relação ao período homólogo do ano passado (37,0%). Destas, 39,0% previam um ligeiro crescimento, e 15,6% um forte aumento nas exportações. Entretanto, 25,6% das empresas inquiridas previam uma situação de estagnação, 10,4% um ligeiro decréscimo e 9,5% um forte declínio nas exportações. Quanto ao mercado de trabalho, as empresas inquiridas afirmaram que o número de trabalhadores do sector industrial exportador teve um crescimento de 1,8% relativamente ao trimestre anterior, mas um decréscimo de 0,5% face ao período homólogo do ano passado. Ao mesmo tempo, 64,0% das empresas exportadoras apontaram para uma insuficiência de trabalhadores, valor esse inferior em relação ao trimestre anterior (66,1%), bem como face ao período homólogo do ano transacto (71,6%), destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com 68,2% das respectivas empresas inquiridas. De acordo com os resultados do Inquérito, nas actividades de exportação do último trimestre, 77,1% das empresas inquiridas enfrentaram o problema de “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 54,9% “Insuficiência de Trabalhadores”, 52,7% “Preços Elevados das Matérias-Primas” e 32,6% “Insuficiente Volume de Encomendas”. Relativamente aos problemas acima referidos, que afectam as exportações, os mais importantes sentidos pelas empresas exportadoras foram “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (21,2%) e a “Insuficiência de Trabalhadores” (17,5%). Para os próximos três meses, as principais preocupações dos industriais inquiridos centram-se nos “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (55,0%), “Preços Elevados das Matérias-Primas” (49,6%), bem como “Insuficiência de Trabalhadores” (48,0%).
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